domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Nome da Rosa

"- Eis o ponto: precisamos encontrar uma maneira de descrever o edifício como ele é por dentro. . .
- E como?
- Deixa-me pensar, não deve ser tão difícil assim . . .
- E o método de que faláveis ontem? Não queríeis percorrer o labirinto fazendo sinais com carvão?
- Não, disse, quanto mais penso nisso, menos me convenço. Talvez não consiga lembrar direito a regra, ou talvez para andar por um labirinto seja necessário ter uma boa Ariadne que te espera à porta segurando a ponta de um fio. Mas não existem fios tão longos. E mesmo que existissem , isso significaria (frequentemente as fábulas dizem a verdade) que se sai de um labirinto só com a ajuda externa. Onde as leis do externo sejam iguais às leis do interno. É isso, Adso, usaremos as ciências matemáticas. Apenas nas ciências matemáticas, são identificadas as coisas por nós conhecidas e as conhecidas de modo absoluto."

É o famoso labirinto das ações recíprocas.

A retórica é verdadeira.