domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Pêndulo de Foucault

Não espereis demasiado o fim do mundo. (Stanislaw J. Lec)

"Nascemos sempre sob o signo errado estarmos no mundo de maneira dignificante equivale a corrigirmos dia a após dia o nosso horóscopo."

"Havia me deixado arrastar por uma paixão da mente. Eis a credulidade.
Não é que o incrédulo não deve acreditar em nada. Não crê é em tudo. Crê numa coisa de cada vez, e numa segunda apenas se essa de certa maneira descende da primeira. Procede de maneira míope, metódica, não arrisca horizontes. Acreditar em duas coisas que não estejam juntas, com a idéia de que em alguma parte deve haver uma terceira, oculta, que as integra, é a boa imagem da credulidade."

A credulidade não exclui a curiosidade, corrobora-a. Difidente da cadeia das idéias, amava das idéias a polifonia. Basta não acreditar nelas, para que duas idéias - ambas falsas - possam colidir criando um bom intervalo ou um diabolos in música. Não respeitava idéias sobre as quais outros apostavam a vida, mas duas ou três idéias que eu não respeitava podia criar melodia. Ou ritmo, melhor se Jazz. "