"... então, sou a soma do que agora sinto. Mas o que sinto agora o que é? É o conjunto daquelas relações julgadas indivisíveis que se organizaram naquele sistema de relações, naquela ordem particular que é o meu corpo.
Que tênue condensação, que condensada impalpabilidade! Nada mais sou do que uma relação entre as minhas partes que se percebem, enquanto mantêm relação uma com a outra. Mas estas partes sendo, por sua vez, divisíveis em outras relações (e assim por diante), então cada sistema de relações, tendo consciência de si mesmo, sendo aliás a consciência de si mesmo, seria um núcleo pensante. Eu penso, o meu sangue, os meus nervos; mas cada gota do meu sangue pensaria a si mesma."
A consciêcia é UNO - uma pedra num vulcão condensar-se-à no magma se fundindo incandescente ao todo. Uma pedra num muro de concreto sente o desejo de libertar-se e voltar à ser pedra livre. Quiçá, poeira. Se o sonho de pedra fores ser levada pelo vento, acrescida ao mar. Areia. Cristais. Se de carbono fores, diamante será. Presente em toda matéria, carbono será. Ligações. E alma dessa matéria, energia em movimento, mistério será.