sábado, 30 de junho de 2012

1- Pre-facil - O Beijo - The Kiss

O BEIJO

Ritual presente desde os primordios da humanidade, o beijo adquiriu com o passar do tempo inumeras simbologias. Ele inaugura uma uniao amorosa, desperta a Bela Adormecida, para a vida (ou para realidade), aprova um pacto de vassalagem. Mas afinal, onde comeca o beijo? Quando? Em que momento? No Renascimento ou na Idade Media? Na Antiguidade, ou ainda bem antes, desde o dia em que Deus criou o homem com um beijo, um sopro?

O Beijo nao e apenas prazer dos labios, e tambem sopro, suspiro, busca do absoluto. Ele transforma estatuas em mulheres e desperta para a vida as Belas Adormecidas. Mas porque ele sonha com o infinito, porque fala da nudez 
(e da impossibilidade) do desejo, seus poderes sao perigosos e seus filtros de amor, algumas vezes venenos!

O beijo, como se sabe, fez um pacto com o silencio. Ele nao seria, no entanto, tao perturbador, se nao brotasse dos mesmos labios de onde tambem jorram as palavras, se nao fosse - como as palavras - obras da lingua, obras da carne. 




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Ritual present since the beginnings of humanity, the kiss acquired over time numerous symbologies. It opens a loving union, awakens Sleeping Beauty to life (or reality), approved a pact of allegiance. But after all, where begins the kiss? When? At what point? In Renaissance or in the Middle Ages? In Antiquity, or even much earlier, since the day that God created man with a kiss, a breath?


The kiss is not just pleasure of the lips, it is also breath, sigh, search for the absolute. It turns  statues into women (pours life) and awakens the Sleeping Beauties. But because it dreams about the infinite, because it speaks of nudity (and the impossibility) of desire, his powers are dangerous, and its filters for love, sometimes poisons!

The kiss, as you know, made a covenant with silence. He would not, however, so disturbing, if not sprout from the same lips where the words gush too, if it was not - as the words - the language works, works of the flesh.