domingo, 26 de outubro de 2008

Balzac - A mulher de trinta anos

Acho que a mulher ideal é a de trinta anos.
Como o ideal não existe, o mais real é a beleza dos 30 . . . é uma beleza verdadeira. A mulher já tem consciencia de si, já sabe o que faz e o que não faz. Sabe como seduzir. E já possui expressões no rosto . . . marcas de sua convicção. Seus humores.
E não tem crises nem ápices tão altos. . . nem quedas tão mortais e tão profundas. Ela parece estar serena, e saber algo que vamos saber , logo que chegarmos aonde ela esta.
É o princípio da maturidade. Eu quero ser e estar com essa mulher. Uma mulher possível.

Uma mulher que já demonstra o que sabe.

As ninfetas de 20 ainda não sabem ao certo, não possuem a real certeza. São hipócritas, e erram muito. Se confundem. Se perdem e usam o chorar de maneira errada. Quase como uma chantagem. O chorar maduro esse, sim, é bonito, é útil e sutil. A Beleza dos 20 se confirma nos 30. Aonde não há nada de mais charmoso que a aura de mistério em torno de uma mulher que sabe usar a sua sedução. De forma tão natural quanto respirar. Ela sim, é para casar.

Aos trinta anos as coisas se tornam mais firmes. O chão desenha um caminho. Ao menos essa é a segurança que passam ao caminhar por nós.

Elas dominam os sentimentos, sabendo que não há como fugir das emoções. Não se iluda. Elas sabem. Sentem tanto quanto uma menina de 20, mas emoções maduras . . . sentimentos vertiginosos com consciencia.

Uma coisa de mulher, dirigir chorando. . . será que ná época de Balzac elas iam a cavalo chorando, ou melhor de carruagem . . . chorar é parte de se sentir.
De amar e se deixar percorrer por uma torrente de emoções . . .

Ah um brinde a beleza da mulher de trinta anos, que chegou no ápice de sua juventude e agora resplandece, com expressões em sua face o ideal que planejei durante os 20 anos.