segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Livro de Mirdad 4

Lectorium Rosicrucianum

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O HOMEM É UM DEUS ENFAIXADO

O homem é um Deus enfaixado. O tempo é uma faixa. O espaço é uma faixa. A carne é uma faixa, e do mesmo modo são faixas todos os sentidos e as coisas por eles percebidas. A mãe sabe que as faixas não são a criança. A criança, porém, não o sabe.

O homem ainda é muito consciente de suas faixas, que mudam de dia para dia e de idade para idade. Em vista disto sua consciência está constantemente fluindo;  e a palavra pela qual sua consciência se expressa nunca é clara e com significado definido; e a sua compreensão é nebulosa; e a sua vida está em desequilíbrio. É a confusão três vezes confusa.

E eis que o homem brada por socorro. Seus gritos de angústia reverberam pelos eões. O ar está pejado de seus gemidos. O mar está salgado com suas lágrimas. A terra está sulcada por suas sepulturas. Os céus estáo ensurdecidos por suas preces; e tudo porque ele ainda não sabe o significado de seu eu, que é, para ele, a faixa e a criança que nela está enfaixada.

Ao dizer eu, o homem racha a palavra em duas partes; suas faixas - uma delas; e a divina centelha imortal - a outra. Dividirá realmente o homem o que é indivisível? Deus o proíbe. Nenhum poder - nem mesmo o de Deus - poderá dividir o indivisível. É a imaturidade do homem que o faz imaginar a divisão; E o homem, recém-nascido, cinge-se para a batalha e põe-se em guerra contra o Ser-Total, julgando-o inimigo de seu ser. 

Nesta guerra díspar, o homem rasga suas suas carnes em tiras e derrama seu sangue em torrentes, enquanto Deus, o Pai-Mãe, amorosamente observa, pois ele sabe que o homem está somente rasgando seus pesados véus e derramando o amargo fel que o fez cego e não o deixa ver sua unidade com o Uno.

É este o destino do homem - lutar, sangrar, desfalecer, e afinal despertar e acabar com a divisão no eu, com sua própria carne, selando-a com seu próprio sangue.

Eis, ó monges, que fostes avisados - e mui sabiamente avisados - para serdes prudentes no uso do eu, pois, enquanto com isso vos referirdes às faixas e não exclusivamente à criança, enquanto for para vós mais peneira do que cadinho, até então estareis peneirando vossa vaidade para colherdes a morte com toda a sua ninhada de dores e agonias.


Lectorium Rosicrucianum

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MAN IS A GOD BANDAGED

The bandaged man is a God. Time is a track. The space is a track. Meat is a band, and likewise are tracks every way and things perceived by them. The mother knows that the tracks are not the child. The child, however, does not know.

The man is still very aware of his tracks, which change from day to day and from age to age. In view of this your consciousness is constantly flowing and the word by which your consciousness is expressed is never clear and definite meaning, and his understanding is hazy, and his life is out of balance. It is three times confusing mess.

And behold, the man cries out for help. His cries of anguish reverberate for aeons. The air is rife with her moans. The sea is salty with her tears. The land is crossed by their graves. The heavens are deafened by their prayers, and all because he does not know the meaning of self, that is, for him, the band and the child standing on her bandaged.

When say I, the man splits the word into two parts; your tracks - one of them, and the divine spark immortal - other. Actually divide the man what is indivisible? God forbids. No power - not even God - can divide the indivisible. It is an immature man who does imagine the division; And man, Newborn, gird for battle and put them in the war against Ser-Total, believing him to be his enemy.

In this unequal war, man tears his his meat into strips and pours her blood in torrents, while God the Father-Mother, lovingly observes, because he knows that the man is only ripping their heavy veils and shedding bitter gall that made blind and lets you see your unity with the One.

Is this the destiny of man - fighting, bleeding, fainting, and finally wake up and end the division in the self, with its own meat, sealing it with his own blood.

Behold, O monks, that you were warned - and very wisely advised - for Serdes prudent in the use of the self, for while it referirdes you to track not only the child, while it is more for you than sieve crucible until then are sifting your vanity to reap death with all his brood of pains and agonies.