Conceito de "forma formante" que introduz árduos problemas à estética ao apresentar um conceito de "obra" como guia a priori da própria realização empírica, abre caminho para discussões de índole metafísica, aquela metafísica da figuração.
*a legalidade autônoma das formas não anula a personalidade concreta de cada artista.
A obra já possui em si preliminarmente como "ponto de partida", germe que já possui em si possibilidades de expansão para forma completa, de forma que o ponto de partida é a obra in nuce. Mas a figuração é equilibrada aqui pela disposição personalista: o germe só tem valor, só assume todas as suas virtualidades, só se torna fecundo ao ser captado, compreendido, apropriado por uma pessoa. Uma pincelada, uma frase musical, um verso, são germes de formação que, só pelo fato de serem e existirem como premissas de uma possível figuração, pressupõem um crescimento orgânico segundo regras de coerência; mas esses pontos de partida só se tornam fecundos se o artista for capaz de captá-los e torná-los seus - e fizer da coerência postulada pelo ponto de partida a sua própria coerência e, entre as várias direções a que pode virtualmente aspirar, escolher aquela que lhe é congenial e que, por isso mesmo, será a única passível de realização.