O beijo e' uma demonstracao de afeto, um gesto simbolico de afirmacao de vinculo com o outro.
O acesso ao corpo do outro em uma relacao amorosa nao suscinta nenhuma reticencia, quer se trate do sexo quer do rosto. O erotismo ou a ternura pouco medem as caricias, os beijos na boca, na face, no pescoco ou nas outras partes do corpo. O prazer partilhado na oralidade se estende no gozo nao apenas do rosto, mas de todas as partes em que os labios pousam, pois no desejo do outro tudo e' desejo tudo e' jubilo. "Teus labios sao favo escorrendo, o' noiva minha, tens leite e mel sob a lingua" diz o amado do Cantico dos Canticos(4,11), respondendo ao chamado da bem-amada: "Que me beije com beijos de sua boca! Teus amores sao melhores que o vinho" (1,2). O beijo na boca que comprime os labios e mistura os corpos, e' o ato dos amantes, e nao e' visto em nenhum outro dos rituais da vida cotidiana. "Cada beijo chama um outro beijo", diz Proust. "Ah! Nos primeiros tempos do amor, nascem tao naturalmente os beijos! Acorrem, apertando-se uns contra os outros; e ter-se-ia tanta dificuldade em contar os beijos dados numa hora como as flores de um campo no mes de maio" Albert Cohen deixa a pena correr com a mesma emocao:
Oh! Inicios, dois desconhecidos de repente maravilhosamente se conhecendo, labios na labuta, linguas temerarias, linguas nunca satisfeitas, linguas se buscando e se confundindo, linguas em combate, mescladas em terno sopro, santo trabalho, sumos das bocas, bocas se alimentando uma da outra, alimentos de juventude...
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The kiss is a demonstration of affection, a symbolic gesture of affirmation of relationship with each other.
Access to the other's body in a loving relationship is not succinct no reticence, whether sex or facial. The eroticism and tenderness just measure the caresses, kisses in the mouth, face, neck or elsewhere in the body. The shared pleasure in speaking extends the enjoyment not only of the face, but all parties that the lip land, because in the desire of the other everything is desire and all are wishes are jubilation. "Your lips are dripping honeycomb, 'my bride, you have milk and honey under the tongue," says the beloved of the Song of Songs (4.11), answering the call of the beloved: "That kiss me with kisses of his mouth ! your loves are better than wine "(1.2). The kiss on the mouth and lips which compresses the mixture of bodies, 'is the act of lovers, and it is not' seen in any other of the rituals of everyday life. "Every kiss calls another kiss," says Proust. "Ah, the early days of love, so naturally the kisses spring! They gather, pressing against each other, and would have much difficulty in counting the kisses data at a time like the flowers of a field in the month of May "Albert Cohen leaves off running with the same emotion:
Oh! Beginnings, two strangers suddenly wonderfully knowing, in toil lips, daring tongues, tongues have never met, tongues are seeking and getting confused, languages in combat, mixed in tender breath, holy work, juices mouths, mouths to feed each other , food of youth ...