E na Idade Media, entretanto, que o beijo na boca adquire realmente titulo de nobreza, com a cerimonia da homenagem vassalica. Troca de sopros, mistura de almas, ele sela na epoca, entre o senhor e seu vassalo, um contrato que nada podera romper.
Tendo-se tornado mensageiros do amor, eles abracam tambem todas as contradicoes, a ponto de nem sempre sabermos se sao serios ou frivolos e se o halo de sensualidade com que eles se envolvem e um perfume da eternidade ou um vapor ligeiro. Nada mais serio que um beijo, convenhamos! Aceitar um beijo e recusar o restante, ja previnia Ovidio, e merecer perder os favores concedidos. - Ovidio L'art d'aimer - Sim, porque em frances ha duas acepcoes para a palavra 'beijo', conforme o termo venha do substantivo ou do verbo, e entre esses dois termos, exatamente entre o preludio e a conclusao, instaura-se frequentemente um jogo de esconde-esconde.
Nesse ponto o beijo se assemelha ao humor, seus encantos permanecem sensiveis contanto que nao sejam divulgados. Eis que nao se encontram 'especialistas em liguistica' (Lamelie, fechava os olhos e consagrava religiosamente a linguistica - Gallimard) alguns escritores quando muito se consagram, deliciados, ao assunto. E que entre a literatura e o beijo ha desde sempre uma historia de amor.
e com razao! Nao e a boca que beija a mesma que fabrica as palavras? E o que sussurra aqui aos suspiros nao e, pouco ou muito, o que se murmura la com frases? 'Langue: en fracais dans le sexe' - Gilbert Senecaut. Porque se e verdade que o rosto e o espelho d'alma, e importante que os amantes se contemplem antes de permitir que os labios errem a vontade:
E teu rosto esta inclinado, tua boca e fruto a ser consumido, a toda velocidade , na noite. - Gallimard
......................................................................................................................................................................
And in the Middle Ages, however, that the kiss in the mouth actually gets title of nobility, with the ceremony of homage vassalica. Exchange of blows, a mixture of souls, he seals at the time, between the lord and his vassal, a contract that nothing can break.
Having become messengers of love, they also embrace all the contradictions, the point does not always know whether they are serious or frivolous, and the aura of sensuality with which they engage, and a perfume of eternity or a slight vapor. Nothing more serious than a kiss, come on! Refuse to accept a kiss and the rest, ja would prevent Ovidio, and deserve to lose the favor granted. - Ovid L'art d'aimer - Yes, because in French there are two meanings for the word 'kiss' as the term comes from the noun or verb, and between these two terms, exactly between the prelude and conclusion, establishes itself often a game of hide and seek.
At this point the kiss resembles the moods, its charms remain sensitive as long as not being disclosed. Behold, are not 'experts liguistica' (Lamelie, closed my eyes and religiously devoted to linguistics - Gallimard) when very few writers are devoted, delighted, to the point. And that kiss between literature and there has always been a love story. And with reason! Isn't the mouth that kiss the same that creat words? And it whispers to sighs here and not, more or less, what is it with murmurs phrases? 'Langue: en fracais dans le sexe' - Gilbert Senecaut. Because if true, and that the face and the mirror of the soul, it is important that the lovers contemplate before allowing the lips run free:
And your face is tilted, your mouth and fruit to be consumed at full speed, at night. - Gallimard
sábado, 30 de junho de 2012
2- O Beijo - The Kiss
Carta sobre o Beijo
"Beijo, filho de dois labios fechados,
Filha de dois botoes de rosa"
- Ronsard Sonnet pour Helene (Baiser, fils de deux levres closes / Fille de deux boutouns de rose)
Missao: Catalogar todas as especies e subespecies de beijos distribuidos no mundo e encontrar o fio de Ariadne que liga uns aos outros.
Ha muitos tipos, deixemos de lado por alguns instantes os apaixonados, seria bom questionar por que sao sempre os primeiros que nos ocorrem..... Ha muitos outros,simples como o de bom-dia ou boa-noite, beijos que trocamos de manha ou a noite, ao nos levantarmos ou nos deitarmos que tem o valor do rito. Eles nos inscrevem no mundo e marcam nosso lugar entre os nossos semelhantes. Eles dao ritmo ao calendario dos dias comuns e dos dias extraordinarios: festas, casamentos, aniversarios ... Porque beijamos nao apenas para dizer "eu te amo", mas tambem para saudar, para mostrar que nos reconhecemos, nos aceitamos, partilhamos o mesmo momento. Nos 'beijamos'. *Beijar em frances, e baiser ou embrasser (abracar, tomar nos bracos). Tomamos nos bracos, apertamos, estreitamos, em suma, abolimos a distancia que separa os corpos. Construimos uma arca, da qual os labios seriam a chave...
A melhor das hipoteses, esse gesto de uma corrente, seria apenas um elo? Com que direito falar do beijo sem evocar imediatamente o aperto de mao, o abraco, a troca de olhares que o acompanham?
E dificil distinguir os beijos e nao se pode muito facilmente alinhar de um lado aqueles que pertencem ao gesto de saudacao inequivoco e de outro aqueles que pertencem ao mundo dos favores amorosos. Estao intrinsecos a interpretacoes. Os romanos nao estavam errados ao usar varios termos para designar suas homenagens , segundo elas fossem solenes (osculum) ou apenas leves, deliciosas (saevium). Mais precisamente um terceiro termo, de origem mais tardia (basium), que conserva um pouco dos dois e se presta a diversos usos, como se, entre publicos e privados, comedidos e menos comedidos, nossos beijos apreciassem deixar margem a um certo jogo. Em que o desejo leva vantagem, porque as vezes basta um beijo ligeiramente mais demorado para dar asas a imaginacao.
...................................................................................................................................................................
Letter for the Kiss
"Kiss the son of two lips closed,Daughter of two buttons of pinkroses "- Ronsard Sonnet pour Helene (Baiser, fils de deux levres closes / Fille de deux boutouns of rose)
Mission: To catalog all species and subspecies distributed in the world of kisses and find Ariadne's thread that binds each other.
There are many types, let us put aside briefly lovers, would be good to question why are we always the first place ..... There are many other simple, such as good morning or good evening, we exchanged kisses in the morning or evening, to stand up or lie on that has the value of the rite. They fall in the world and mark our place among our peers. They give rhythm to the calendar of ordinary days and extraordinary days, parties, weddings, anniversaries ... Why not kiss just to say "I love you", but also to salute, to show that we recognize ourselves, accept ourselves, we share the same time. In the 'kiss'. * Kissing in French, and baiser or embrasser (embrace, take in the arms). We take in the arms, shook, narrowed, in short, abolish the distance separating the bodies. Build an ark, which the lips would be the key ...
The best of hypotheses, this gesture of a chain, would be just a link? What right to speak without mentioning the kiss immediately handshake, a hug, exchanging glances that accompany it?It seems so hard to build a science of kissing, and because we kiss too much on too many occasions, too many ways. There are kisses, for example that we will solemnly and others who give a surprise, some of them will apply preciously - Kissing! Hollyhock in the garden of caresses! - Paul Verlaine - and we will happily pop some others. Our kisses are, in fact, like a coin, do not stop running, running ... between kissesthe ones we demand and we have received, among those we give and those we stole, among those we conserve and we returned, the trade never stops.
Victor Hugo was crazy (or greedy) enough to dream on ... embrace the whole landscape only in one sentence! - Kiss your feet and your big eyes small - Victor Hugo to Juliette Drouet Lettres - he will tell his Juliette, with a sense of brevity not exclude that, thank God, the shortcut for the humor ...
Of all the places of the body that the kiss visits, the most often sung yet and mouth, perhaps because the meat finally flourish as it in itself, red, round, desirable, and have it open at this point, as a result, the middle:
I saw, oh! Red Door abyss of my desire! - Guillaume Apollinaire - Les neuf bearings ton corps
I saw it but dare transpo? I dare venture, in addition to its principle, this Dedalo dark that you seem to show me while I block the road? What there will be at the bottom of it so black, so scary ... and so tempting?What unexpected dip in the bottom of what, by nature, me and more strange, inaccessible: the intimate venue on the other.
Let's reconsider some kisses that we had deliberately left aside and the language in which also claims its share of the feast: the language, the breath, the soul ...
Your tongue in my mouth like this savage sea ... - Saint-John Perse
It is difficult to distinguish between kisses and one can not easily align on one side those who belong to the unequivocal gesture of greeting and others who belong to the world of amorous favors. Are intrinsic to interpretations. The Romans were not wrong to use various terms to describe their respects, they were solemn second (osculum) or only mild, delicious (saevium). More precisely a third term, the source later (basium), which retains a little of both and lends itself to various uses, as between public and private, restrained and less restrained, appreciate our kisses leave room for a certain game in takes advantage of that desire, because sometimes a kiss just slightly more time consuming to unleash the imagination.
"Beijo, filho de dois labios fechados,
Filha de dois botoes de rosa"
- Ronsard Sonnet pour Helene (Baiser, fils de deux levres closes / Fille de deux boutouns de rose)
Missao: Catalogar todas as especies e subespecies de beijos distribuidos no mundo e encontrar o fio de Ariadne que liga uns aos outros.
Ha muitos tipos, deixemos de lado por alguns instantes os apaixonados, seria bom questionar por que sao sempre os primeiros que nos ocorrem..... Ha muitos outros,simples como o de bom-dia ou boa-noite, beijos que trocamos de manha ou a noite, ao nos levantarmos ou nos deitarmos que tem o valor do rito. Eles nos inscrevem no mundo e marcam nosso lugar entre os nossos semelhantes. Eles dao ritmo ao calendario dos dias comuns e dos dias extraordinarios: festas, casamentos, aniversarios ... Porque beijamos nao apenas para dizer "eu te amo", mas tambem para saudar, para mostrar que nos reconhecemos, nos aceitamos, partilhamos o mesmo momento. Nos 'beijamos'. *Beijar em frances, e baiser ou embrasser (abracar, tomar nos bracos). Tomamos nos bracos, apertamos, estreitamos, em suma, abolimos a distancia que separa os corpos. Construimos uma arca, da qual os labios seriam a chave...
A melhor das hipoteses, esse gesto de uma corrente, seria apenas um elo? Com que direito falar do beijo sem evocar imediatamente o aperto de mao, o abraco, a troca de olhares que o acompanham?
Parece tao dificil construir uma ciencia do beijo, e porque beijamos demais, em demasiadas ocasioes, de demasiadas maneiras. Ha beijos, por exemplo que daremos solenemente e outros que daremos de surpresa; aplicaremos preciosamente alguns deles - Beijar! Malva-rosa no jardim das caricias! - Paul Verlaine - e faremos estalar alegremente certos outros. Nossos beijos sao, na verdade, como uma moeda, nao param de circular, de rodar ... entre os beijos que exigimos e os que recebemos, entre os que damos e os que roubamos, entre os que conservamos e os que devolvemos, o comercio nao para.
Vitor Hugo foi louco (ou guloso) o suficiente para sonhar com em abracar a paisagem toda ... em uma so frase! - Beijo teus pes pequenos e teus olhos grandes - Victor Hugo Lettres a Juliette Drouet -, dira ele a sua Juliette, com um sentido da concisao que nao exclui, gracas a Deus, o atalho para o humor...
De todos os lugares do corpo que o beijo visita, geralmente o mais cantado ainda e a boca, talvez por que a carne enfim nela aflore como em si mesma, vermelha, redonda, desejavel, e que ela se abra nesse ponto, como um fruto, ao meio:
Eu a vi, oh! Porta vermelha abismo de meu desejo! - Guillaume Apollinaire - Les neuf portes de ton corps
Eu a vi mas ousarei transpo-la? Ousarei aventurar-me, alem de seu principio, nesse dedalo obscuro que a senhora parece mostrar-me e ao mesmo tempo me barrar o caminho? O que havera la no fundo de tao negro, tao assustador ... e tao tentador?
Que inusitado mergulho no fundo daquilo que, por natureza, me e mais estranho, inacessivel: o foro intimo do outro.
Vamos reconsiderar certos beijos que haviamos deixado deliberadamente de lado e nos quais a lingua tambem reivindica sua parte no festim: a lingua, o sopro, a alma....
Tua lingua esta na minha boca como selvageria de mar ... - Saint-John Perse
E dificil distinguir os beijos e nao se pode muito facilmente alinhar de um lado aqueles que pertencem ao gesto de saudacao inequivoco e de outro aqueles que pertencem ao mundo dos favores amorosos. Estao intrinsecos a interpretacoes. Os romanos nao estavam errados ao usar varios termos para designar suas homenagens , segundo elas fossem solenes (osculum) ou apenas leves, deliciosas (saevium). Mais precisamente um terceiro termo, de origem mais tardia (basium), que conserva um pouco dos dois e se presta a diversos usos, como se, entre publicos e privados, comedidos e menos comedidos, nossos beijos apreciassem deixar margem a um certo jogo. Em que o desejo leva vantagem, porque as vezes basta um beijo ligeiramente mais demorado para dar asas a imaginacao.
...................................................................................................................................................................
Letter for the Kiss
"Kiss the son of two lips closed,Daughter of two buttons of pinkroses "- Ronsard Sonnet pour Helene (Baiser, fils de deux levres closes / Fille de deux boutouns of rose)
Mission: To catalog all species and subspecies distributed in the world of kisses and find Ariadne's thread that binds each other.
There are many types, let us put aside briefly lovers, would be good to question why are we always the first place ..... There are many other simple, such as good morning or good evening, we exchanged kisses in the morning or evening, to stand up or lie on that has the value of the rite. They fall in the world and mark our place among our peers. They give rhythm to the calendar of ordinary days and extraordinary days, parties, weddings, anniversaries ... Why not kiss just to say "I love you", but also to salute, to show that we recognize ourselves, accept ourselves, we share the same time. In the 'kiss'. * Kissing in French, and baiser or embrasser (embrace, take in the arms). We take in the arms, shook, narrowed, in short, abolish the distance separating the bodies. Build an ark, which the lips would be the key ...
The best of hypotheses, this gesture of a chain, would be just a link? What right to speak without mentioning the kiss immediately handshake, a hug, exchanging glances that accompany it?It seems so hard to build a science of kissing, and because we kiss too much on too many occasions, too many ways. There are kisses, for example that we will solemnly and others who give a surprise, some of them will apply preciously - Kissing! Hollyhock in the garden of caresses! - Paul Verlaine - and we will happily pop some others. Our kisses are, in fact, like a coin, do not stop running, running ... between kissesthe ones we demand and we have received, among those we give and those we stole, among those we conserve and we returned, the trade never stops.
Victor Hugo was crazy (or greedy) enough to dream on ... embrace the whole landscape only in one sentence! - Kiss your feet and your big eyes small - Victor Hugo to Juliette Drouet Lettres - he will tell his Juliette, with a sense of brevity not exclude that, thank God, the shortcut for the humor ...
Of all the places of the body that the kiss visits, the most often sung yet and mouth, perhaps because the meat finally flourish as it in itself, red, round, desirable, and have it open at this point, as a result, the middle:
I saw, oh! Red Door abyss of my desire! - Guillaume Apollinaire - Les neuf bearings ton corps
I saw it but dare transpo? I dare venture, in addition to its principle, this Dedalo dark that you seem to show me while I block the road? What there will be at the bottom of it so black, so scary ... and so tempting?What unexpected dip in the bottom of what, by nature, me and more strange, inaccessible: the intimate venue on the other.
Let's reconsider some kisses that we had deliberately left aside and the language in which also claims its share of the feast: the language, the breath, the soul ...
Your tongue in my mouth like this savage sea ... - Saint-John Perse
It is difficult to distinguish between kisses and one can not easily align on one side those who belong to the unequivocal gesture of greeting and others who belong to the world of amorous favors. Are intrinsic to interpretations. The Romans were not wrong to use various terms to describe their respects, they were solemn second (osculum) or only mild, delicious (saevium). More precisely a third term, the source later (basium), which retains a little of both and lends itself to various uses, as between public and private, restrained and less restrained, appreciate our kisses leave room for a certain game in takes advantage of that desire, because sometimes a kiss just slightly more time consuming to unleash the imagination.
1- Pre-facil - O Beijo - The Kiss
O BEIJO
Ritual presente desde os primordios da humanidade, o beijo adquiriu com o passar do tempo inumeras simbologias. Ele inaugura uma uniao amorosa, desperta a Bela Adormecida, para a vida (ou para realidade), aprova um pacto de vassalagem. Mas afinal, onde comeca o beijo? Quando? Em que momento? No Renascimento ou na Idade Media? Na Antiguidade, ou ainda bem antes, desde o dia em que Deus criou o homem com um beijo, um sopro?
O Beijo nao e apenas prazer dos labios, e tambem sopro, suspiro, busca do absoluto. Ele transforma estatuas em mulheres e desperta para a vida as Belas Adormecidas. Mas porque ele sonha com o infinito, porque fala da nudez
(e da impossibilidade) do desejo, seus poderes sao perigosos e seus filtros de amor, algumas vezes venenos!
O beijo, como se sabe, fez um pacto com o silencio. Ele nao seria, no entanto, tao perturbador, se nao brotasse dos mesmos labios de onde tambem jorram as palavras, se nao fosse - como as palavras - obras da lingua, obras da carne.
.....................................................................................................................................................................
Ritual present since the beginnings of humanity, the kiss acquired over time numerous symbologies. It opens a loving union, awakens Sleeping Beauty to life (or reality), approved a pact of allegiance. But after all, where begins the kiss? When? At what point? In Renaissance or in the Middle Ages? In Antiquity, or even much earlier, since the day that God created man with a kiss, a breath?
The kiss is not just pleasure of the lips, it is also breath, sigh, search for the absolute. It turns statues into women (pours life) and awakens the Sleeping Beauties. But because it dreams about the infinite, because it speaks of nudity (and the impossibility) of desire, his powers are dangerous, and its filters for love, sometimes poisons!
The kiss, as you know, made a covenant with silence. He would not, however, so disturbing, if not sprout from the same lips where the words gush too, if it was not - as the words - the language works, works of the flesh.
Ritual presente desde os primordios da humanidade, o beijo adquiriu com o passar do tempo inumeras simbologias. Ele inaugura uma uniao amorosa, desperta a Bela Adormecida, para a vida (ou para realidade), aprova um pacto de vassalagem. Mas afinal, onde comeca o beijo? Quando? Em que momento? No Renascimento ou na Idade Media? Na Antiguidade, ou ainda bem antes, desde o dia em que Deus criou o homem com um beijo, um sopro?
O Beijo nao e apenas prazer dos labios, e tambem sopro, suspiro, busca do absoluto. Ele transforma estatuas em mulheres e desperta para a vida as Belas Adormecidas. Mas porque ele sonha com o infinito, porque fala da nudez
(e da impossibilidade) do desejo, seus poderes sao perigosos e seus filtros de amor, algumas vezes venenos!
O beijo, como se sabe, fez um pacto com o silencio. Ele nao seria, no entanto, tao perturbador, se nao brotasse dos mesmos labios de onde tambem jorram as palavras, se nao fosse - como as palavras - obras da lingua, obras da carne.
.....................................................................................................................................................................
Ritual present since the beginnings of humanity, the kiss acquired over time numerous symbologies. It opens a loving union, awakens Sleeping Beauty to life (or reality), approved a pact of allegiance. But after all, where begins the kiss? When? At what point? In Renaissance or in the Middle Ages? In Antiquity, or even much earlier, since the day that God created man with a kiss, a breath?
The kiss is not just pleasure of the lips, it is also breath, sigh, search for the absolute. It turns statues into women (pours life) and awakens the Sleeping Beauties. But because it dreams about the infinite, because it speaks of nudity (and the impossibility) of desire, his powers are dangerous, and its filters for love, sometimes poisons!
The kiss, as you know, made a covenant with silence. He would not, however, so disturbing, if not sprout from the same lips where the words gush too, if it was not - as the words - the language works, works of the flesh.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Magnetic dance inside played
The cells of my body are dancing in my veins
The bloodstream feels lively
Must be the iron contained in it
That are electrically excited
With the pulsed magnetism
The bloodstream feels lively
Must be the iron contained in it
That are electrically excited
With the pulsed magnetism
quarta-feira, 27 de junho de 2012
O aroma e O atimo
Feel the scent of love in the Atmosphere
Lasts an eternal instant
Enough to dazzle the meaning
*Atimo: the instant it is neither the time nor eternity, nor motion nor rest, but it is among them and is their meeting point.
o Átimo tem um significado diferente do agora (v.) ou instante, que é o limite ou condição do tempo, porque representa uma espécie de encontro ou de compromisso entre o tempo e a eternidade. Essa noção remonta: “O Átimo, parece indicar o que serve de transição entre duas mudanças inversas. A passagem do movimento à calma e vice-versa não tem lugar a partir de uma imobilidade que é ainda imota ou do movimento que é ainda movido. A natureza um pouco estranha do Átimo assenta-se ao meio entre a tranqüilidade e o movimento, embora não esteja ele no tempo e o faz ser ponto de chegada e de partida do que se move em direção ao estar parado e do que está parado em direção ao mover-se.” (Parm., 156 d). Em outros termos, o Átimo não é nem o tempo nem a eternidade, nem o movimento nem o repouso, mas está entre eles e constitui o seu ponto de encontro." [...] (ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Mestre Jou: São Paulo, 1970.
Lasts an eternal instant
Enough to dazzle the meaning
*Atimo: the instant it is neither the time nor eternity, nor motion nor rest, but it is among them and is their meeting point.
o Átimo tem um significado diferente do agora (v.) ou instante, que é o limite ou condição do tempo, porque representa uma espécie de encontro ou de compromisso entre o tempo e a eternidade. Essa noção remonta: “O Átimo, parece indicar o que serve de transição entre duas mudanças inversas. A passagem do movimento à calma e vice-versa não tem lugar a partir de uma imobilidade que é ainda imota ou do movimento que é ainda movido. A natureza um pouco estranha do Átimo assenta-se ao meio entre a tranqüilidade e o movimento, embora não esteja ele no tempo e o faz ser ponto de chegada e de partida do que se move em direção ao estar parado e do que está parado em direção ao mover-se.” (Parm., 156 d). Em outros termos, o Átimo não é nem o tempo nem a eternidade, nem o movimento nem o repouso, mas está entre eles e constitui o seu ponto de encontro." [...] (ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Mestre Jou: São Paulo, 1970.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Dream
Sonhei que havia um concurso de baloes e la estava a torre eiffel, e o ceu estava todo enfeitado com diferentes interpretacoes ...
And suddenly she kissed me. How soft and tender. Sweetness all over me.
:)
And suddenly she kissed me. How soft and tender. Sweetness all over me.
:)
Drop by drop
Uma existencia louca que me transbordou
Agora eu entendo um monte coisa e' preciso se deixar entornar
So' desta maneira nao ha' culpa nem arrependimentos
Porque e' sincero o derramar-se
A mad existence overflowed me
Now I understand a lot and is a need to let it pour
So this way there is no guilt or regret
Because it's sincere the spill
*O Idiota (The Idiot) - FIT -
Festival Internacional de Teatro
Agora eu entendo um monte coisa e' preciso se deixar entornar
So' desta maneira nao ha' culpa nem arrependimentos
Porque e' sincero o derramar-se
A mad existence overflowed me
Now I understand a lot and is a need to let it pour
So this way there is no guilt or regret
Because it's sincere the spill
*O Idiota (The Idiot) - FIT -
Festival Internacional de Teatro
terça-feira, 19 de junho de 2012
For real
Do you believe that all your dreams actually come true independently of the way you dream it
?
I do.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
To reach the gold
Love is like the fluid inside the spinal cord
My bones, my muscles are throughout my body orchestrated,
My love is the energy that drives this whole system
This pulsating mechanism that touches, feels, thinks and sees
And that interacts with the environment and with other systems
Love is the lifeblood
Each person connects to me as my bodycells conect each other
We talk by synapses
I am an integral part
And my love goes around the whole world to see you.
Crosses continents and can be distracted while working
But the effort of my whole body while busy by working
Has awareness that the goal is to see you soon
As soon as possible.
My bones, my muscles are throughout my body orchestrated,
My love is the energy that drives this whole system
This pulsating mechanism that touches, feels, thinks and sees
And that interacts with the environment and with other systems
Love is the lifeblood
Each person connects to me as my bodycells conect each other
We talk by synapses
I am an integral part
And my love goes around the whole world to see you.
Crosses continents and can be distracted while working
But the effort of my whole body while busy by working
Has awareness that the goal is to see you soon
As soon as possible.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Mario Quintana - uma colcha de retalhos
Pedacinhos de textos:
AS INDAGAÇÕES
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
A amizade é um amor que nunca morre.
Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.
POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Qualquer ideia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
A maior dor do vento é não ser colorido.
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
O Eterno Espanto
Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?
Verso Avulso
... O luar é a luz do sol que está dormindo...
AS INDAGAÇÕES
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
A amizade é um amor que nunca morre.
Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.
POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Qualquer ideia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
A maior dor do vento é não ser colorido.
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
O Eterno Espanto
Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?
Verso Avulso
... O luar é a luz do sol que está dormindo...
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Change something
It's nobody's business if you do it
I love myself when I reach that
A decision that can change switches
I love myself when I reach that
A decision that can change switches
Assinar:
Postagens (Atom)