quarta-feira, 26 de novembro de 2008

. . . notas que se perdem . . .

Conversava com um amigo sobre as personagens Vicky Cristina e Barcelona. *Sem dúvida que Barcelona ganha en disparada!

E como elas fingem lidar com o amor. Uma finge que é retraída e a outra finge que é liberal. E afinal, uma vive uma parte da viagem da outra e as duas voltam do mesmo tamanho no qual saíram do ponto de partida.
Mas, o que é genuinamente de Barcelona, faz o filme.
O casal apaixonado de artistas, no qual um não consegue viver sem outro.
Onde, um não sabe quem é, sem o outro.
Essa perda da identidade, um egocentrismo apaixonado pela imagem que criaram do ser que idolatam. Foi o motivo da discussão.
O amor ali (no qual eu defendia) era o que de si há no outro e não o que há do outro em si.
Porque a beleza do espelho é o espelhado e não o refletido. No casal, há apenas o reflexo do reflexo. São dois egocentricos se anulando, que precisam de uma terceira pessoa para sentir e comprovar a sensação de amor que "vivenciam". Como um espectador participante, o qual, deixou a americanazinha com dúvidas sobre seu talento frutiferamente vazio.

Ah . . . mas a discussão foi perdida . . . pela nossa era informática que tem, memória seletiva e não salvou essa particular conversa. O miraculoso histórico do MSN . . . gostaria de publicar com direito a travessões!
Uma pena pois, situações espontâneas dificilmente acontecem na rotina batida e planejada.

Haja siesta!