Esse egoísmo recheado de uma ambição sem fundamentos ou herdeiros de sangue, que me choca. Por uma maldade estéril, com um fosso de crocodilos que cercam a masmorra, com sua dúzia de cachorros ferozes que têm sido alimentados com comida do leão.
Logo, de um leão sangue puro. Legítimo.
Ah incoerência familar - ah o carma estéril e burro da ignorância machista e patriarcal.
E que ambiciona ser ainda o defunto mais rico de status mais elevado do cemitério. Tapete de grama.
Vida horizontal, vista horizontal.
Maldade criar a esposa como se fosse a filha que abandonaste e nem sente um pingo de compaixão no coração. Mas vem beber minhas doces palavras e acompanhar agora que a lei delimitou um corte necessário, vem beber a sua insônia ébria carente de distração, vem consumir seu fogo errático em meu santuário. Primeiro para manter sua bisbilhotice atualizada, com a desculpa de querer saber se mal venho dizer de vossa pessoa, para tanto basta me dizer a verdade, para que julgues que falo o mal. Essa é a corda do pescoço dos que temem que a verdade aflore. Digo mais, se não for tu mesmo a dizê-la alguém a dirá por ti. Em todos os aspectos.
A nova era que inicia não permite que corruptíveis se sustentem durante muito tempo em posições de poder.
Pior ainda é pensar que o ser em questão deveria ter gratidão pelo meu avô. Si ne qua non jamais teria até mesmo um apartamento próprio. Meu avô alimentou o cidadão nos dois primeiros anos do casamento com a minha mãe. Meu avô cuidou da filha única que ele fez, alimentou, amou, levou pra escola de manhã cedinho, acordava, deu banho, fazia comida, brincava, acordava ainda mais cedo pra cuidar de mim quando quebrei a perna e fiquei imobilizada por 40 dias. Um velhinho de 93 anos! Forte como um leão. E esse cidadão que é mais bonito que todos os outros cidadãos sequer ligou pra saber como estava, se me sentia melhor, se precisava de alguma coisa.
E esse cidadão honrado jamais sequer me perguntou como eu me sentia após a morte da minha mãe. Um ingrato e sem sem sentimento algum de carinho ou amor...
Ah oh vida ...