quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Nome da Rosa

"Ousei, pela primeira e última vez na vida, uma conclusão teológica:
- Mas como pode existir um ser necessário totalmente entretecido de possível? Que diferença há então entre Deus e o caos primigênio? Afirmar a absoluta onipotência de Deus e sua absoluta disponibilidade a respeito de suas próprias escolhas não equivale a demonstrar que Deus não existe? - Adso.
Guilherme fitou-me sem qualquer sentimento a lhe transparecer no rosto, e disse:
- Como poderia um sábio continuar comunicando seu saber se respondesse sim à tua pergunta?
Não compreendi o sentido de suas palavras:
-Pretendeis dizer - perguntei - que não mais saber possível e comunicável, se faltasse o próprio critério da verdade, ou então que não poderíeis mais comunicar aquilo que sabeis porque os outros não v^-lo consetiriam?"

Ah o outro . . . como diz Sartre, o nosso inferno.
Ou a dádiva depende do ponto de vista . . .

E a noção de verdade é questionada, assim como a essência de um juizo que se faz . . .