Saudade de Amar
Deixa eu te dizer, amor
Que não deves partir
Partir nunca mais
Pois o tempo sem amor
É uma dura ilusão
E não volta mais
Se tu pudesses compreender
A solidão que é
Te buscar por aí
Andando devagar
A vagar por aí
Chorando a tua ausência
Vence a tua solidão
Abre os braços e vem
Meus dias são teus
É tão triste se perder
Tanto tempo de amor
Sem hora de adeus
Oh, volta
Que nos braços meus
Não haverá adeus
Nem saudade de amar
E os dois, sorrindo a soluçar
Partiremos depois
Vinicius de Moraes
"Que o meu rosto reflita nos espelhos um olhar doce e tranquilo, mesmo no mais fundo sofrimento; e que eu não me esqueça nunca que devo estar constantemente em guarda de mim mesmo, para que sejam humanos e dignos o meu orgulho e a minha humildade, e para que eu cresça sempre no sentido de Tempo..."
Deixa eu te dizer, amor
Que não deves partir
Partir nunca mais
Pois o tempo sem amor
É uma dura ilusão
E não volta mais
Se tu pudesses compreender
A solidão que é
Te buscar por aí
Andando devagar
A vagar por aí
Chorando a tua ausência
Vence a tua solidão
Abre os braços e vem
Meus dias são teus
É tão triste se perder
Tanto tempo de amor
Sem hora de adeus
Oh, volta
Que nos braços meus
Não haverá adeus
Nem saudade de amar
E os dois, sorrindo a soluçar
Partiremos depois
Vinicius de Moraes
"Que o meu rosto reflita nos espelhos um olhar doce e tranquilo, mesmo no mais fundo sofrimento; e que eu não me esqueça nunca que devo estar constantemente em guarda de mim mesmo, para que sejam humanos e dignos o meu orgulho e a minha humildade, e para que eu cresça sempre no sentido de Tempo..."
Vinicius de Moraes
Uma música que seja...
...Como os mais belos harmônicos da natureza.
Uma música que seja como o som do vento na cordoalha dos navios, aumentando gradativamente de tom até atingir aquele em que se cria uma reta ascendente para o infinito.
Uma música que comece sem começo e termine sem fim.
Uma música que seja como o som do vento numa enorme harpa plantada no deserto. Uma música que seja como a nota lancinante deixada no ar por um pássaro que morre.
Uma música que seja como o som dos altos ramos das grandes árvores vergastadas pelos temporais.
Uma música que seja como o ponto de reunião de muitas vozes em busca de uma harmonia nova.
Uma música que seja como o vôo de uma gaivota numa aurora de novos sons...
Vinicius de Moraes, o poetinha carioca
Soneto do Corifeu
São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida.
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher.
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Uma mulher que é como a própria Lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.
Vinicius de Moraes, o poetinha carioca
"Chega de ficar quebrando a cara com os velhos erros de sempre;
Quero cometer erros novos;
Passar por apertos diferentes;
Experimentar situações desconhecidas;
Sair da rotina e do lugar comum.
Esse ano eu preciso crescer;
Chega de saber a saída e ficar parado na porta;
Ensaiando os passos sem nunca entrar na estrada;
Esperando que me venha o que eu mais preciso encontrar.
Esse ano, se eu tiver que sofrer,será por sofrimentos reais e nunca mais por males imaginários;
Preocupado com coisas que jamais acontecerão.
Chega de planejar o futuro e tropeçar no presente;
Chega de pensar demais e fazer de menos;
Chega de pensar de um jeito e fazer de outro;
Chega do corpo dizer sim e a cabeça não;
Chega desses intermináveis conflitos que me fazem adiar para nunca a minha decisão."
Vinicius de Moraes, o poetinha carioca
"Você se fez presente em todos os momentos firmes e trêmulos. E, passo a passo, pude sentir a sua mão na minha, transmitindo-me a segurança necessária para enfrentar meu caminho e seguir..." A tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida, e sinto que, em meu gesto, existe o teu gesto e em minha voz, a tua voz"
Vinicius de Moraes
Só deixarei de te amar quando o véu da minha morte cobre o meu rosto e na minha sepultura nascer rosas cujas, nas pétalas estarao escritas em letras de sangue ainda amo VOCE
Vinicius de Moraes
AS BORBOLETAS
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam de muita luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então
Oh, que escuridão!
Vinicius de Moraes, o poetinha carioca