Ó Alma, tu, minha misteriosa companheira na senda, por vezes incontáveis meu coração respirou tuas palavras – como brancas aves em vôo para a luz, nascidas no vale da nostalgia, entre as rochas das trevas. Eu escutava e escutava, não queria parar de escutar desde os tempos de criança.
Assim, ouvi o gemido das montanhas, a fraca súplica da relva e das flores, o lamento dos animais, os embates do vento, o queixume das águas e da noite, o réquiem das estrelas.
Ainda assim, meus olhos procuravam pela beleza em toda parte e a descobriam na majestade das montanhas, na dança do vento, no perfume e nos matizes das floradas, no tesouro do mundo animal e no infinito brilho estelar do universo, até mesmo nas obras da humanidade e em todo o ir e vir.
Como um salão regiamente adornado com quadros ricamente guarnecidos, apresentou-se-me o mundo. Todos os meus sentidos estavam preparados para captar. Mas, que estranho:
quando me deleitava com seus tesouros, sentia amargura. Ao sorrir de alegria, sentia profunda tristeza. Quando me achava protegido entre as pessoas, sentia interminável solidão.
Só pouco a pouco aprendi a captar e distinguir entre ti e a voz de tua nostalgia e os meus desejos: enquanto recebia avidamente os tesouros do mundo, tu estavas na maior miséria. Pressenti: tua natureza, teu anseio é de essência completamente diferente. Quem és tu? Quem sou eu? Onde está a luz na qual nos reconhecemos?
Ó, ouve:
estou aqui – no deserto da vida, como um eu eternamente só. Tu, ó Alma, companheira em meu coração, tu, oculta na névoa, estamos distantes um do outro na sombra do mundo terreno.
Mas o suspirar de tua nostalgia abriu um caminho na espessa mata da natureza e, desde a infância, manda-me sua mensagem.
Aqui estou então, resignado e totalmente enternecido por ti, como se estivesse pleno de vontade de te encontrar, ó alma, de perder-me silenciosamente em ti, de esvair-me inteiramente em ti e, para sempre, saber-me: sem separação, sem eu, sem tu.
The ego speaks to New Soul:
O Soul , thou, my mysterious companion on the path for countless times my heart breathed your words - like white birds in flight to the light , born in the valley of nostalgia among the rocks of darkness . I listened and listened, did not want to stop listening since childhood days .
So , I heard the groaning of the mountains , the weak plea of grass and flowers , the lament of the animals , the clashes of wind, water and the wail of the night , the requiem of the stars .
Still, my eyes searching for the beauty everywhere and discovered the majesty of the mountains , dancing in the wind, the fragrance and hues of the blossoms , the treasure of the animal world and the infinite starlight in the universe , even in works of humanity and throughout the coming and going .
As a royally adorned lounge with tables richly garnished , presented me the world . All my senses were prepared to capture . But that strange:
When I reveled in its treasures , felt bitterness. The smile of joy , felt deep sadness . When I felt secure among people felt endless solitude.
Only gradually learned to capture and distinguish between you and the voice of your nostalgia and my desires : while eagerly received the treasures of the world , you were the greatest misery . Sensed : your nature , your aspiration is completely different essence. Who are you ? Who am I? Where is the light in which we recognize ourselves ?
O hear :
I'm here - in the desert of life , as I just eternally . Thou, Alma , companion in my heart , thou hidden in the mist , we are far apart in the shadow of the earthly world .
But the sigh of thy nostalgia opened a path in the thick forest of nature and , since childhood , send me your message.
Here then resigned and fully softened 'm with you , as if full of desire to find you , O soul , to lose myself in you silently , slipping away from me to you and fully , forever , know me, without separation without me, without you.