Estava lendo uma crônica que um amigo me mandou sobre qual livro se levar para uma ilha deserta. A resposta encontrada pela autora era um dicionário. Sim. O pai dos burros possui memória enciclopédica que aciona em nossa bagagem cultural inúmeros mundos possíveis de interpretação. As similidades de palavras com parentesco sintático e ou semântico formam viagens e histórias e incentivam a imaginação. Logo, seria a companhia mais que ideal para uma ilha deserta, afinal o que não irá faltar serão estados de humor e de espírito para se pensar.
E extrapolando um pouco os limites da interpretação, pensei qual seria um presente ideal, que seria lembrado e causaria um sorriso e uma sensação de boa lembrança... que ativaria na memória um estado de felicidade genuína e gratuita toda vez que arremetesse a essa pessoa. Logo, cheguei a conclusão que uma palavra é o suficiente. Apenas uma. Uma palavra de presente. Então, toda vez que uso "a palavra" é uma homenagem minha, íntima e espiritual. No meu vernáculo, há uma palavra, a qual eu uso para designar "você".
Eu e meu pequeno dicionário amoroso!