A noite
alma
do dia
Cai antiquissimo
misterio
sobre a face da terra
ate preenche-la
de escuridao
'As coisas muito claras me noturnam'
As cores e luzes se disolvem
Se reduzem, assim como os sons
Os sentimentos serenam
Algo oculto atua no escuro
Certas descobertas
Sao feitas
'A luz da lua
Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente com um gesto materno afagando
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém te vê entrar
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,
A lua começa a ser real
Vem, Noite antiquíssima e idêntica - Alvaro de Campos / Fernando
The night
soul
of the day
Fall ancient
mystery
on the face of the earth
until it fills
of darkness
'The things very lightfull darken me'
The colors and lights disolve
Are reduced, and the sounds
The feelings serenade
Something hidden in the dark acts
certain discoveries
are made
'The light of the moon
Come, Silent Night, ecstatic,
Come engage in night white robe
My heart ...
Serenely like a breeze in the afternoon light,
Quietly with a gesture breast fondling
With the stars shining in your hands
And the moon mysterious mask over your face.
All sounds ring otherwise
When you come
When you come all the lower voices,
Nobody sees you enter
Nobody knows when you came,
But suddenly, seeing that everything is collected,
That loses all the edges and colors,
And that high yet clearly blue sky
Already growing crisp, or white circle, or mere new light that comes,
The moon begins to be real
Come, ancient and identical Night - Alvaro Campos / Fernando