sábado, 31 de julho de 2010

Truth or Dare

A metáfora é algo que se assemelha a realidade. Na vida você tem um roteiro. Não há muito como fugir dele, pois no meio do caminho aparecem as metáforas. Tudo que acontece de divertido, de aprendizado, de original e que não estava programado e serve de simbologia para situações cotidianas ou não. Você pode adotar essas chaves e utilizá-las. Até mesmo o cliché, para dar certo precisa de certas amarrações cósmicas. E qual é o problema das coisas darem certo?

O desafio está lançado

quarta-feira, 28 de julho de 2010

P'alma

Sentidos

O meu lado cigano me diz que eu devo ler a palma da sua mao

Os contornos das suas escolhas 

A forma com que seus dedos se calejam

Os montes de amor que ja viveu e ainda vai

E nada melhor do que essa desculpa para deixar a minha permancer na sua






segunda-feira, 26 de julho de 2010

Beleza - Intuição

Há lugares que podemos ir onde a beleza se torna um sentimento. Começa como uma sensação, e depois se consolida como sentimento. A sensação é a priori, o organico, a reação instintiva. O sentimento passa pelo campo perceptivo da emoção. Lugares, pessoas, sentidos. Tudo faz parte disso que é a vida.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bonita

... Essa flor ausente em todos os buquês, hieróglifo, maravilha visual e auditiva ... (do Livro A Lírica de Safo)




... uma brisa suave e evasiva ...
 
 
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

NERUDA

Poema XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desditoso.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.


(Retirado de: Cem sonetos de amor)


Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.


Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.


A Dança

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio

Ou flechas de cravos que propagam o fogo:

Te amo como se amam certas coisas obscuras,

Secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva

Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,

E graças a teu amor vive escuro em meu corpo

O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:

Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Senão assim deste modo que não sou nem és,

Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,

Tão perto que se fecham teus olhos com meu sono.

Antes de amar-te, amor, nada era meu:

Vacilei pelas ruas e as coisas:

Nada contava nem tinha nome:

O mundo era do ar que esperava.

E conheci salões cinzentos,

Túneis habitados pela lua,

Hangares cruéis que se dependiam,

Perguntas que insistiam na areia.

Tudo estava vazio, morto e mudo,

Caído, abandonado, decaído,

Tudo era inalienavelmente alheio,

Tudo era dos outros e de ninguém,

Até que tua beleza e tua pureza

De dádivas encheram o outono.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Pequeno Príncipe

"A maior lição do livro 'O Pequeno Príncipe' é a responsabilidade no amor. Você é responsável pelo seu amor e por aquele à quem cativas".

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Jabulani

Estava procurando um bom texto sobre física sobre determinismo ou até mesmo sobre 'a aleatoriedade desta época do ano'. De quatro em quatro anos esse ciclo se repete. Hoje, mais que nunca estamos dependendo da arbitrariedade do jogo de amanhã. Podemos fazer especulações sobre o resultado do jogo, porém, só amanhã fatores como o clima, a pre-disposição astral e o bem-estar físico dos jogadores de ambas as seleções serão responsáveis pelo desempenho da partida. Até mesmo o bom-humor do juíz e a honestidade dos bandeirinhas. Podemos torcer, usar de mandinga e patuá, e a jabulani vai entrar no gol se quiser se tiver vontade. Assim, como as paixões humanas de qualquer natureza, várias decisões são tomadas e até mesmo aleatoriamente. Nesta época do ano devemos aproveitar toda essa energia que paira e torcer também para não somente o jogo dar certo, mas também muitos outros planos. Creio que o esporte prova que muitas decisões são humanas, e advém da vontade e do desejo, da habilidade, do entrosamento e da boa-fé. Digamos que a parte divina do jogo seria sopro do vento na Jabulani. E o sopro divino pode ser o bater de asas do anjo da guarda que também está torcendo por mim e por você enquanto você toma as suas decisões, toca na bola e corre pro abraço.