Então, eis que passo o domingo assistindo uma maratona no Discovery History sobre Nostradamos. Tá, e o cara previu que o mundo se acaba em 2012.
Primeiro, passa na cabeça, todas aquelas conquistas que eu gostaria de dormir abraçadinha, depois uma tristeza de pensar em não vê-las mais e depois uma puta indignação de alguém jurar de que eu devo morrer de catástrofe aleatórea antes da Copa de 2014. Isso há 500 anos atrás, na época da peste!!!
Não meu caro, na sua época as composições místicas, químicas e as derivações astrológicas não são as mesmas de agora. Agradeço. E muito sua preocupação, porém, ainda tenho cursos a traçar, e a minha covardia não vai me deixar na mão. É sério, a minha covardia é o que me encoraja a me vencer dia a dia, e se vc tirar isso de mim, e restar só a coragem da morte iminente sem fins, nem preceitos morais ou lucrativos, material ou espiritualmente . . . me fadar a um triste fim de reencontro breve com deus o todo criador, você será um idiota completo. Um impertinente.
Então, sigo eu daqui em paralelo com seu tempo e o buraco astrológico entre Escorpião e Sagitário.
E sabe, há um fenômeno que acontece, é o amor, e ele existe desde a sua época, é atemporal, inalterável e inerente do ser humano.
Então, meu caro filósofo, amo-te por transgredir, mas não me dês prazo de validade.
Ainda não decidi a forma com que vou morrer. E a isso não devo a ninguém.