sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
11º Grande Axioma: DA TEIMOSIA
Se não deu certo da primeira vez, esqueça.
A perseverança é como o otimismo: sempre teve críticas favoráveis. “Se não conseguiu da primeira vez, tente , tente de novo”, teria dito um antigo rei inglês, depois de observar uma aranha tecendo a sua teia após vários começos falsos. Para aranhas com certeza um bom conselho. Para reis, que geralmente nascem ricos também pode ser. Para pessoas comuns como você e eu, que damos duro para faturar algum, é um conselho a ser considerado muito seletivamente.
Há inúmeras áreas na vida em que a perseverança pode nos ser muito útil. Em especulações, porém, embora haja momentos em que é de utilidade, há outros em que pode levar-nos ao desastre.
Não há nada de errado em escolher seus investimentos por critérios de afinidade, desde que não se esqueça de que está no mercado, principalmente, para ganhar dinheiro. Se você rejeita investimentos porque ofendem as suas sensibilidades sociais ou políticas, pode limitar um pouco o seu campo de ação, mas não muito.
É por aí que se orienta um programa especulativo? Não, mas é típico de investidores noviços. Mesmo os especuladores mais experimentados às vezes caçam um investimento, por pura teimosia, resolvidos a tirar leite da pedra a qualquer custo.
É humano, mas é besteira. Como é que um papel de investimento pode lhe “dever” dinheiro? Alguém pode lhe dever. Se a pessoa não pagar, está no seu direito cobrar, e ficar zangado se o comportamento irresponsável continuar. Porém, se você perder dinheiro num metal precioso ou numa obra de arte, é ilógico personificar o meio de investimento com idéias cobre “dever”. Não apenas é ilógico, mas pode leva-lo ao comportamento do tipo caçador, que provavelmente vai lhe custar mais dinheiro ainda.
Digamos que tenha perdido algum dinheiro em Sears. Claro que está a fim de recuperar o que perdeu. Mas, por que essa recuperação tem de ser com Sears?
Um ganho é um ganho, venha da Sears ou de onde for. Não importa onde o conseguir, é dinheiro igual. Com todo um grande e maravilhoso mundo de opções aberto, por que ficar obcecado com o investimento no qual perdeu algum? Por que perseverar em Sears num momento em que outros investimentos, racionalmente considerados, podem ser mais promissores?
As razões da perseverança são emocionais, e não são fáceis de explicar. Conforme observamos, a idéia de “dever” vem da personificação da entidade especulativa: “Esse investimento levou o meu dinheiro. Eu vou ficar trás dele até pegar o meu de volta, ou não me chamo Fulano de Tal!” Junto com isso vão vagos sentimentos de vingança: “Esse papel vai ver quanto custa me fazer de bobo!”. E há também o desejo de ter razão, já estudado sob outro Axioma: “No final, provei que estava certo!”. Todas essas razões emocionais fervendo num caldeirão resultam num estado de espírito no qual o raciocínio do especulador vai para o espaço.
De algum modo, você tem de derrotar essa vontade de perseverar quando a perseverança o está levando para o buraco. O apotegma do antigo rei, no que se aplica à especulação, carece de uma revisão completa. Se não der certo de primeira, ao diabo com ele.
15º Axioma Menor: Jamais tente salvar um mau investimento fazendo “preço médio”.
A técnica conhecida como “preço médio” é uma das mais tentadoras armadilhas do mundo dos investimentos. É como aqueles sistemas garantidos, sem erro, de ganhar na roleta, que camelôs vendem nos bares e nas ruas de Atlantic City e Lãs Vegas. Ao primeiro exame, o sistema parece absolutamente lógico, imbatível.
O sistema de “preços médios” é a mesma coisa que esses da roleta: funciona às vezes, se você tiver sorte. Isto, naturalmente, ainda aumenta a atração. Mas é preciso ter cuidado para não acabar enfeitiçado pela coisa.
Funciona da seguinte maneira: você compra 100 ações da U-La-Lá Eletrônica, a 100 dólares por ação. Não considerando a corretagem, para simplificar, o seu custo foi de 10.000 dólares. As coisas vão mal, e o preço cai para 50 dólares. Você parece ter perdido a metade do seu investimento, e se lamenta. Mas, espere! Nem tudo está perdido! O que você tem de fazer, é comprar mais 100 ações dessa droga, agora pela pechincha de 50 dólares por ação. Aí fica com 200 ações. O seu investimento total é de 15.000 dólares. O seu preço médio por ação, então, cai para 75 dólares.
Mágico! Aceitando o conselho do amigo e vizinho, você consegue fazer uma situação ruim parecer menos ruim. Pondo dinheiro novo na parada, é capaz de fazer com que o dinheiro velho pareça menos idiota.
Uma beleza, não é?
Não exatamente. Quando você faz o preço médio, tudo que está fazendo é se iludir. Por mais voltas e cambalhotas que dê, não há como fugir do fato que pagou, realmente, 100 dólares por ação nas 100 ações originais. Comprar 100 delas a 50 não modifica este fato. Considerar o preço médio de 75 dólares pode fazê-lo sentir-se um pouco melhor durante algum tempo, mas não melhora em nada a sua situação financeira.
O que toda essa confusa operação pode fazer pelas suas fianças, na verdade, é piora-las muito. O preço da U-La-Lá caiu de 100para 50 por ação. Presume-se que o mercado tenha lá suas razões para essa brusca diminuição no valor estimado da empresa. Quais as suas razões estude-as. Talvez sejam válidas. Talvez a U-La-Lá esateja diante de um longo período de poucos ganhos. Talvez o papel mereça é que se fique um bom tempo longe dele. Se é este o caso, que diabo está você fazendo, comprando mais dele?
Outro problema criado pela dança dos preços médios é que ela o leva a não prestar atenção no importante 3° Grande Axioma, “DA ESPERANÇA”. Quando o barco começa a afundar, não reze. Abandone-o.
Estratégia Especulativa
Uma rápida revisão do 11° Grande Axioma. O que aconselha a fazer com o seu dinheiro?
Diz que perseverança pode ser uma boa idéia para aranhas e reis, mas para especuladores não é lá essas coisas. Certamente, você pode perseverar nos seus esforços para aprender, melhorar e ficar mais rico. Não caia, porém na armadilha de perseverar num tentativa de arrancar um ganho de uma única especulação.
Não saia caçando um investimento por teimosia. Rejeite qualquer sensação que um determinado investimento lhe “deve” alguma coisa. E não engula idéia, tentadora porém falaciosa, de que é possível melhorar uma situação ruim fazendo preço médio.
Dê importância à liberdade de escolher investimentos apenas pelos méritos deles. Não abra mão dessa liberdade a troco de ficar obcecado com uma transação que não deu certo.
A perseverança é como o otimismo: sempre teve críticas favoráveis. “Se não conseguiu da primeira vez, tente , tente de novo”, teria dito um antigo rei inglês, depois de observar uma aranha tecendo a sua teia após vários começos falsos. Para aranhas com certeza um bom conselho. Para reis, que geralmente nascem ricos também pode ser. Para pessoas comuns como você e eu, que damos duro para faturar algum, é um conselho a ser considerado muito seletivamente.
Há inúmeras áreas na vida em que a perseverança pode nos ser muito útil. Em especulações, porém, embora haja momentos em que é de utilidade, há outros em que pode levar-nos ao desastre.
Não há nada de errado em escolher seus investimentos por critérios de afinidade, desde que não se esqueça de que está no mercado, principalmente, para ganhar dinheiro. Se você rejeita investimentos porque ofendem as suas sensibilidades sociais ou políticas, pode limitar um pouco o seu campo de ação, mas não muito.
É por aí que se orienta um programa especulativo? Não, mas é típico de investidores noviços. Mesmo os especuladores mais experimentados às vezes caçam um investimento, por pura teimosia, resolvidos a tirar leite da pedra a qualquer custo.
É humano, mas é besteira. Como é que um papel de investimento pode lhe “dever” dinheiro? Alguém pode lhe dever. Se a pessoa não pagar, está no seu direito cobrar, e ficar zangado se o comportamento irresponsável continuar. Porém, se você perder dinheiro num metal precioso ou numa obra de arte, é ilógico personificar o meio de investimento com idéias cobre “dever”. Não apenas é ilógico, mas pode leva-lo ao comportamento do tipo caçador, que provavelmente vai lhe custar mais dinheiro ainda.
Digamos que tenha perdido algum dinheiro em Sears. Claro que está a fim de recuperar o que perdeu. Mas, por que essa recuperação tem de ser com Sears?
Um ganho é um ganho, venha da Sears ou de onde for. Não importa onde o conseguir, é dinheiro igual. Com todo um grande e maravilhoso mundo de opções aberto, por que ficar obcecado com o investimento no qual perdeu algum? Por que perseverar em Sears num momento em que outros investimentos, racionalmente considerados, podem ser mais promissores?
As razões da perseverança são emocionais, e não são fáceis de explicar. Conforme observamos, a idéia de “dever” vem da personificação da entidade especulativa: “Esse investimento levou o meu dinheiro. Eu vou ficar trás dele até pegar o meu de volta, ou não me chamo Fulano de Tal!” Junto com isso vão vagos sentimentos de vingança: “Esse papel vai ver quanto custa me fazer de bobo!”. E há também o desejo de ter razão, já estudado sob outro Axioma: “No final, provei que estava certo!”. Todas essas razões emocionais fervendo num caldeirão resultam num estado de espírito no qual o raciocínio do especulador vai para o espaço.
De algum modo, você tem de derrotar essa vontade de perseverar quando a perseverança o está levando para o buraco. O apotegma do antigo rei, no que se aplica à especulação, carece de uma revisão completa. Se não der certo de primeira, ao diabo com ele.
15º Axioma Menor: Jamais tente salvar um mau investimento fazendo “preço médio”.
A técnica conhecida como “preço médio” é uma das mais tentadoras armadilhas do mundo dos investimentos. É como aqueles sistemas garantidos, sem erro, de ganhar na roleta, que camelôs vendem nos bares e nas ruas de Atlantic City e Lãs Vegas. Ao primeiro exame, o sistema parece absolutamente lógico, imbatível.
O sistema de “preços médios” é a mesma coisa que esses da roleta: funciona às vezes, se você tiver sorte. Isto, naturalmente, ainda aumenta a atração. Mas é preciso ter cuidado para não acabar enfeitiçado pela coisa.
Funciona da seguinte maneira: você compra 100 ações da U-La-Lá Eletrônica, a 100 dólares por ação. Não considerando a corretagem, para simplificar, o seu custo foi de 10.000 dólares. As coisas vão mal, e o preço cai para 50 dólares. Você parece ter perdido a metade do seu investimento, e se lamenta. Mas, espere! Nem tudo está perdido! O que você tem de fazer, é comprar mais 100 ações dessa droga, agora pela pechincha de 50 dólares por ação. Aí fica com 200 ações. O seu investimento total é de 15.000 dólares. O seu preço médio por ação, então, cai para 75 dólares.
Mágico! Aceitando o conselho do amigo e vizinho, você consegue fazer uma situação ruim parecer menos ruim. Pondo dinheiro novo na parada, é capaz de fazer com que o dinheiro velho pareça menos idiota.
Uma beleza, não é?
Não exatamente. Quando você faz o preço médio, tudo que está fazendo é se iludir. Por mais voltas e cambalhotas que dê, não há como fugir do fato que pagou, realmente, 100 dólares por ação nas 100 ações originais. Comprar 100 delas a 50 não modifica este fato. Considerar o preço médio de 75 dólares pode fazê-lo sentir-se um pouco melhor durante algum tempo, mas não melhora em nada a sua situação financeira.
O que toda essa confusa operação pode fazer pelas suas fianças, na verdade, é piora-las muito. O preço da U-La-Lá caiu de 100para 50 por ação. Presume-se que o mercado tenha lá suas razões para essa brusca diminuição no valor estimado da empresa. Quais as suas razões estude-as. Talvez sejam válidas. Talvez a U-La-Lá esateja diante de um longo período de poucos ganhos. Talvez o papel mereça é que se fique um bom tempo longe dele. Se é este o caso, que diabo está você fazendo, comprando mais dele?
Outro problema criado pela dança dos preços médios é que ela o leva a não prestar atenção no importante 3° Grande Axioma, “DA ESPERANÇA”. Quando o barco começa a afundar, não reze. Abandone-o.
Estratégia Especulativa
Uma rápida revisão do 11° Grande Axioma. O que aconselha a fazer com o seu dinheiro?
Diz que perseverança pode ser uma boa idéia para aranhas e reis, mas para especuladores não é lá essas coisas. Certamente, você pode perseverar nos seus esforços para aprender, melhorar e ficar mais rico. Não caia, porém na armadilha de perseverar num tentativa de arrancar um ganho de uma única especulação.
Não saia caçando um investimento por teimosia. Rejeite qualquer sensação que um determinado investimento lhe “deve” alguma coisa. E não engula idéia, tentadora porém falaciosa, de que é possível melhorar uma situação ruim fazendo preço médio.
Dê importância à liberdade de escolher investimentos apenas pelos méritos deles. Não abra mão dessa liberdade a troco de ficar obcecado com uma transação que não deu certo.
domingo, 26 de outubro de 2008
Balzac - A mulher de trinta anos
Acho que a mulher ideal é a de trinta anos.
Como o ideal não existe, o mais real é a beleza dos 30 . . . é uma beleza verdadeira. A mulher já tem consciencia de si, já sabe o que faz e o que não faz. Sabe como seduzir. E já possui expressões no rosto . . . marcas de sua convicção. Seus humores.
E não tem crises nem ápices tão altos. . . nem quedas tão mortais e tão profundas. Ela parece estar serena, e saber algo que vamos saber , logo que chegarmos aonde ela esta.
É o princípio da maturidade. Eu quero ser e estar com essa mulher. Uma mulher possível.
Uma mulher que já demonstra o que sabe.
As ninfetas de 20 ainda não sabem ao certo, não possuem a real certeza. São hipócritas, e erram muito. Se confundem. Se perdem e usam o chorar de maneira errada. Quase como uma chantagem. O chorar maduro esse, sim, é bonito, é útil e sutil. A Beleza dos 20 se confirma nos 30. Aonde não há nada de mais charmoso que a aura de mistério em torno de uma mulher que sabe usar a sua sedução. De forma tão natural quanto respirar. Ela sim, é para casar.
Aos trinta anos as coisas se tornam mais firmes. O chão desenha um caminho. Ao menos essa é a segurança que passam ao caminhar por nós.
Elas dominam os sentimentos, sabendo que não há como fugir das emoções. Não se iluda. Elas sabem. Sentem tanto quanto uma menina de 20, mas emoções maduras . . . sentimentos vertiginosos com consciencia.
Uma coisa de mulher, dirigir chorando. . . será que ná época de Balzac elas iam a cavalo chorando, ou melhor de carruagem . . . chorar é parte de se sentir.
De amar e se deixar percorrer por uma torrente de emoções . . .
Ah um brinde a beleza da mulher de trinta anos, que chegou no ápice de sua juventude e agora resplandece, com expressões em sua face o ideal que planejei durante os 20 anos.
Como o ideal não existe, o mais real é a beleza dos 30 . . . é uma beleza verdadeira. A mulher já tem consciencia de si, já sabe o que faz e o que não faz. Sabe como seduzir. E já possui expressões no rosto . . . marcas de sua convicção. Seus humores.
E não tem crises nem ápices tão altos. . . nem quedas tão mortais e tão profundas. Ela parece estar serena, e saber algo que vamos saber , logo que chegarmos aonde ela esta.
É o princípio da maturidade. Eu quero ser e estar com essa mulher. Uma mulher possível.
Uma mulher que já demonstra o que sabe.
As ninfetas de 20 ainda não sabem ao certo, não possuem a real certeza. São hipócritas, e erram muito. Se confundem. Se perdem e usam o chorar de maneira errada. Quase como uma chantagem. O chorar maduro esse, sim, é bonito, é útil e sutil. A Beleza dos 20 se confirma nos 30. Aonde não há nada de mais charmoso que a aura de mistério em torno de uma mulher que sabe usar a sua sedução. De forma tão natural quanto respirar. Ela sim, é para casar.
Aos trinta anos as coisas se tornam mais firmes. O chão desenha um caminho. Ao menos essa é a segurança que passam ao caminhar por nós.
Elas dominam os sentimentos, sabendo que não há como fugir das emoções. Não se iluda. Elas sabem. Sentem tanto quanto uma menina de 20, mas emoções maduras . . . sentimentos vertiginosos com consciencia.
Uma coisa de mulher, dirigir chorando. . . será que ná época de Balzac elas iam a cavalo chorando, ou melhor de carruagem . . . chorar é parte de se sentir.
De amar e se deixar percorrer por uma torrente de emoções . . .
Ah um brinde a beleza da mulher de trinta anos, que chegou no ápice de sua juventude e agora resplandece, com expressões em sua face o ideal que planejei durante os 20 anos.
Entrepontos
Agora. Breve momento de eternidade.
É. Ser e estar conjugado no tempo certo.
Amor. Substantivo que não precisa de complemento.
Melhor. Se usado como verbo.
- Já disse que te amo, hoje?
E assim será
É. Ser e estar conjugado no tempo certo.
Amor. Substantivo que não precisa de complemento.
Melhor. Se usado como verbo.
- Já disse que te amo, hoje?
E assim será
Urgencia
Como o tempo passa depressa.
Eu tenho 25 anos.
Preciso ter o que ganhar e também me acertar. . . parece justo.
Na minha idade naquela época minha mãe era mãe. . .
Não não é o chamado da maternidade que soa em mim.
Mas é um soar urgente. Uma necessidade de algo mais vivo.
De intensidade talvez. Ou de busca pelo sossego.
Acontece as vezes de eu sentir uma serenidade. . . uma paz em certos olhos . . . um leve repouso. Um pouso de alma.
De tanto esperar eu des espero.
Não espero mais nada. Prefiro fazer.
Agora. O limite de tempo do próprio tempo. Agora.
Só o que pode existir para sempre é o agora.
Eu tenho 25 anos.
Preciso ter o que ganhar e também me acertar. . . parece justo.
Na minha idade naquela época minha mãe era mãe. . .
Não não é o chamado da maternidade que soa em mim.
Mas é um soar urgente. Uma necessidade de algo mais vivo.
De intensidade talvez. Ou de busca pelo sossego.
Acontece as vezes de eu sentir uma serenidade. . . uma paz em certos olhos . . . um leve repouso. Um pouso de alma.
De tanto esperar eu des espero.
Não espero mais nada. Prefiro fazer.
Agora. O limite de tempo do próprio tempo. Agora.
Só o que pode existir para sempre é o agora.
sábado, 18 de outubro de 2008
O 10º Grande Axioma: DO CONSENSO
Fuja da opinião da maioria. Provavelmente está errada.
René Descartes foi campeão mundial da dúvida. Teimosamente, recusava-se a acreditar em qualquer coisa até que a tivesse verificado pessoalmente. Este foi um dos traços que fez dele um bem sucedido especulador. Descartes começa a sua filosofia duvidando de tudo, literalmente, inclusive da existência de Deus, do homem e de si próprio. Continuando a recusar o que os outros queriam vender-lhe como verdade, ele buscou meios de descobrir a verdade através dos seus próprios sentidos e experiências. “Cogito, ergo sum”, ou seja, “penso, logo existo”. Descartes continuou a comprovar ou rejeitar outras verdades postuladas. No mesmo impulso, também, tanto como hobby quanto porque gostava de vinhos caros e de outros luxos, Descartes estudou cientificamente os jogos.
Descartes gostava de jogos como Bridge e Poker que além de sorte implicavam cálculos e matemáticos e psicologia. Estudava os jogos com o cuidado e ceticismo costumeiros, rejeitando todos os clichês e lugares comuns da sua época, insistindo em descobrir verdades e falácias por conta própria.
O truque, não se cansava de se repetir em diferentes contextos, é rejeitar o que lhe dizem, até ter pensado tudo pela própria cabeça. Duvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas, e recusava-se até a ouvir a opinião da maioria. “Não existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sábio e não tenha sido contraditado por outro”. “Contar votos não serve de nada. Em qualquer questão difícil, é mais provável que a verdade seja descoberta por uns poucos do que por muitos”.
Na nossa democrática, no nosso democrático lado do mundo, tendemos a aceitar sem críticas a opinião da maioria. A opinião da maioria. Se um monte de gente diz que é assim, tudo bem, assim seja. É como nós pensamos. Se não temos certeza de alguma coisa, vamos contar os votos. Nos EUA e em outras nações ocidentais, é quase uma religião, principalmente na França e na Inglaterra, ambos países com longas tradições de resolver problemas pelo voto popular. Se 75% das pessoas acreditam em alguma coisa, parece quase sacrilégio perguntar, ainda que em sussurro:
- Ei, esperem aí, será que não podem estar errados?
Guiemo-nos por Descartes: podem.
Nos EUA, é o to que decide quem governa. É o único meio de fazê-lo. “O povo falou. Não se pode iludi-lo. Se isto que quer, deve estar certo”.
Essa humilde aceitação da opinião da maioria passa para vida financeira. E isto pode custar dinheiro, pois, como dizia Descartes, é mais provável que a verdade tenha sido encontrada por uns poucos do que por muitos.
Os muitos podem estar certos, mas as probabilidades são contra eles. Pare com o hábito de achar que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. “Um grande déficit orçamentário será a ruína da América”, diz quase todo mundo. É verdade? Talvez sim, talvez não. Descubra você mesmo. Tire suas próprias conclusões. “Segunda metade da década, aumentarão a inflação e a taxa de juros”. É mesmo? Não engula, simplesmente. Examine. Não deixe que a maioria manobre você.
Vale mais um pássaro na mão do que dois voando. Mantenha uma carteira diversificada. Arrisque somente apenas o que pode permitir perder. E assim por diante. Todos esses conselhos supostamente sábios fazem parte do consciente popular. Em qualquer coquetel ou reunião, é só trazer investimentos à discussão que os clichês logo aparecem. E, a medida que esses chavões vão sendo repetidos, quem estiver por perto balançará a cabeça, compenetradamente e dirá:
- Exato. Perfeito! Excelente conselho!
A Maioria das pessoas acredita que os antigos clichês são verdades indiscutíveis. Isto posto, vale a pena observar que a maioria das pessoas não é rica.
14° Axioma Menor: Jamais embarque nas especulações da moda. Com que freqüência, a melhor hora de se comprar alguma coisa é quando ninguém a quer.
As pressões da opinião da majoritária são perturbadoras, principalmente quando se aplicam às questões de em que e quando investir. É aí que especuladores normalmente muito espertos se deixam embrulhar, com maus resultados.
Tomemos a Bolsa de Valores como exemplo. Qual é a melhor hora de se comprar uma ação? Quando o preço está baixo, é lógico. E a melhor hora de vender? Ora, quando está alto claro.
Esta fórmula aparentemente tão simples, é dificílima de ser posta em prática. Boa parte dessa dificuldade se deve ao fato de que o especulador tem de ir contra a pressão da opinião pública.
Como regra geral o preço de uma ação – ou de qualquer outro objeto de especulação com igual fluidez - cai quando um número significativo de pessoas p assa crer que não vale a pena compra-la. Quanto menos interessante acharem que é, mais desce o preço. Daí o grande paradoxo que não é ensinado no jardim de infância: hora de comprar é precisamente quando a grande maioria está dizendo que não deve comprar.
Na hora de vender, a verdade é o contrário. O preço de um objeto de especulação sabe quando um grande número de compradores briga para adquiri-lo. Quando todo mundo estiver gritando: “Eu quero!”, você deve estar do outro lado do balcão, tranquilamente, dizendo: “Aqui está, com o maior prazer”.
É sabidamente difícil, porém, pensar “sim” quando em volta está todo mundo berrando “não!”. Para alguns especuladores, este é um dos grandes problemas. Maiorias sempre os dissuadindo de executarem bons lances.
A pressão da maioria não só é capaz de demolir um bom palpite; nos faz duvidar até mesmo quando sabemos que temos razão.
Ir contra a maioria é das coisas mais difíceis do mundo. Não é fácil nem quando a discussão trata de fatos que podem ser vistos e medidos. Fica muito mais complicado quando se trata de questões de opinião, que não podem ser imediatamente verificadas. Quase todas as questões que mexem com dinheiro são do segundo gênero.
Nada disto quer dizer que você fará, automaticamente, seja o que for que a maioria não estiver fazendo. Quer apenas dizer que você tem de resistir, teimosamente, às pressões da maioria, em vez de apenas ir na onda. Estude qualquer situação pel própria cabeça, processe-a no seu belo cérebro. É possível que você conclua que a maioria está errada, o que nem sempre é o caso. Se concluir que está todo mundo certo, por favor, entre na dança. Mas, atenção: faça o que fizer, apostando a favor ou contra o rebanho, para começo de conversa pense pela própria cabeça.
Há especuladores que têm por dogma ir contra a maioria, automaticamente. Dizem ser pensadores ao contrário, ou os contrários. A filosofia deles se baseia no paradoxo que viemos examinando: Frequentemente, a boa hora de se comprar alguma coisa é quando parece menos atraente.
Estratégia Especulativa
O 10º Grande Axioma ensina que a maioria, embora não sempre nem automaticamente errada, o mais das vezes está errada. Não se vai automaticamente, a favor bem contra uma maioria. Principalmente a favor. Cada caso é um caso, e você tem de pensar pela própria cabeça antes de envolver o seu dinheiro em riscos.
A maior e mais freqüente pressão em cima de você será a dos que querem obriga-lo a ir com o rebanho. Essas especulações tipo maria-vai-com-as-outras , adverte o axioma, podem custar caro. É da natureza delas que você compre na alta e venda na baixa. A mais poderosa linha de resistência a essas pressões é a nítida consciência da sua existência, e do seu insidioso poder.
René Descartes foi campeão mundial da dúvida. Teimosamente, recusava-se a acreditar em qualquer coisa até que a tivesse verificado pessoalmente. Este foi um dos traços que fez dele um bem sucedido especulador. Descartes começa a sua filosofia duvidando de tudo, literalmente, inclusive da existência de Deus, do homem e de si próprio. Continuando a recusar o que os outros queriam vender-lhe como verdade, ele buscou meios de descobrir a verdade através dos seus próprios sentidos e experiências. “Cogito, ergo sum”, ou seja, “penso, logo existo”. Descartes continuou a comprovar ou rejeitar outras verdades postuladas. No mesmo impulso, também, tanto como hobby quanto porque gostava de vinhos caros e de outros luxos, Descartes estudou cientificamente os jogos.
Descartes gostava de jogos como Bridge e Poker que além de sorte implicavam cálculos e matemáticos e psicologia. Estudava os jogos com o cuidado e ceticismo costumeiros, rejeitando todos os clichês e lugares comuns da sua época, insistindo em descobrir verdades e falácias por conta própria.
O truque, não se cansava de se repetir em diferentes contextos, é rejeitar o que lhe dizem, até ter pensado tudo pela própria cabeça. Duvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas, e recusava-se até a ouvir a opinião da maioria. “Não existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sábio e não tenha sido contraditado por outro”. “Contar votos não serve de nada. Em qualquer questão difícil, é mais provável que a verdade seja descoberta por uns poucos do que por muitos”.
Na nossa democrática, no nosso democrático lado do mundo, tendemos a aceitar sem críticas a opinião da maioria. A opinião da maioria. Se um monte de gente diz que é assim, tudo bem, assim seja. É como nós pensamos. Se não temos certeza de alguma coisa, vamos contar os votos. Nos EUA e em outras nações ocidentais, é quase uma religião, principalmente na França e na Inglaterra, ambos países com longas tradições de resolver problemas pelo voto popular. Se 75% das pessoas acreditam em alguma coisa, parece quase sacrilégio perguntar, ainda que em sussurro:
- Ei, esperem aí, será que não podem estar errados?
Guiemo-nos por Descartes: podem.
Nos EUA, é o to que decide quem governa. É o único meio de fazê-lo. “O povo falou. Não se pode iludi-lo. Se isto que quer, deve estar certo”.
Essa humilde aceitação da opinião da maioria passa para vida financeira. E isto pode custar dinheiro, pois, como dizia Descartes, é mais provável que a verdade tenha sido encontrada por uns poucos do que por muitos.
Os muitos podem estar certos, mas as probabilidades são contra eles. Pare com o hábito de achar que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. “Um grande déficit orçamentário será a ruína da América”, diz quase todo mundo. É verdade? Talvez sim, talvez não. Descubra você mesmo. Tire suas próprias conclusões. “Segunda metade da década, aumentarão a inflação e a taxa de juros”. É mesmo? Não engula, simplesmente. Examine. Não deixe que a maioria manobre você.
Vale mais um pássaro na mão do que dois voando. Mantenha uma carteira diversificada. Arrisque somente apenas o que pode permitir perder. E assim por diante. Todos esses conselhos supostamente sábios fazem parte do consciente popular. Em qualquer coquetel ou reunião, é só trazer investimentos à discussão que os clichês logo aparecem. E, a medida que esses chavões vão sendo repetidos, quem estiver por perto balançará a cabeça, compenetradamente e dirá:
- Exato. Perfeito! Excelente conselho!
A Maioria das pessoas acredita que os antigos clichês são verdades indiscutíveis. Isto posto, vale a pena observar que a maioria das pessoas não é rica.
14° Axioma Menor: Jamais embarque nas especulações da moda. Com que freqüência, a melhor hora de se comprar alguma coisa é quando ninguém a quer.
As pressões da opinião da majoritária são perturbadoras, principalmente quando se aplicam às questões de em que e quando investir. É aí que especuladores normalmente muito espertos se deixam embrulhar, com maus resultados.
Tomemos a Bolsa de Valores como exemplo. Qual é a melhor hora de se comprar uma ação? Quando o preço está baixo, é lógico. E a melhor hora de vender? Ora, quando está alto claro.
Esta fórmula aparentemente tão simples, é dificílima de ser posta em prática. Boa parte dessa dificuldade se deve ao fato de que o especulador tem de ir contra a pressão da opinião pública.
Como regra geral o preço de uma ação – ou de qualquer outro objeto de especulação com igual fluidez - cai quando um número significativo de pessoas p assa crer que não vale a pena compra-la. Quanto menos interessante acharem que é, mais desce o preço. Daí o grande paradoxo que não é ensinado no jardim de infância: hora de comprar é precisamente quando a grande maioria está dizendo que não deve comprar.
Na hora de vender, a verdade é o contrário. O preço de um objeto de especulação sabe quando um grande número de compradores briga para adquiri-lo. Quando todo mundo estiver gritando: “Eu quero!”, você deve estar do outro lado do balcão, tranquilamente, dizendo: “Aqui está, com o maior prazer”.
É sabidamente difícil, porém, pensar “sim” quando em volta está todo mundo berrando “não!”. Para alguns especuladores, este é um dos grandes problemas. Maiorias sempre os dissuadindo de executarem bons lances.
A pressão da maioria não só é capaz de demolir um bom palpite; nos faz duvidar até mesmo quando sabemos que temos razão.
Ir contra a maioria é das coisas mais difíceis do mundo. Não é fácil nem quando a discussão trata de fatos que podem ser vistos e medidos. Fica muito mais complicado quando se trata de questões de opinião, que não podem ser imediatamente verificadas. Quase todas as questões que mexem com dinheiro são do segundo gênero.
Nada disto quer dizer que você fará, automaticamente, seja o que for que a maioria não estiver fazendo. Quer apenas dizer que você tem de resistir, teimosamente, às pressões da maioria, em vez de apenas ir na onda. Estude qualquer situação pel própria cabeça, processe-a no seu belo cérebro. É possível que você conclua que a maioria está errada, o que nem sempre é o caso. Se concluir que está todo mundo certo, por favor, entre na dança. Mas, atenção: faça o que fizer, apostando a favor ou contra o rebanho, para começo de conversa pense pela própria cabeça.
Há especuladores que têm por dogma ir contra a maioria, automaticamente. Dizem ser pensadores ao contrário, ou os contrários. A filosofia deles se baseia no paradoxo que viemos examinando: Frequentemente, a boa hora de se comprar alguma coisa é quando parece menos atraente.
Estratégia Especulativa
O 10º Grande Axioma ensina que a maioria, embora não sempre nem automaticamente errada, o mais das vezes está errada. Não se vai automaticamente, a favor bem contra uma maioria. Principalmente a favor. Cada caso é um caso, e você tem de pensar pela própria cabeça antes de envolver o seu dinheiro em riscos.
A maior e mais freqüente pressão em cima de você será a dos que querem obriga-lo a ir com o rebanho. Essas especulações tipo maria-vai-com-as-outras , adverte o axioma, podem custar caro. É da natureza delas que você compre na alta e venda na baixa. A mais poderosa linha de resistência a essas pressões é a nítida consciência da sua existência, e do seu insidioso poder.
O 9º Grande Axioma: DO OTIMISMO E DO PESSIMISMO
Otimismo significa esperar o melhor, mas confiança significa como se lidará com o pior. Jamais faça uma jogada por otimismo apenas.
O otimismo sempre teve críticas favoráveis. É considerado um traço positivo da personalidade. Otimistas são pessoas alegres, animadas , bons companheiros para horas difíceis.
Uma genética sensação de esperança e expectativas positivas não podem fazer nenhum mal. "Vou aprender. Vou me dar bem. Vou conseguir." Realmente, sem um fundamento de esperança, como é que você vai virar especulador? Porém, no que se refere especificamente a transações de dinheiro, preste a maior atenção ao otimismo. Pode ser uma atitude mental extremamente perigosa.
Jogadores profissionais têm perfeita noção disto. É um dos seus mais eficazes instrumentos para limpar os bolsos de amadores.
No poker, quando um profissional se defronta com uma situação na qual, pelas probabilidades, não deve apostar, ele não aposta. Passa. Abandona o que já pôs na mesa, mas evita perdas maiores.
Em situação idêntica, o amador se atrapalha todo no otimismo. "Posso dar sorte", pensa ele. "Talvez saia a carta de que eu precise . . . Talvez esse cara esteja blefando. . ."
De vez enquando é verdade, o amador dá sorte. Acontece o que as probabilidades diziam que não aconteceria. O amador derrotou as probabilidades um número suficiente de vezes para manter vivo o seu louco otimismo. É assim que ele continua apostando em paradas perdidas. Vez por outra é possível derrotar as probabilidades, mas não sempre. Geralmente, se as probabilidades disserem que você está frito, está mesmo. Sabedor disto, e sabendo como é fácil convencer o amador a apostar quando não deve, o profissional fica rico.
O profissional não tem otimismo. O que ele tem chama-se confiança. Confiança nasce do uso construtivo do pessimismo.
Descendo pelo vale das sombras, o otimista sorri e diz: as coisas nunca são tão ruins quanto parecem. Em vez de dito, isto as vezes é cantado. Existem, sobre o tema, quase tantas canções quantas sobre o amor não correspondido. É mesmo um bom tema, meloso, mas jamais permita que se misture à sua filosofia financeira. No poker, e numa porção de outros mundos especulativos, quase sempre as coisas são tão ruins como parecem. Muitas vezes são até bem piores. Se quiser, aposte que são melhores; porém, na ausência de provas, concretas em contrário, estará sendo superotimista. Na maioria das vezes, o curso mais seguro é presumir que, se uma situação parece ruim é ruim.
"Jamais faça uma jogada por otimismo apenas". Em vez disto, saia atrás da confiança. Confiança não vem de se esperar o melhor; vem de saber como se lidará com o pior.
O profissional de poker, sabe o que fazer se as cartas se voltarem contra ele. Naturalmente, espera que isto não ocorra, mas não larga o seu destino por conta dessa esperança. Entra no jogo preparado e equipado para, se estiver numa maré de pouca sorte, manter a cabeça fria Pessimismo construtivo é isso.
Assumir riscos não tem nada de errado, é lógico. Afinal, especulação é exatamente pôr o seu dinheiro num projeto cujo o resultado não é previsível. Praticamente todos os projetos são de resultados imprevisíveis. Os assuntos humanos não mostram padrões confiáveis. Não há previsão em que se possa confiar.
Saber como lidar com o pior - isto é confiança.
A sensação produzida pelo otimismo é boa, daí ser ele tão traiçoeiro. É uma sensação muito melhor que a do pessimismo. É uma atração hipnótica. Como as sereias da antiga lenda grega, que com seus cantos atraíam os marinheiros para a morte nos rochedos.
Ao iniciar qualquer negócio tem um número ilimitado de possibilidades futuras, algumas boas, outras más, todas igualmente possíveis. Tanto é possível que você suba como desça. Mas, quais as possibilidades que você acha mais prováveis? As boas, claro.
Otimismo do homem é provavelmente incurável. Mantendo um olho para espiar um futuro impenetrável, esperamos o melhor, nos convencemos a esp erar o melhor. Talvez seja impossível a vida sem otimismo. As especulações seriam impossíveis, com toda certeza. O próprio ato de ariscar é uma afirmação de otimismo em relação ao resultado desconhecido. Aí está o paradoxo: o otimismo, que dá uma sensação boa e pode até ser necessário, escapando do controle é capaz de nos levar à catástrofe financeira.
Na antiga lenda, para passar o barco pelas sereias, Odisseu tapou com cera os ouvidos da sua tripulação e se amarrou ao mastro. Essas defesas não são eficazes contra o canto dos otimistas. Você jamais conseguirá bloquear totalmente a canção; afinal de contas, você também é gente, é humano. O que pode, sim, é manter-se atento à inclinação otimista da sua bússola interna, e ficar alerta aos seus perigos.
Quando se sentir otimista, tente examinar se essa sensação gostosa encontra, realmente, justificativa nos fatos.
Estratégia Especulativa:
O 9º Grande Axioma adverte que o otimismo pode ser inimigo do especulador. Dá uma sensação boa e, por isso mesmo, é perigoso. Costuma toldar completamente o raciocínio. Pode levá-lo a caminhos sem saída. E, ainda que haja saída, o otimismo é capaz de persuadí-lo a não a utilizar.
O Axioma diz que não se deve entrar em nenhuma jogada apenas com otimismo. Antes de pôr o seu dinheiro num negócio, pergunte-se como se safará se der errado. Tendo isto muito bem resolvido, já tem em mãos algo mais que mero otimismo. Tem confiança.
O otimismo sempre teve críticas favoráveis. É considerado um traço positivo da personalidade. Otimistas são pessoas alegres, animadas , bons companheiros para horas difíceis.
Uma genética sensação de esperança e expectativas positivas não podem fazer nenhum mal. "Vou aprender. Vou me dar bem. Vou conseguir." Realmente, sem um fundamento de esperança, como é que você vai virar especulador? Porém, no que se refere especificamente a transações de dinheiro, preste a maior atenção ao otimismo. Pode ser uma atitude mental extremamente perigosa.
Jogadores profissionais têm perfeita noção disto. É um dos seus mais eficazes instrumentos para limpar os bolsos de amadores.
No poker, quando um profissional se defronta com uma situação na qual, pelas probabilidades, não deve apostar, ele não aposta. Passa. Abandona o que já pôs na mesa, mas evita perdas maiores.
Em situação idêntica, o amador se atrapalha todo no otimismo. "Posso dar sorte", pensa ele. "Talvez saia a carta de que eu precise . . . Talvez esse cara esteja blefando. . ."
De vez enquando é verdade, o amador dá sorte. Acontece o que as probabilidades diziam que não aconteceria. O amador derrotou as probabilidades um número suficiente de vezes para manter vivo o seu louco otimismo. É assim que ele continua apostando em paradas perdidas. Vez por outra é possível derrotar as probabilidades, mas não sempre. Geralmente, se as probabilidades disserem que você está frito, está mesmo. Sabedor disto, e sabendo como é fácil convencer o amador a apostar quando não deve, o profissional fica rico.
O profissional não tem otimismo. O que ele tem chama-se confiança. Confiança nasce do uso construtivo do pessimismo.
Descendo pelo vale das sombras, o otimista sorri e diz: as coisas nunca são tão ruins quanto parecem. Em vez de dito, isto as vezes é cantado. Existem, sobre o tema, quase tantas canções quantas sobre o amor não correspondido. É mesmo um bom tema, meloso, mas jamais permita que se misture à sua filosofia financeira. No poker, e numa porção de outros mundos especulativos, quase sempre as coisas são tão ruins como parecem. Muitas vezes são até bem piores. Se quiser, aposte que são melhores; porém, na ausência de provas, concretas em contrário, estará sendo superotimista. Na maioria das vezes, o curso mais seguro é presumir que, se uma situação parece ruim é ruim.
"Jamais faça uma jogada por otimismo apenas". Em vez disto, saia atrás da confiança. Confiança não vem de se esperar o melhor; vem de saber como se lidará com o pior.
O profissional de poker, sabe o que fazer se as cartas se voltarem contra ele. Naturalmente, espera que isto não ocorra, mas não larga o seu destino por conta dessa esperança. Entra no jogo preparado e equipado para, se estiver numa maré de pouca sorte, manter a cabeça fria Pessimismo construtivo é isso.
Assumir riscos não tem nada de errado, é lógico. Afinal, especulação é exatamente pôr o seu dinheiro num projeto cujo o resultado não é previsível. Praticamente todos os projetos são de resultados imprevisíveis. Os assuntos humanos não mostram padrões confiáveis. Não há previsão em que se possa confiar.
Saber como lidar com o pior - isto é confiança.
A sensação produzida pelo otimismo é boa, daí ser ele tão traiçoeiro. É uma sensação muito melhor que a do pessimismo. É uma atração hipnótica. Como as sereias da antiga lenda grega, que com seus cantos atraíam os marinheiros para a morte nos rochedos.
Ao iniciar qualquer negócio tem um número ilimitado de possibilidades futuras, algumas boas, outras más, todas igualmente possíveis. Tanto é possível que você suba como desça. Mas, quais as possibilidades que você acha mais prováveis? As boas, claro.
Otimismo do homem é provavelmente incurável. Mantendo um olho para espiar um futuro impenetrável, esperamos o melhor, nos convencemos a esp erar o melhor. Talvez seja impossível a vida sem otimismo. As especulações seriam impossíveis, com toda certeza. O próprio ato de ariscar é uma afirmação de otimismo em relação ao resultado desconhecido. Aí está o paradoxo: o otimismo, que dá uma sensação boa e pode até ser necessário, escapando do controle é capaz de nos levar à catástrofe financeira.
Na antiga lenda, para passar o barco pelas sereias, Odisseu tapou com cera os ouvidos da sua tripulação e se amarrou ao mastro. Essas defesas não são eficazes contra o canto dos otimistas. Você jamais conseguirá bloquear totalmente a canção; afinal de contas, você também é gente, é humano. O que pode, sim, é manter-se atento à inclinação otimista da sua bússola interna, e ficar alerta aos seus perigos.
Quando se sentir otimista, tente examinar se essa sensação gostosa encontra, realmente, justificativa nos fatos.
Estratégia Especulativa:
O 9º Grande Axioma adverte que o otimismo pode ser inimigo do especulador. Dá uma sensação boa e, por isso mesmo, é perigoso. Costuma toldar completamente o raciocínio. Pode levá-lo a caminhos sem saída. E, ainda que haja saída, o otimismo é capaz de persuadí-lo a não a utilizar.
O Axioma diz que não se deve entrar em nenhuma jogada apenas com otimismo. Antes de pôr o seu dinheiro num negócio, pergunte-se como se safará se der errado. Tendo isto muito bem resolvido, já tem em mãos algo mais que mero otimismo. Tem confiança.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
O 8º Grande Axioma: DA RELIGIÃO E DO OCULTISMO
É provável que entre os desígnios de Deus para o Universo se inclua o de fazer você ficar rico.
Se Deus existe - questão sobre a qual os Axiomas não têm opinião -, não existe nada que prove que o ser supremo esteja se importando se você morre rico ou pobre. Várias vezes, na verdade, a Bíblia diz que, do ponto de vista da manutenção de uma alma sadiamente cristã ou judaica, ser pobre é até melhor. Muitas religiões orientais dizem a mesma coisa. ( E certa vez Abraham Lincoln observou que Deus devia gostar muito dos pobres, já que tinha feito tantos deles.).
Apoiar-se no sobrenatural tem o mesmo efeito que apoiar-se em previsões ou em ilusões de ordem. Tem a capacidade de atraí-lo para um estado perigosamente despreocupado. Deus é capaz de fazer muito por você, mas uma coisa que não preocupa a Ele é o seu saldo no banco . Isto é problema seu. Só seu.
12º Axioma Menor: Se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos.
A proposta aqui oferecida à sua consideração é a seguinte: se você se sente atraído pela astrologia, ou por qualquer outra doutrina mística ou sobrenatural, então mergulhe de cabeça na sua substância e espírito. Divirta-se, torne-a parte de sua vida, faça o que quiser. Porém, antes de tentar utilizá-la para ganhar dinheiro, preste a si mesmo um favor. Dê uma olhada nos praticantes dessa doutrina, especialmente nos que afirmam serem os seus mestres, sacerdotes ou gurus, e faça uma única pergunta: Eles estão ricos?
Conforme descobrirá. astrólogos e seguidores da astrologia, como grupo, não são nem mais nem menos ricos do que ninguém. O mesmo se aplica a quem acredita em tarô , poderes da mente ou qualquer outro sistema místico, pseudocientífico ou religioso. No que se refere a dinheiro andam tão no escuro, aos tombos, quanto qualquer um. Alguns são ricos, alguns são pobres.
Se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos. O mesmo vale para o tarô. Qualquer um pode acertar uma ou duas, mas o teste verdadeiro para qualquer hipótese de se ganhar dinheiro é se funciona sempre.
> Acredito que há uma Gestalt no horóscopo, de pessoas que leêm todos os dias e acreditam naquela "sorte" proferida. Mas não serve como doutrina.
13ºAxioma Menor: Não é necessário exorcisar uma supertição. Podemos curti-la, desde que ela conheça o seu lugar.
A maioria de nós carrega consigo algumas supertições. Mesmo que não sejamos devotos em tempo integral de alguma linha ocultista como a astrologia, andamos sempre com amuletos e temos aversão ao 13.
Porém, se você tem alguma dessas crenças, inteira ou pela metade, não há menor necessidade de embarcar em nenhum trabalhoso programa para livrar-se dela. De qualquer forma, esses programas não dão certo. Se não gosta de passar embaixo de escada, não gosta e ponto. Em vez de tentar exorcizar isso, o que tem que fazer é descobrir como e quando esse dado pode desempenhar um papel razoável na sua vida financeira.
Existe um modo de permitir que uma supertição invada a sua vida financeira, e existe um tempo certo de fazê-lo. Um de cada, e somente um. Todos os demais modos e tempos podem levá-lo ao desastre.
O modo de fazê-lo é rindo.
O tempo de fazê-lo é quando se encontra numa situação que não se presta, de algum modo à análise racional.
Exemplo: escolher um número para comprar um bilhete ou jogar no bicho. Qualquer um serve, são todos iguais. Não há análise a fazer. Nenhum volume de cogitação lhe dará a mais microscópica vantagem sobre os jogadores. O resultado será determinado por pura sorte.
Estratégia Especulativa:
Basicamente o dinheiro e o sobrenatural fazem uma mistura perigosa, que pode explodir na sua mão. Mantenha os dois mundos bem separados. Não há a menor prova de que Deus se interesse pelo seu saldo bancário; tampouco existem indícios de que alguma crença ou prática ocultista tenha produzido, de forma coerente, bons resultados financeiros para seus devotos. O máximo que já aconteceu foi alguém ocasional e isoladamente, acertar uma vez na mosca. Isto costuma chamar muita atenção, mas só prova que golpes de sorte acontecem.
Esperar ajuda de Deus, do oculto ou de poderes mentais é não apenas inútil, é perigoso. Pode acabar por levá-lo a um estado de graça, sem preocupações, o que conforme já vimos, é um péssimo estado para um especulador. Zelando pelo seu dinheiro, parta do princípio de que está absolutamente só. Apóie-se exclusivamente nos seus próprios talentos.
Se Deus existe - questão sobre a qual os Axiomas não têm opinião -, não existe nada que prove que o ser supremo esteja se importando se você morre rico ou pobre. Várias vezes, na verdade, a Bíblia diz que, do ponto de vista da manutenção de uma alma sadiamente cristã ou judaica, ser pobre é até melhor. Muitas religiões orientais dizem a mesma coisa. ( E certa vez Abraham Lincoln observou que Deus devia gostar muito dos pobres, já que tinha feito tantos deles.).
Apoiar-se no sobrenatural tem o mesmo efeito que apoiar-se em previsões ou em ilusões de ordem. Tem a capacidade de atraí-lo para um estado perigosamente despreocupado. Deus é capaz de fazer muito por você, mas uma coisa que não preocupa a Ele é o seu saldo no banco . Isto é problema seu. Só seu.
12º Axioma Menor: Se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos.
A proposta aqui oferecida à sua consideração é a seguinte: se você se sente atraído pela astrologia, ou por qualquer outra doutrina mística ou sobrenatural, então mergulhe de cabeça na sua substância e espírito. Divirta-se, torne-a parte de sua vida, faça o que quiser. Porém, antes de tentar utilizá-la para ganhar dinheiro, preste a si mesmo um favor. Dê uma olhada nos praticantes dessa doutrina, especialmente nos que afirmam serem os seus mestres, sacerdotes ou gurus, e faça uma única pergunta: Eles estão ricos?
Conforme descobrirá. astrólogos e seguidores da astrologia, como grupo, não são nem mais nem menos ricos do que ninguém. O mesmo se aplica a quem acredita em tarô , poderes da mente ou qualquer outro sistema místico, pseudocientífico ou religioso. No que se refere a dinheiro andam tão no escuro, aos tombos, quanto qualquer um. Alguns são ricos, alguns são pobres.
Se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos. O mesmo vale para o tarô. Qualquer um pode acertar uma ou duas, mas o teste verdadeiro para qualquer hipótese de se ganhar dinheiro é se funciona sempre.
> Acredito que há uma Gestalt no horóscopo, de pessoas que leêm todos os dias e acreditam naquela "sorte" proferida. Mas não serve como doutrina.
13ºAxioma Menor: Não é necessário exorcisar uma supertição. Podemos curti-la, desde que ela conheça o seu lugar.
A maioria de nós carrega consigo algumas supertições. Mesmo que não sejamos devotos em tempo integral de alguma linha ocultista como a astrologia, andamos sempre com amuletos e temos aversão ao 13.
Porém, se você tem alguma dessas crenças, inteira ou pela metade, não há menor necessidade de embarcar em nenhum trabalhoso programa para livrar-se dela. De qualquer forma, esses programas não dão certo. Se não gosta de passar embaixo de escada, não gosta e ponto. Em vez de tentar exorcizar isso, o que tem que fazer é descobrir como e quando esse dado pode desempenhar um papel razoável na sua vida financeira.
Existe um modo de permitir que uma supertição invada a sua vida financeira, e existe um tempo certo de fazê-lo. Um de cada, e somente um. Todos os demais modos e tempos podem levá-lo ao desastre.
O modo de fazê-lo é rindo.
O tempo de fazê-lo é quando se encontra numa situação que não se presta, de algum modo à análise racional.
Exemplo: escolher um número para comprar um bilhete ou jogar no bicho. Qualquer um serve, são todos iguais. Não há análise a fazer. Nenhum volume de cogitação lhe dará a mais microscópica vantagem sobre os jogadores. O resultado será determinado por pura sorte.
Estratégia Especulativa:
Basicamente o dinheiro e o sobrenatural fazem uma mistura perigosa, que pode explodir na sua mão. Mantenha os dois mundos bem separados. Não há a menor prova de que Deus se interesse pelo seu saldo bancário; tampouco existem indícios de que alguma crença ou prática ocultista tenha produzido, de forma coerente, bons resultados financeiros para seus devotos. O máximo que já aconteceu foi alguém ocasional e isoladamente, acertar uma vez na mosca. Isto costuma chamar muita atenção, mas só prova que golpes de sorte acontecem.
Esperar ajuda de Deus, do oculto ou de poderes mentais é não apenas inútil, é perigoso. Pode acabar por levá-lo a um estado de graça, sem preocupações, o que conforme já vimos, é um péssimo estado para um especulador. Zelando pelo seu dinheiro, parta do princípio de que está absolutamente só. Apóie-se exclusivamente nos seus próprios talentos.
O 7º Grande Axioma: DA INTUIÇÃO
Só se pode confiar num palpite que possa ser explicado.
Um palpite é parte de uma sensação. É um miosterioso pedacinho de alguma coisa que não chega a ser conhecimento: um evento mental que experimenta algo semelhante a conhecimento, mas não o sente totalmente confiável. Como especulador, é provável que você tenha palpites com frequencia. Alguns serão fortes e persistentes. O que fazer com eles? Aprenda usá-los, se for capaz.
O fenômeno pode ser abordado de três maneiras distintas:
Desprezo: inúmeros investidores/ especuladores ignoram cuidadosamente os seus próprios palpites e ridicularizam os dos outros. Insistem em apoiar todas as suas manobras especulativas em fatos ou material que represente fatos. Gráficos, previsões economicas.
Confiança indiscriminada: há pessoas que se apóiam totalmente em palpites, com demasiada frequencia, e sem suficiente ceticismo. Qualquer intuição maluca vira razão para uma jogada, mesmo que uma análise racional da situação pudesse resultar em idéias completamente diferentes. "Sigo meus palpites", dizem essas pessoas, orgulhosas; só não dizem é que esses palpites maravilhosos costumam levá-las a calamidades especulativas.
Utilização seletiva: é o método de Zurique, por trás do qual está a idéia de que a intuição pode ser útil. Seria uma pena desprezar, de maneira categórica, instrumento especulativo potencialmente tão valioso - jogar fora todos os palpites somente porque alguns são tolos. Por outro lado, é certo que alguns palpites não merecem outro destino senão a lata de lixo. O desafio é separar os que têm valor dos que não valem nada.
O primeiro passo, então, será descobrir o que é um palpite, exatamente. De onde vêm esses estranhos pedacinhos de quase-conhecimento?
Há quem explique intuição falando de percepção extra-sensorial e poderes ocultos, mas nada disso é necessário. Um palpite é um evento mental que ocorre na mais absoluta normalidade. Quando você é atingido por um forte palpite, é possível que essa conclusão seja baseada em fatos, em algo sólido que esteja arquivado em algum canto da sua mente. O que torna tudo tão espantoso é que se trata de informações que você não sabe que possui. Diariamente, absorvemos quantidades colossais de informação , muitissimo mais do que somos capazes de arquivar no consciente, a fim de recuperar sob forma de discretos retalhos de informação. a maior parte vai para algum reservatório logo abaixo ou atrás do nível consciente.
Quando lhe ocorrer um palpite, a primeira pergunta a fazer é se na mente existe um arquivo suficientemente grande de informações, capaz de gerá-lo. Embora não saiba, nem possa saber exatamente quais sejam as informações relevantes, é plausível achar que existem?
11º Axioma Menor: Jamais confunda palpite com esperança.
Quando você quer muito alguma coisa, é facílimo passar a acreditar que tal coisa acontecerá. Quando tenho um palpite de que algo que quero que aconteça vai acontecer, a minha regra é manter em alto o nível de ceticismo. Em contrapartida, inclino-me muito a confiar numa intuição que me diz que acontecerá algo que eu não quero.
Estratégia Especulativa:
Ambas as atitudes estão erradas: tanto ridicularizar categoricamente os palpites, ou confiar neles indiscriminadamente. Embora seja falível, a intuição pode ser um instrumento especulativo, desde que tratada com cuidado e ceticismo. A intuição nada tem de mágico, nem do outro mundo. É simplesmente, a manifestação de uma experiencia mental absolutamente comum: a de se saber alguma coisa sem se saber como se sabe.
Uma dica: o palpite deve ser submetido a um teste. Só confie nele se puder explicá-lo, se for capaz de identificar, na sua mente, um banco de dados do qual pode supor, com razoável certeza, que o referido palpite se originou. Não tendo banco de dados, descarte o palpite.
Um palpite é parte de uma sensação. É um miosterioso pedacinho de alguma coisa que não chega a ser conhecimento: um evento mental que experimenta algo semelhante a conhecimento, mas não o sente totalmente confiável. Como especulador, é provável que você tenha palpites com frequencia. Alguns serão fortes e persistentes. O que fazer com eles? Aprenda usá-los, se for capaz.
O fenômeno pode ser abordado de três maneiras distintas:
Desprezo: inúmeros investidores/ especuladores ignoram cuidadosamente os seus próprios palpites e ridicularizam os dos outros. Insistem em apoiar todas as suas manobras especulativas em fatos ou material que represente fatos. Gráficos, previsões economicas.
Confiança indiscriminada: há pessoas que se apóiam totalmente em palpites, com demasiada frequencia, e sem suficiente ceticismo. Qualquer intuição maluca vira razão para uma jogada, mesmo que uma análise racional da situação pudesse resultar em idéias completamente diferentes. "Sigo meus palpites", dizem essas pessoas, orgulhosas; só não dizem é que esses palpites maravilhosos costumam levá-las a calamidades especulativas.
Utilização seletiva: é o método de Zurique, por trás do qual está a idéia de que a intuição pode ser útil. Seria uma pena desprezar, de maneira categórica, instrumento especulativo potencialmente tão valioso - jogar fora todos os palpites somente porque alguns são tolos. Por outro lado, é certo que alguns palpites não merecem outro destino senão a lata de lixo. O desafio é separar os que têm valor dos que não valem nada.
O primeiro passo, então, será descobrir o que é um palpite, exatamente. De onde vêm esses estranhos pedacinhos de quase-conhecimento?
Há quem explique intuição falando de percepção extra-sensorial e poderes ocultos, mas nada disso é necessário. Um palpite é um evento mental que ocorre na mais absoluta normalidade. Quando você é atingido por um forte palpite, é possível que essa conclusão seja baseada em fatos, em algo sólido que esteja arquivado em algum canto da sua mente. O que torna tudo tão espantoso é que se trata de informações que você não sabe que possui. Diariamente, absorvemos quantidades colossais de informação , muitissimo mais do que somos capazes de arquivar no consciente, a fim de recuperar sob forma de discretos retalhos de informação. a maior parte vai para algum reservatório logo abaixo ou atrás do nível consciente.
Quando lhe ocorrer um palpite, a primeira pergunta a fazer é se na mente existe um arquivo suficientemente grande de informações, capaz de gerá-lo. Embora não saiba, nem possa saber exatamente quais sejam as informações relevantes, é plausível achar que existem?
11º Axioma Menor: Jamais confunda palpite com esperança.
Quando você quer muito alguma coisa, é facílimo passar a acreditar que tal coisa acontecerá. Quando tenho um palpite de que algo que quero que aconteça vai acontecer, a minha regra é manter em alto o nível de ceticismo. Em contrapartida, inclino-me muito a confiar numa intuição que me diz que acontecerá algo que eu não quero.
Estratégia Especulativa:
Ambas as atitudes estão erradas: tanto ridicularizar categoricamente os palpites, ou confiar neles indiscriminadamente. Embora seja falível, a intuição pode ser um instrumento especulativo, desde que tratada com cuidado e ceticismo. A intuição nada tem de mágico, nem do outro mundo. É simplesmente, a manifestação de uma experiencia mental absolutamente comum: a de se saber alguma coisa sem se saber como se sabe.
Uma dica: o palpite deve ser submetido a um teste. Só confie nele se puder explicá-lo, se for capaz de identificar, na sua mente, um banco de dados do qual pode supor, com razoável certeza, que o referido palpite se originou. Não tendo banco de dados, descarte o palpite.
O 6º Grande Axioma: DA MOBILIDADE
Evite lançar raízes. Tolhem seus movimentos.
Sob muitos aspectos, claro que é bom ter raízes. Você tem a sensação de pertencer a algum lugar conhecido, entre velhos amigos e bons vizinhos: dá até um calorzinho no coração.
Se deixar que se intrometa em sua vida financeira, pode lhe custar mais caro do que se imagina.Quanto mais procurar aquela sensação de estar cercado pelo antigo, pelo conhecido e confortável, menor será o seu sucesso como especulador.
9º Axioma Menor: Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos como lealdade ou saudade.
10º Axioma Menor: Jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente.
Em detrimento do seu objetivo principal que é ganhar dinheiro, existem várias maneiras de deitar raízes em alguma forma de especulação. Uma das mais frequentes , que se insinua e pega as pessoas de surpresa, é embarcar numa situação na qual você não tem certeza se está ali numa especulação ou por hobby.
Estratégia Especulativa:
Você tem de ficar solto, pronto para pular fora se aparecer algum problema ou agarrar rapidamente, caso surja uma oportunidade. Não permita que as raízes engrossem demais, ficam difíceis de cortar.
Sob muitos aspectos, claro que é bom ter raízes. Você tem a sensação de pertencer a algum lugar conhecido, entre velhos amigos e bons vizinhos: dá até um calorzinho no coração.
Se deixar que se intrometa em sua vida financeira, pode lhe custar mais caro do que se imagina.Quanto mais procurar aquela sensação de estar cercado pelo antigo, pelo conhecido e confortável, menor será o seu sucesso como especulador.
9º Axioma Menor: Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos como lealdade ou saudade.
10º Axioma Menor: Jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente.
Em detrimento do seu objetivo principal que é ganhar dinheiro, existem várias maneiras de deitar raízes em alguma forma de especulação. Uma das mais frequentes , que se insinua e pega as pessoas de surpresa, é embarcar numa situação na qual você não tem certeza se está ali numa especulação ou por hobby.
Estratégia Especulativa:
Você tem de ficar solto, pronto para pular fora se aparecer algum problema ou agarrar rapidamente, caso surja uma oportunidade. Não permita que as raízes engrossem demais, ficam difíceis de cortar.
domingo, 5 de outubro de 2008
Dia a dia - Cotia - Cotidiano
Por incrível que possa parecer, eu gosto do trivial, do comum, do normal.
A excentricidade é tamanha, que o normal me fascina.
O comum. Aquilo que fazemos todos os dias.
Dar bom dia.
Basta. Não precisa dizer muito. Aliás, não precisa dizer nada.
Se entende o que vê em meus olhos, o silêncio é reconfortante.
E eu fico rindo à toa . . . dizem que o passarinho, é verde.
- Ahahaha!
A excentricidade é tamanha, que o normal me fascina.
O comum. Aquilo que fazemos todos os dias.
Dar bom dia.
Basta. Não precisa dizer muito. Aliás, não precisa dizer nada.
Se entende o que vê em meus olhos, o silêncio é reconfortante.
E eu fico rindo à toa . . . dizem que o passarinho, é verde.
- Ahahaha!
sábado, 4 de outubro de 2008
O 5º Grande Axioma: DOS PADRÕES
Até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso.
No momento em que você começa a acreditar ter enxergado um padrão de ordem nos assuntos que envolvem seres humanos, inclusive nos assuntos fianceiros, está correndo risco.
A ilusão de ordem. Não é só em Wall Street que ela espreita os desprevindos; é também em galerias de arte, corretoras de imóveis, cassinos e leilões de antiguidades. Onde quer que se arrisque e se perca dinheiro. A ilusão é mais que compreensível . Afinal de contas, onde é que se encontra mais ordem que no dinheiro? Por mais que o mundo se descabele, quatro vezes 25 cents sempre somam um dólar. O dinheiro parece frio, racional, submisso à análise racional e a manipulações. Para ficar rico, parece sufciciente encontrar um enfoque sólido e racional: a Fórmula. Todo mundo está atrás dessa Fórmula. Infelizmente, ela não existe.
A verdade é que o mundo do dinheiro é um mundo desordenado, sem nenhum padrão de comportamento, um absoluto caos. De vez enquando parecem formar-se padrões ou desenhos, como num céu de nuvens ou na espuma do mar que quebra na praia. Mas são efêmeros. Não constituem base sólida sobre a qual se possa erguer um plano.
Esse é o Axioma Imperial.
Se você estiver em maré de sorte, qualquer arremedo de esquema o fará ganhar dinheiro. Na maré contrária, não há um sequer que funcione. A sorte desempenha um papel fundamental. Aliás, os Axiomas, não apenas o admitem, eles se baseiam em que, isoladamente, a sorte é o dado mais poderoso no sucesso ou no fracasso de qualquer especulação. O fato é que não se pode confiar em nenhuma fórmula que ignore o papel dominante da sorte. A verdade é a seguinte: o preço de uma ação, ou de qualquer coisa que se compre visando lucro, subirá se tivermos sorte.
5ºAxioma Menor: Cuidado com a armadilha do historiador.
A armadilha do historiador é um tipo especial de ilusão de ordem. Baseia-se na crença, antiquíssima e totalmente sem fundamento, de que a história se repete. Quem acredita nisso - talvez 99 de cada 100 pessoas na face da Terra - como corolário acredita que a repetição ordenada da história permite, em determinadas cirscustâncias, previsões corretas.
Sendo assim, supunhamos que, no passado, em determinado momento, ocorreu o Evento A, que foi seguido do Evento B. Passam-se alguns anos, e testemunhamos a repetição do Evento A.
-Ah-ah! - Diz quase todo mundo. -Aí vem o evento B!
Não é assim que a banda toca. Não caía nessa. As vezes as história se repete. Mesmo quando a repetição ocorre, jamais é de forma confiável a ponto de você poder apostar prudentemente o seu dinheiro.
Geralmente, as conseguências da Armadilha do Historiador não costumam ser graves. "Se estiverem à frente no terceiro tempo, ganham o jogo." "Toda vez que a gente combina se encontrar para um drique, ela arranja um problema no escritório e chega atrasada." "Ninguém que perdeu a primária de New Hampshire jamais ganhou a presidencia." As pessoas estão sempre se deixando embrulhar nessas expectativas não confiáveis - o que é uma bobagem mas, de modo geral, não oferece perigos. Quando o seu dinheiro entra no negócio, porém, a Armadilha do Historiador se torna perigosa. Você pode acabar duro!
Existem, em Wall Street, escolas de pensamento inteiras que repousam em falácias originárias da Armadilha do Historiador. Analistas de ações e outros valores recuam no tempo até o último mercado de certos papéis, que conheceu uma alta explosiva, e reúnem montanhas de fatos a respeito de tudo que à época ocorria em volta. Registram que o PNB ia em alta, a taxa de juros caía, a indústria de aço tinha um bom ano, seguros não eram lá essas coisas, o time do White Sox segurava a lanterna, o presidente tinh a uma tia Matilde que andava resfriada. Passam, então a esperar que a mesma configuração de circusntâncias torne a ocorrer. E quando a portentosa constelação se apresenta, dão pulos de entusiasmo.
Fórmulas podem estar erradas; o mercado nunca. O mercado é o mercado, nem mais nem menos. Não faz previsões nem promessas. Está ali, e basta. Discutir com ele é como sair numa tempestade de neve, gritando que só deveria nevar no dia seguinte.
6º Axioma Menor: cuidado com a ilusão do grafista.
Representar números por meio de linhas em papel milimetrado pode ser útil ou perigoso. É útil quando ajuda você a visualizar algo com maior clareza do que lhe seria possível apenas com números. Fica perigoso quando torna a coisa representada mais sólida e portentosa do que na realidade é. É uma extensão da Armadilha do Historiador.
O mercado de ações não obedece a padrão nenhum. Praticamente, jamais se repete, e nunca o faz de forma confiável, previsível. Fazer gráficos dos preços de ações é como fazer gráficos da espuma do mar. Agora está assim, daqui a pouco não estará mais. O mesmo desenho você só tornará a ver por pura sorte. E, caso o reveja, não quer dizer rigorosamente nada, pois não antecipa coisa alguma.
Outro elemento da Ilusão do Grafista decorre da forma peculiar como uma linha traçada em preto, ininterrupta, audaciosamente cortando o papel milimetrado, é capaz de fazer um monte de de números desinteressantes, essencialmente desordenados, parecer uma Importante Tendência. o valor da cota do fundo é capaz de vir subindo tão devagarinho que sequer empata com a inflação; colocando, porém, os anos bem juntinhos num gráfico, talvez esquecendo-se de alguns maus anos que preferem não comentar, os promotores de fun dos são capazes de apresentar uma beleza de gráficono seu folheto de venda. O cliente vê aquela linha preta em disparada e fica boquianerto: "Puxa!"
Especialmente preparado para o relatório anual, o gráfico só mostra glórias , ao vivo e em cores. A linha ascendente, forte, grossa, ininterrupta, tão completamente entronizada ali, parece que nunca será diferente. Nada é capaz de rompê-la Pode curvar-se, mas só um pouquinho. A impressão que dá é de que subirá para sempre.
7º Axioma Menor: cuidado com a Ilusão de Correlação e a Ilusão de Causalidade.
Tem aque la velha piada do camarada que ficava todos os dias na mesma esquina, acenando os braços e emitindo gritos estranhíssimos. Um dia um guarda vai nlá e pergunta do que se trata:
- Estou mantendo as girafas longe - diz o sujeito.
- Mas nunca pareceram girafas por aqui - retruca o guarda.
- Pois é, tenho trabalhado bem, não tenho?
É uma característica das mentes até mais racionais perceberem relações de causa e efeito onde não existem. Quando necessário, nós as inventamos.
A mente humana é um orgão em busca de ordem. Não se sente à vontade no caos, e , se for a única maneira de se satisfazer, é capaz de refugiar-se num mundo de fantasias. Então, quando ocorrem dois ou mais eventos perto uns dos outros, vamos logo descobrindo elos causais entre eles. Isso nos deixa mais confortáveis.
A menos que você veja uma causa operando - e estou falando de ver mesmo -, considere todas as relações causais com o maior dos ceticismos. Quando perceber eventos ocorrendo juntos, ou em gangorra, a menos que tenha sólidas provas em contrário, presuma que a proximidade se deve ao acaso, mais nada. Tenha sempre em mente que está tratando com o caos, e conduza os seus negocios a partir daí. Até começar a parecer ordem o caos não é perigoso.
Evite imaginar causas quando não pode, realmente, observá-las em funcionamento. Estará evitando muito sofrimento.
8ºAxioma Menor: cuidado com a falácia do jogador.
O jogador diz: "Hoje eu estou quente!" O comprador de bilhete de loteria: "Hoje é meu dia de sorte!" Ambos estão tentando criar um estado de eufórica expectativa, no qual arriscarão o seu dinheiro com menos prudência que o normal.
A falácia do jogador é uma espécie peculiar de ilusão de ordem. Neste caso, a ordem não é percebida no mundo caótico à volta, mas dentro de si mesmo, no próprio ser. Quando diz que está "quente", ou que é o "seu dia de sorte", na realidade a pessoa está querendo dizer que se encontra, temporariamente, num estado no qual acontecimentos causais serão influenciados a seu favor. Num mundo desordenado, onde os eventos rodopiam em todas as direções , somos uma ilha de calma e ordem. Á nossa volta as coisas deixarão de acontecer de forma tresloucada, e obedecerão à nossa ordem.
O fenômeno não se retringe à mesa de jogo; estende-se a todas as atividades da vida. Há dias em que as suas decisões são todas acertadas, brilhantes, o mundo lhe sorri, o correio entrega cheques inesperados e o seu rival na empresa decide ir tentar a vida na Austrália. Dias há, também, que tudo que você toca vira cinza e pó.
Sensação de invencibilidade. Eis aí uma sensação perigosa. Ninguém é invencível, nem por meio segundo. Há dias e dias.
Estratégia Especulativa:
O Axioma adverte que não veja ordem onde não existe. Não significa que você deva desesperar de jamais encontrar uma aposta vantajosa ou um investimento promissor. Pelo contrário: deve estudar a especulação na qual está interessado e, quando topar com algo que tenha boa cara, aposte.
Seu monólogo interior deve ser mais ou menos assim: "Tudo bem, fiz meu dever de casa o melhor possível. Acredito que estou apostando numa boa, e que vou ganhar. Porém, como não consigo controlar todas as casualidades capazes de afetar meu dinheiro, sei que são grandes as minhas possibilidades de estar errado. Portanto, permanecerei atento, pronto a saltar na direção que os fatos indicarem."
No momento em que você começa a acreditar ter enxergado um padrão de ordem nos assuntos que envolvem seres humanos, inclusive nos assuntos fianceiros, está correndo risco.
A ilusão de ordem. Não é só em Wall Street que ela espreita os desprevindos; é também em galerias de arte, corretoras de imóveis, cassinos e leilões de antiguidades. Onde quer que se arrisque e se perca dinheiro. A ilusão é mais que compreensível . Afinal de contas, onde é que se encontra mais ordem que no dinheiro? Por mais que o mundo se descabele, quatro vezes 25 cents sempre somam um dólar. O dinheiro parece frio, racional, submisso à análise racional e a manipulações. Para ficar rico, parece sufciciente encontrar um enfoque sólido e racional: a Fórmula. Todo mundo está atrás dessa Fórmula. Infelizmente, ela não existe.
A verdade é que o mundo do dinheiro é um mundo desordenado, sem nenhum padrão de comportamento, um absoluto caos. De vez enquando parecem formar-se padrões ou desenhos, como num céu de nuvens ou na espuma do mar que quebra na praia. Mas são efêmeros. Não constituem base sólida sobre a qual se possa erguer um plano.
Esse é o Axioma Imperial.
Se você estiver em maré de sorte, qualquer arremedo de esquema o fará ganhar dinheiro. Na maré contrária, não há um sequer que funcione. A sorte desempenha um papel fundamental. Aliás, os Axiomas, não apenas o admitem, eles se baseiam em que, isoladamente, a sorte é o dado mais poderoso no sucesso ou no fracasso de qualquer especulação. O fato é que não se pode confiar em nenhuma fórmula que ignore o papel dominante da sorte. A verdade é a seguinte: o preço de uma ação, ou de qualquer coisa que se compre visando lucro, subirá se tivermos sorte.
5ºAxioma Menor: Cuidado com a armadilha do historiador.
A armadilha do historiador é um tipo especial de ilusão de ordem. Baseia-se na crença, antiquíssima e totalmente sem fundamento, de que a história se repete. Quem acredita nisso - talvez 99 de cada 100 pessoas na face da Terra - como corolário acredita que a repetição ordenada da história permite, em determinadas cirscustâncias, previsões corretas.
Sendo assim, supunhamos que, no passado, em determinado momento, ocorreu o Evento A, que foi seguido do Evento B. Passam-se alguns anos, e testemunhamos a repetição do Evento A.
-Ah-ah! - Diz quase todo mundo. -Aí vem o evento B!
Não é assim que a banda toca. Não caía nessa. As vezes as história se repete. Mesmo quando a repetição ocorre, jamais é de forma confiável a ponto de você poder apostar prudentemente o seu dinheiro.
Geralmente, as conseguências da Armadilha do Historiador não costumam ser graves. "Se estiverem à frente no terceiro tempo, ganham o jogo." "Toda vez que a gente combina se encontrar para um drique, ela arranja um problema no escritório e chega atrasada." "Ninguém que perdeu a primária de New Hampshire jamais ganhou a presidencia." As pessoas estão sempre se deixando embrulhar nessas expectativas não confiáveis - o que é uma bobagem mas, de modo geral, não oferece perigos. Quando o seu dinheiro entra no negócio, porém, a Armadilha do Historiador se torna perigosa. Você pode acabar duro!
Existem, em Wall Street, escolas de pensamento inteiras que repousam em falácias originárias da Armadilha do Historiador. Analistas de ações e outros valores recuam no tempo até o último mercado de certos papéis, que conheceu uma alta explosiva, e reúnem montanhas de fatos a respeito de tudo que à época ocorria em volta. Registram que o PNB ia em alta, a taxa de juros caía, a indústria de aço tinha um bom ano, seguros não eram lá essas coisas, o time do White Sox segurava a lanterna, o presidente tinh a uma tia Matilde que andava resfriada. Passam, então a esperar que a mesma configuração de circusntâncias torne a ocorrer. E quando a portentosa constelação se apresenta, dão pulos de entusiasmo.
Fórmulas podem estar erradas; o mercado nunca. O mercado é o mercado, nem mais nem menos. Não faz previsões nem promessas. Está ali, e basta. Discutir com ele é como sair numa tempestade de neve, gritando que só deveria nevar no dia seguinte.
6º Axioma Menor: cuidado com a ilusão do grafista.
Representar números por meio de linhas em papel milimetrado pode ser útil ou perigoso. É útil quando ajuda você a visualizar algo com maior clareza do que lhe seria possível apenas com números. Fica perigoso quando torna a coisa representada mais sólida e portentosa do que na realidade é. É uma extensão da Armadilha do Historiador.
O mercado de ações não obedece a padrão nenhum. Praticamente, jamais se repete, e nunca o faz de forma confiável, previsível. Fazer gráficos dos preços de ações é como fazer gráficos da espuma do mar. Agora está assim, daqui a pouco não estará mais. O mesmo desenho você só tornará a ver por pura sorte. E, caso o reveja, não quer dizer rigorosamente nada, pois não antecipa coisa alguma.
Outro elemento da Ilusão do Grafista decorre da forma peculiar como uma linha traçada em preto, ininterrupta, audaciosamente cortando o papel milimetrado, é capaz de fazer um monte de de números desinteressantes, essencialmente desordenados, parecer uma Importante Tendência. o valor da cota do fundo é capaz de vir subindo tão devagarinho que sequer empata com a inflação; colocando, porém, os anos bem juntinhos num gráfico, talvez esquecendo-se de alguns maus anos que preferem não comentar, os promotores de fun dos são capazes de apresentar uma beleza de gráficono seu folheto de venda. O cliente vê aquela linha preta em disparada e fica boquianerto: "Puxa!"
Especialmente preparado para o relatório anual, o gráfico só mostra glórias , ao vivo e em cores. A linha ascendente, forte, grossa, ininterrupta, tão completamente entronizada ali, parece que nunca será diferente. Nada é capaz de rompê-la Pode curvar-se, mas só um pouquinho. A impressão que dá é de que subirá para sempre.
7º Axioma Menor: cuidado com a Ilusão de Correlação e a Ilusão de Causalidade.
Tem aque la velha piada do camarada que ficava todos os dias na mesma esquina, acenando os braços e emitindo gritos estranhíssimos. Um dia um guarda vai nlá e pergunta do que se trata:
- Estou mantendo as girafas longe - diz o sujeito.
- Mas nunca pareceram girafas por aqui - retruca o guarda.
- Pois é, tenho trabalhado bem, não tenho?
É uma característica das mentes até mais racionais perceberem relações de causa e efeito onde não existem. Quando necessário, nós as inventamos.
A mente humana é um orgão em busca de ordem. Não se sente à vontade no caos, e , se for a única maneira de se satisfazer, é capaz de refugiar-se num mundo de fantasias. Então, quando ocorrem dois ou mais eventos perto uns dos outros, vamos logo descobrindo elos causais entre eles. Isso nos deixa mais confortáveis.
A menos que você veja uma causa operando - e estou falando de ver mesmo -, considere todas as relações causais com o maior dos ceticismos. Quando perceber eventos ocorrendo juntos, ou em gangorra, a menos que tenha sólidas provas em contrário, presuma que a proximidade se deve ao acaso, mais nada. Tenha sempre em mente que está tratando com o caos, e conduza os seus negocios a partir daí. Até começar a parecer ordem o caos não é perigoso.
Evite imaginar causas quando não pode, realmente, observá-las em funcionamento. Estará evitando muito sofrimento.
8ºAxioma Menor: cuidado com a falácia do jogador.
O jogador diz: "Hoje eu estou quente!" O comprador de bilhete de loteria: "Hoje é meu dia de sorte!" Ambos estão tentando criar um estado de eufórica expectativa, no qual arriscarão o seu dinheiro com menos prudência que o normal.
A falácia do jogador é uma espécie peculiar de ilusão de ordem. Neste caso, a ordem não é percebida no mundo caótico à volta, mas dentro de si mesmo, no próprio ser. Quando diz que está "quente", ou que é o "seu dia de sorte", na realidade a pessoa está querendo dizer que se encontra, temporariamente, num estado no qual acontecimentos causais serão influenciados a seu favor. Num mundo desordenado, onde os eventos rodopiam em todas as direções , somos uma ilha de calma e ordem. Á nossa volta as coisas deixarão de acontecer de forma tresloucada, e obedecerão à nossa ordem.
O fenômeno não se retringe à mesa de jogo; estende-se a todas as atividades da vida. Há dias em que as suas decisões são todas acertadas, brilhantes, o mundo lhe sorri, o correio entrega cheques inesperados e o seu rival na empresa decide ir tentar a vida na Austrália. Dias há, também, que tudo que você toca vira cinza e pó.
Sensação de invencibilidade. Eis aí uma sensação perigosa. Ninguém é invencível, nem por meio segundo. Há dias e dias.
Estratégia Especulativa:
O Axioma adverte que não veja ordem onde não existe. Não significa que você deva desesperar de jamais encontrar uma aposta vantajosa ou um investimento promissor. Pelo contrário: deve estudar a especulação na qual está interessado e, quando topar com algo que tenha boa cara, aposte.
Seu monólogo interior deve ser mais ou menos assim: "Tudo bem, fiz meu dever de casa o melhor possível. Acredito que estou apostando numa boa, e que vou ganhar. Porém, como não consigo controlar todas as casualidades capazes de afetar meu dinheiro, sei que são grandes as minhas possibilidades de estar errado. Portanto, permanecerei atento, pronto a saltar na direção que os fatos indicarem."
Previsão do tempo
Cada vez mais eu gosto da previsão. . . todo dia eu checo e diz que vai estar nublado e com chuva e hoje, simplesmente, não tem NENHUMA nuvem no céu.
Abençoado seja.
=)
Abençoado seja.
=)
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
4º Grande Axioma: DAS PREVISÕES
O comportamento do ser humano não é previsível. Desconfio de quem afirmar que conhece uma nesga que seja do futuro.
É de se pensar: para que ficar dando ouvidos a esses profetas da economia, que sabem tanto do futuro quanto você e eu?
Com grande frequencia, é erro ouvir. Em 1929, no dia 23 de agosto, o Wall Street Journal dizia aos seus leitores que poderiam ganhar muito dinheiro na Bolsa. A bola de cristal do WSJ, técnica de enxergar o futuro chamada Teoria Dow, revelava que, no mercado de ações, estabelecera-se "uma forte tendência de alta". E afirmava:"Para os meses vidouros, as perspectivas são mais brilhantes que nunca." O jornal prosseguiu contando vantagens, feliz. Dois meses depois entrou todo mundo pelo cano.
A medida mais usada para avaliar o desempenho de um investimento é o índice Standard & Poor, composto por 500 ações ao portador. Em 1983, esse índice subiu 22%. Por outras palavras, se nesse ano a sua carteira de especulações apresentou um ganho de 22%, você operou na média. A sua nota seria Regular. Segundo a pesquisa do New York Times, 60% dos administradores profissionais de dinheiro ficaram abaixo disso.
A verdade é que ninguém tem a mais remota idéia do que vai acontecer ano que vem, semana que vem, nem sequer amanhã. Se você está a fim de chegar a ser alguém como um especulador, a primeira coisa a fazer é largar o vício de dar atenção a previsões. É da maior importancia jamais levar a sério economistas, especialistas em mercado nem quaisquer outros oráculos financeiros.
As vezes eles estão certos, é lógico, e é isto que os torna tão perigosos. Evidente que quem faz muitas previsões, acerte algumas. Quanto mais previsões mais acertos. Isto porque, somente os acertos são publicados e os desastres estrondosos.
Como uma suposta capacidade de enxergar o futuro tem um certo apelo hipnótico, é fácil deixar-se fascinar por um profeta de sucesso. No mundo do dinheiro, então, isto é mais verdadeiro ainda. Alguns anos de palpites frequentemente certos são suficientes para um profeta conseguir uma legião de seguidores - em certtos casos, uma legião tão grande, que as profecias, por isso mesmo, acabam se confirmando.
Todo profeta às vezes acerta, outras vezes erra - erram mais do que acertam, mas quem é que vai advinhar? Para isto, seria necessário fazerem-se previsões acerca das previsões dos profetas. E se fôssemos capazes dessas previsões, para que precisaríamos de profetas? Como não somos, não podemos apostar em nada do que eles dizem. Assim sendo, vamos deixar de lado essa coisa de ficar tentando dar uma espiadinha no futuro. Não dá.
A conclusão é, que não vale grande coisa. Ficar dando atenção a profetas não dá lucro nenhum.
Há coisas que podem ser preditas. Sabemos precisamente, por exemplo, a que horas o sol se levantará a cada manhã. Tabelas de marés são feitas com meses de antecedência. O calendário que o banco me dá de brinde, todo mês de janeiro, diz quais serão as fases da lua nos 12 meses seguintes. Previsões do tempo são menos confiáveis, mas ainda assim são razoavelmente dignas de crédito, e têm melhorado.
Por que tais coisas podem ser previstas, e por que são confiáveis essas previsões? Porque se trata de enventos físicos. Os Axiomas de Zurique, porém, tratam do mundo do dinheiro, que é um mundo de eventos humanos . Não há método, não existe ninguém capaz de prever eventos humanos. Na realidade, é claro que os fenômenos envolvendo dinheiro são manifestações do comportamento humano.
A bolsa de Valores, por exemplo, é um gigantesco mecanismo de emoções humanas. O que homens e mulheres estão fazendo, pensando, sentindo é que determina as altas e baixas das ações. Tudo resulta de interação humana, incansavelmente, empenhados na eterna batalha pela sobrevivência, pelo auto-aperfeiçoamento. Tudo causado por gente, por pessoas. E assim sendo, tudo totalmente imprevisível.
O fato, simplesmente, é que são demais as variáveis envolvidas, para que se possa obter uma previsão confiável de algo como a taxa de inflação. Essa taxa resulta de milhões de pessoas tomando bilhões de decisões: operários decidindo quanto querem ganhar, patrões decidindo quanto querem pagar, consumidores estabelecendo os preços que estão afim de engolir, e todo mundo tomando decisões sobre sentimentos difusos de épocas duras ou de prosperidade, temor ou segurança, tristeza ou animação. Alguém afirmar que é capaz de produzir previsões confiáveis a respeito de uma complexidade espantosa como esta parece arrogante - mais: parece ridículo.
Há fatores imprevisíveis.
Estratégia Especulativa:
O 4º Grande Axioma diz para você não montar o seu programa especulativo baseado em previsões , porque não dá certo. Esqueça todos os prognósticos. No mundo do dinheiro, um mundo moldado pelo comportamento humano, ninguém tem a mais remota idéia do que acontecerá no futuro. Preste bem atenção: ninguém.
Claro , todos nós pensamos no que vai acontecer, e nos preocupamos. Mas tentar escapar a essas preocupações apoiando-se em previsões é pobreza na certa. O especulador de sucesso não baseia suas jogadas no que, supostamente, vai acontecer; ele reage ao que realmente acontece.
Trace seu projeto especulativo baseado em reações rápidas a eventos que você vê acontecendo à sua frente, na hora. Naturalmente, ao escolher um investimento e colocar seu dinheiro nele, você tem esperança de que o seu futuro será brilhante. Essa esperança, presumivelmente, vem de muito estudar e de muito pensar. O ato de pôr o seu dinheiro na operação é, por si só, uma espécie de previsão. Você está pensando: "Tenho razões para esperar que isso dê certo. " Não deixe, contudo, que tal pensamento se congele num pronunciamento oracular: "Vai dar tudo certo, porque as taxas de juros cairão." Nunca, jamais , perca de vista a possibilidade de ter apostado no cavalo errado.
Se a especulação der certo, e você se vir a caminho da linha de chegada pre-estabelecida , tudo bem. Mas se, apesar de todas as promessas de todos os profetas, as coisas começarem a sair erradas, lembre-se do 3º Grande Axioma: abandone o barco.
É de se pensar: para que ficar dando ouvidos a esses profetas da economia, que sabem tanto do futuro quanto você e eu?
Com grande frequencia, é erro ouvir. Em 1929, no dia 23 de agosto, o Wall Street Journal dizia aos seus leitores que poderiam ganhar muito dinheiro na Bolsa. A bola de cristal do WSJ, técnica de enxergar o futuro chamada Teoria Dow, revelava que, no mercado de ações, estabelecera-se "uma forte tendência de alta". E afirmava:"Para os meses vidouros, as perspectivas são mais brilhantes que nunca." O jornal prosseguiu contando vantagens, feliz. Dois meses depois entrou todo mundo pelo cano.
A medida mais usada para avaliar o desempenho de um investimento é o índice Standard & Poor, composto por 500 ações ao portador. Em 1983, esse índice subiu 22%. Por outras palavras, se nesse ano a sua carteira de especulações apresentou um ganho de 22%, você operou na média. A sua nota seria Regular. Segundo a pesquisa do New York Times, 60% dos administradores profissionais de dinheiro ficaram abaixo disso.
A verdade é que ninguém tem a mais remota idéia do que vai acontecer ano que vem, semana que vem, nem sequer amanhã. Se você está a fim de chegar a ser alguém como um especulador, a primeira coisa a fazer é largar o vício de dar atenção a previsões. É da maior importancia jamais levar a sério economistas, especialistas em mercado nem quaisquer outros oráculos financeiros.
As vezes eles estão certos, é lógico, e é isto que os torna tão perigosos. Evidente que quem faz muitas previsões, acerte algumas. Quanto mais previsões mais acertos. Isto porque, somente os acertos são publicados e os desastres estrondosos.
Como uma suposta capacidade de enxergar o futuro tem um certo apelo hipnótico, é fácil deixar-se fascinar por um profeta de sucesso. No mundo do dinheiro, então, isto é mais verdadeiro ainda. Alguns anos de palpites frequentemente certos são suficientes para um profeta conseguir uma legião de seguidores - em certtos casos, uma legião tão grande, que as profecias, por isso mesmo, acabam se confirmando.
Todo profeta às vezes acerta, outras vezes erra - erram mais do que acertam, mas quem é que vai advinhar? Para isto, seria necessário fazerem-se previsões acerca das previsões dos profetas. E se fôssemos capazes dessas previsões, para que precisaríamos de profetas? Como não somos, não podemos apostar em nada do que eles dizem. Assim sendo, vamos deixar de lado essa coisa de ficar tentando dar uma espiadinha no futuro. Não dá.
A conclusão é, que não vale grande coisa. Ficar dando atenção a profetas não dá lucro nenhum.
Há coisas que podem ser preditas. Sabemos precisamente, por exemplo, a que horas o sol se levantará a cada manhã. Tabelas de marés são feitas com meses de antecedência. O calendário que o banco me dá de brinde, todo mês de janeiro, diz quais serão as fases da lua nos 12 meses seguintes. Previsões do tempo são menos confiáveis, mas ainda assim são razoavelmente dignas de crédito, e têm melhorado.
Por que tais coisas podem ser previstas, e por que são confiáveis essas previsões? Porque se trata de enventos físicos. Os Axiomas de Zurique, porém, tratam do mundo do dinheiro, que é um mundo de eventos humanos . Não há método, não existe ninguém capaz de prever eventos humanos. Na realidade, é claro que os fenômenos envolvendo dinheiro são manifestações do comportamento humano.
A bolsa de Valores, por exemplo, é um gigantesco mecanismo de emoções humanas. O que homens e mulheres estão fazendo, pensando, sentindo é que determina as altas e baixas das ações. Tudo resulta de interação humana, incansavelmente, empenhados na eterna batalha pela sobrevivência, pelo auto-aperfeiçoamento. Tudo causado por gente, por pessoas. E assim sendo, tudo totalmente imprevisível.
O fato, simplesmente, é que são demais as variáveis envolvidas, para que se possa obter uma previsão confiável de algo como a taxa de inflação. Essa taxa resulta de milhões de pessoas tomando bilhões de decisões: operários decidindo quanto querem ganhar, patrões decidindo quanto querem pagar, consumidores estabelecendo os preços que estão afim de engolir, e todo mundo tomando decisões sobre sentimentos difusos de épocas duras ou de prosperidade, temor ou segurança, tristeza ou animação. Alguém afirmar que é capaz de produzir previsões confiáveis a respeito de uma complexidade espantosa como esta parece arrogante - mais: parece ridículo.
Há fatores imprevisíveis.
Estratégia Especulativa:
O 4º Grande Axioma diz para você não montar o seu programa especulativo baseado em previsões , porque não dá certo. Esqueça todos os prognósticos. No mundo do dinheiro, um mundo moldado pelo comportamento humano, ninguém tem a mais remota idéia do que acontecerá no futuro. Preste bem atenção: ninguém.
Claro , todos nós pensamos no que vai acontecer, e nos preocupamos. Mas tentar escapar a essas preocupações apoiando-se em previsões é pobreza na certa. O especulador de sucesso não baseia suas jogadas no que, supostamente, vai acontecer; ele reage ao que realmente acontece.
Trace seu projeto especulativo baseado em reações rápidas a eventos que você vê acontecendo à sua frente, na hora. Naturalmente, ao escolher um investimento e colocar seu dinheiro nele, você tem esperança de que o seu futuro será brilhante. Essa esperança, presumivelmente, vem de muito estudar e de muito pensar. O ato de pôr o seu dinheiro na operação é, por si só, uma espécie de previsão. Você está pensando: "Tenho razões para esperar que isso dê certo. " Não deixe, contudo, que tal pensamento se congele num pronunciamento oracular: "Vai dar tudo certo, porque as taxas de juros cairão." Nunca, jamais , perca de vista a possibilidade de ter apostado no cavalo errado.
Se a especulação der certo, e você se vir a caminho da linha de chegada pre-estabelecida , tudo bem. Mas se, apesar de todas as promessas de todos os profetas, as coisas começarem a sair erradas, lembre-se do 3º Grande Axioma: abandone o barco.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
3º Grande Axioma: DA ESPERANÇA
Quando o barco começar a afundar, não reze. Abandone-o.
Sobre como escapar quando as coisas vão mal.
E não há a menor dúvida de que irão mal. Pode apostar. Pode contar como certo que mais ou menos a metade das suas operações especulativas irão pro brejo antes de você alcançar a linha de chegada. Nos seus palpites sobre o futuro, vai errar a metade; a metade das suas opiniões sobre as forças econômicas serão equivocadas. A metade dos conselhos que ouvirá serão maus. A metade das suas esperanças estão condenadas a não se realizarem.
Mas anime-se. Isto não significa que vai perder um dólar para cada um que vier a ganhar. Se fosse assim, o negócio todo perderia o sentido. Isto é verdade só com os incompetentes. Jogadores e especuladores bem-sucedidos transam melhor as coisas. Em grande parte, progridem porque sabem o que fazer, sem hesitações, quando a maré se volta contra eles. Requer uma honestidade afiada como uma navalha.
Parte da vitória consiste em aprender a perder. Saber passar.
O amador fica na esperança que as suas cartas saiam, ou reza para que isso aconteça; o profissional estuda o meio de se safar quando não saem. Esta, provavelmente, a grande diferença entre os dois. Ajuda explicar por que o profissional não tem dificuldade em viver o jogo, enquanto o amador quebrará a cara sempre que sentar à mesa para enfrentar profissionais.
A incapacidade de abandonar o barco que esteja afundando provavelmente custou mais dinheiro a especuladores que qualquer outro erro.
Atenção às palavras: quando começa a afundar. Não espere até a metade estar submersa. Não reze, não espere nada. Não cubra os olhos e fique ali tremendo. Olhe em volta e veja bem o que está acontecendo. Estude a situação. Pergunte-se se o problema que vê crescendo tem solução. Procure indícios confiáveis e tangíveis de que as coisas estão melhorando; não vendo nada no gênero, comece a agir, sem mais delongas. Calma e decididamente, antes que o pessoal todo entre em pânico, abandone o barco e salve a sua pele. A tolerância deve beirar 10% a 20% de baixa de mercado. Aceite pequenas perdas, para se protejer das grandes.
Três obstáculos que devem ser superados:
- O medo de arrepender-se; do valor subir depois da sua retirada.
- Necessidade de abrir mão de parte de um investimento. Com a prática fica menos dolorosa.
- Dificuldade de admitir que você errou. Na maioria das vezes a maior dificuldade é admitir pra si mesmo que errou. Fique em frente ao espelho, se olhe nos olhos e diga: "Errei".
Não vale a pena deixar o dinheiro estagnado numa operação por anos apenas para garantir o ego. Os anos todos que o dinheiro passou estagnado poderia estar trabalhando. Poderia ter duplicado, até mais. Em vez disso, está onde estava quando o triste episódio começou. Recusar a aceitar que está errado é a mais errada das reações possíveis.
4º Axioma Menor: Aceite as pequenas perdas com um sorriso, como fatos da vida. Conte incorrer em várias, enquanto espera um grande ganho.
Idealmente, deveríamos agradecer as nossas pequenas perdas, porque elas nos protejem das grandes. Mas seria pedir muito. Em todo caso, se não somos capazes ao menos podemos aceitar essas pequenas perdas com elegância. São realmente uma excelente proteção. Se você tem o hábito de cortar prejuízos, é difícil que venha a se machucar gravemente. A única maneira a ser apanhado num desastre é de surpresa. Crie o hábito de aceitar pequenas perdas. Se uma operação não funcionar, caia fora e saia para outra. Não fique sentado num barco afundando. Não se deixe apanhar em ratoeiras. "Quem espera sempre alcança."
Tente encarar assim: "Tudo bem, vamos lá, faz parte da vida. É o preço."
Estratégia Especulativa:
Não é para fcar parado, estático, quando surgem os problemas. Caia fora rápido. Não reze, não alimente esperanças. Esperanças e orações são ótimas, não há dúvida, mas não fazem parte do instrumental do especulador.
Seja duro, prático e sem sentimentalismos.
Porém, há três obstáculos a serem examidnados: medo de arrepender-se, incapacidade de abrir mão de parte de um investimento, e a dificuldade de admitir erros. Saber perder é essencial para o especulador. É parte da técnica do jogo. O fato de a maioria não conseguir aprender essa técnica é uma das principais razões por que existem tão poucos bons especuladores e jogadores.
Sobre como escapar quando as coisas vão mal.
E não há a menor dúvida de que irão mal. Pode apostar. Pode contar como certo que mais ou menos a metade das suas operações especulativas irão pro brejo antes de você alcançar a linha de chegada. Nos seus palpites sobre o futuro, vai errar a metade; a metade das suas opiniões sobre as forças econômicas serão equivocadas. A metade dos conselhos que ouvirá serão maus. A metade das suas esperanças estão condenadas a não se realizarem.
Mas anime-se. Isto não significa que vai perder um dólar para cada um que vier a ganhar. Se fosse assim, o negócio todo perderia o sentido. Isto é verdade só com os incompetentes. Jogadores e especuladores bem-sucedidos transam melhor as coisas. Em grande parte, progridem porque sabem o que fazer, sem hesitações, quando a maré se volta contra eles. Requer uma honestidade afiada como uma navalha.
Parte da vitória consiste em aprender a perder. Saber passar.
O amador fica na esperança que as suas cartas saiam, ou reza para que isso aconteça; o profissional estuda o meio de se safar quando não saem. Esta, provavelmente, a grande diferença entre os dois. Ajuda explicar por que o profissional não tem dificuldade em viver o jogo, enquanto o amador quebrará a cara sempre que sentar à mesa para enfrentar profissionais.
A incapacidade de abandonar o barco que esteja afundando provavelmente custou mais dinheiro a especuladores que qualquer outro erro.
Atenção às palavras: quando começa a afundar. Não espere até a metade estar submersa. Não reze, não espere nada. Não cubra os olhos e fique ali tremendo. Olhe em volta e veja bem o que está acontecendo. Estude a situação. Pergunte-se se o problema que vê crescendo tem solução. Procure indícios confiáveis e tangíveis de que as coisas estão melhorando; não vendo nada no gênero, comece a agir, sem mais delongas. Calma e decididamente, antes que o pessoal todo entre em pânico, abandone o barco e salve a sua pele. A tolerância deve beirar 10% a 20% de baixa de mercado. Aceite pequenas perdas, para se protejer das grandes.
Três obstáculos que devem ser superados:
- O medo de arrepender-se; do valor subir depois da sua retirada.
- Necessidade de abrir mão de parte de um investimento. Com a prática fica menos dolorosa.
- Dificuldade de admitir que você errou. Na maioria das vezes a maior dificuldade é admitir pra si mesmo que errou. Fique em frente ao espelho, se olhe nos olhos e diga: "Errei".
Não vale a pena deixar o dinheiro estagnado numa operação por anos apenas para garantir o ego. Os anos todos que o dinheiro passou estagnado poderia estar trabalhando. Poderia ter duplicado, até mais. Em vez disso, está onde estava quando o triste episódio começou. Recusar a aceitar que está errado é a mais errada das reações possíveis.
4º Axioma Menor: Aceite as pequenas perdas com um sorriso, como fatos da vida. Conte incorrer em várias, enquanto espera um grande ganho.
Idealmente, deveríamos agradecer as nossas pequenas perdas, porque elas nos protejem das grandes. Mas seria pedir muito. Em todo caso, se não somos capazes ao menos podemos aceitar essas pequenas perdas com elegância. São realmente uma excelente proteção. Se você tem o hábito de cortar prejuízos, é difícil que venha a se machucar gravemente. A única maneira a ser apanhado num desastre é de surpresa. Crie o hábito de aceitar pequenas perdas. Se uma operação não funcionar, caia fora e saia para outra. Não fique sentado num barco afundando. Não se deixe apanhar em ratoeiras. "Quem espera sempre alcança."
Tente encarar assim: "Tudo bem, vamos lá, faz parte da vida. É o preço."
Estratégia Especulativa:
Não é para fcar parado, estático, quando surgem os problemas. Caia fora rápido. Não reze, não alimente esperanças. Esperanças e orações são ótimas, não há dúvida, mas não fazem parte do instrumental do especulador.
Seja duro, prático e sem sentimentalismos.
Porém, há três obstáculos a serem examidnados: medo de arrepender-se, incapacidade de abrir mão de parte de um investimento, e a dificuldade de admitir erros. Saber perder é essencial para o especulador. É parte da técnica do jogo. O fato de a maioria não conseguir aprender essa técnica é uma das principais razões por que existem tão poucos bons especuladores e jogadores.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
2º Grande Axioma: DA GANÂNCIA
Realize o lucro sempre cedo demais.
Seja o jogo feito no mercado financeiro, numa mesa de poquer ou em qualquer outro lugar, o que os amadores fazem é isto: demoram-se demais nas paradas - e perdem.
O que os leva a agir assim é a ganância. Deve-se dominar a ganância, como uma prática de autocontrole.
Ganância: querer em excesso, mais sempre mais. Querer mais do que queria no começo, ou mais do que seria justo esperar. Significa perder o controle dos seus desejos.
Comprismo: é o desejo natural de maior bem-estar material, sem conotações pejorativas.
Ideal do Cassino: "Se quisessem menos, iriam para casa com mais".
"Não force a sua sorte". Ou "não estique a sua sorte". "Não corra atrás de números redondos".
No jogo, ou no curso de uma jogada especulativa, de tempos em tempos ocorrerão períodos de ganhos. Você achará tão bom, que vai desejar que durem para sempre. Com certeza, terá o bom senso de admitir que a realização de tal desejo é impossível, mas se houver sido agarrado pela ganância, vai se convencer a esperar, ou a acreditar que tais períodos durarão pelo menos um bom tempo. E irá navegando, na crista da onda, até que você e seu dinheiro se precipitem numa cachoeira.
Não tem como prever quanto tempo durará o período de ganhos.
É preciso presumir que qualquer conjunto ou série de eventos que resultem em ganhos para você terão breve duração, e que os lucros, portanto, não serão absurdamente grandes. Os modestos e breves são os mais frequentes. Quando tiver lucro, aproveite-o e caia fora.
Não fique até o período atingir o pico, por mais tentador que seja. Não tenha medo do arrependimento das ações subirem logo após a sua retirada.
É como escalar uma montanha em noite negra e fechada. A visibilidade é zero. Lá em cima, em algum lugar, está o pico, e, do outro lado dele, um abrupto despenhadeiro, caminho para o desastre inevitável. Você quer chegar o mais alto possível. Idealmente, gostaria de chegar ao pico e parar. Sabe, porém, que o "ideal" raramente acontece na vida, e não bobo a ponto de achar que acontecerá agora. O bom senso manda parar a escalada quando achar que chegou a uma boa altitude. Pare antes do pico. Pare cedo demais. E não "sinta saudades" do papel que vendeu.
3º Axioma Menor: Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar; quando chegar lá, caia fora.
Saber quanto é o bastante.
São inúmeras as atividades humanas nas quais as posições inicial e final são claramente visíveis, percebidas e compreendidas. No atletismo, por exemplo. Quando um corredor chega ao final dos 1.500 metros, sabe que é o fim. Não existe a questão de correr outros 1.500 metros afim de ganhar duas medalhas em vez de uma. As energias estão exauridas.
Você que faz o seu basta. O seu ponto final. Dá um suspiro de alívio e relaxa. "Tá acabou. Cumpri meu objetivo inicial. Fiz o que vim fazer. Ganhei minha medalha. Vou ficar um pouquinho e saborear a vitória." ou " Tá legal perdi, mas já se acabou. Vou dar uma descansada, pensar e planejar a próxima. Amanhã eu corro denovo". De um jeito ou de outro você chegou ao final.
Antes de começar a corrida, estabeleça onde é a linha de chegada.
E a cada fim, se presentear com algo que dê prazer e sirva para definir essa linha de chegada. Como um ritual. Um fato real, um objetivo concreto. Celebrar a sensação de final.
Estratégia Especulativa:
Venda "cedo demais". Não espere a alta atingir o pico. Não espere que um período de ganhos prossiga indefinidamente. Não teste demais a sua sorte. Parta do pressuposto de que tais períodos são breves. Quando atingir uma linha de chegada previamente estabelecida, liquide a posição e caia fora. Faça-o ainda que tudo pareça cor-de-rosa, mesmo que continue otimista e que todo mundo em volta esteja dizendo que a alta continuará rugindo sem parar.
Habitue-se a vender cedo demais. E , uma vez vendido, não se atormente se a alta continuar sem a sua presença. É muito provável que ela não vá durar muito. Se durar, console-se pensando nas tantas vezes em que, ter vendido cedo demais , protegeu seus ganhos que, de outra forma, teriam ido por água abaixo. (Prefiro fogo acima!)
Seja o jogo feito no mercado financeiro, numa mesa de poquer ou em qualquer outro lugar, o que os amadores fazem é isto: demoram-se demais nas paradas - e perdem.
O que os leva a agir assim é a ganância. Deve-se dominar a ganância, como uma prática de autocontrole.
Ganância: querer em excesso, mais sempre mais. Querer mais do que queria no começo, ou mais do que seria justo esperar. Significa perder o controle dos seus desejos.
Comprismo: é o desejo natural de maior bem-estar material, sem conotações pejorativas.
Ideal do Cassino: "Se quisessem menos, iriam para casa com mais".
"Não force a sua sorte". Ou "não estique a sua sorte". "Não corra atrás de números redondos".
No jogo, ou no curso de uma jogada especulativa, de tempos em tempos ocorrerão períodos de ganhos. Você achará tão bom, que vai desejar que durem para sempre. Com certeza, terá o bom senso de admitir que a realização de tal desejo é impossível, mas se houver sido agarrado pela ganância, vai se convencer a esperar, ou a acreditar que tais períodos durarão pelo menos um bom tempo. E irá navegando, na crista da onda, até que você e seu dinheiro se precipitem numa cachoeira.
Não tem como prever quanto tempo durará o período de ganhos.
É preciso presumir que qualquer conjunto ou série de eventos que resultem em ganhos para você terão breve duração, e que os lucros, portanto, não serão absurdamente grandes. Os modestos e breves são os mais frequentes. Quando tiver lucro, aproveite-o e caia fora.
Não fique até o período atingir o pico, por mais tentador que seja. Não tenha medo do arrependimento das ações subirem logo após a sua retirada.
É como escalar uma montanha em noite negra e fechada. A visibilidade é zero. Lá em cima, em algum lugar, está o pico, e, do outro lado dele, um abrupto despenhadeiro, caminho para o desastre inevitável. Você quer chegar o mais alto possível. Idealmente, gostaria de chegar ao pico e parar. Sabe, porém, que o "ideal" raramente acontece na vida, e não bobo a ponto de achar que acontecerá agora. O bom senso manda parar a escalada quando achar que chegou a uma boa altitude. Pare antes do pico. Pare cedo demais. E não "sinta saudades" do papel que vendeu.
3º Axioma Menor: Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar; quando chegar lá, caia fora.
Saber quanto é o bastante.
São inúmeras as atividades humanas nas quais as posições inicial e final são claramente visíveis, percebidas e compreendidas. No atletismo, por exemplo. Quando um corredor chega ao final dos 1.500 metros, sabe que é o fim. Não existe a questão de correr outros 1.500 metros afim de ganhar duas medalhas em vez de uma. As energias estão exauridas.
Você que faz o seu basta. O seu ponto final. Dá um suspiro de alívio e relaxa. "Tá acabou. Cumpri meu objetivo inicial. Fiz o que vim fazer. Ganhei minha medalha. Vou ficar um pouquinho e saborear a vitória." ou " Tá legal perdi, mas já se acabou. Vou dar uma descansada, pensar e planejar a próxima. Amanhã eu corro denovo". De um jeito ou de outro você chegou ao final.
Antes de começar a corrida, estabeleça onde é a linha de chegada.
E a cada fim, se presentear com algo que dê prazer e sirva para definir essa linha de chegada. Como um ritual. Um fato real, um objetivo concreto. Celebrar a sensação de final.
Estratégia Especulativa:
Venda "cedo demais". Não espere a alta atingir o pico. Não espere que um período de ganhos prossiga indefinidamente. Não teste demais a sua sorte. Parta do pressuposto de que tais períodos são breves. Quando atingir uma linha de chegada previamente estabelecida, liquide a posição e caia fora. Faça-o ainda que tudo pareça cor-de-rosa, mesmo que continue otimista e que todo mundo em volta esteja dizendo que a alta continuará rugindo sem parar.
Habitue-se a vender cedo demais. E , uma vez vendido, não se atormente se a alta continuar sem a sua presença. É muito provável que ela não vá durar muito. Se durar, console-se pensando nas tantas vezes em que, ter vendido cedo demais , protegeu seus ganhos que, de outra forma, teriam ido por água abaixo. (Prefiro fogo acima!)
Gramática
Alguém notou as mudanças gramaticais aprovadas pelo presidente Lula?
Elas facilitaram a vida dos pequenos globalizados?
Se encaixaram na didática dos tempos da informática?
E isso, chegou a ser uma melhoria?
Duplos sentidos e trocadilhos à parte, não gostei de perder o meu acento.
Elas facilitaram a vida dos pequenos globalizados?
Se encaixaram na didática dos tempos da informática?
E isso, chegou a ser uma melhoria?
Duplos sentidos e trocadilhos à parte, não gostei de perder o meu acento.
Crash da Bolsa Vuitton Americana - hipoteca, boneca!
É interessante notar que uma economia notável, repleta de produtos incalculáveis, seja baseada num terreno de gelo fino. Onde acima há, o maior buraco da camada de Ozonio, há também um derretimento nas bases da estrutura financeira. Assim como o é em cima, o é embaixo. E o buraco é mais íntimo do que se imagina.
Axiomas de Zurique: 1º Grande Axioma: O RISCO
Depois do choque da "quebra da bolsa" decidi re-ler um livro sobre in-vestimentos que estuda o mercado americano. Os Axiomas de Zurique. Isso sim, é um livro de auto-ajuda. Ele se refere ao mundo como um tabuleiro de jogos de apostas, e a vida como uma aventura financeira, onde as preocupações e os riscos são a mola propulsora. Fala do desinteresse que os países tem de invadir a Suiça pela sua geografia, mas que isso faz dos suiços ótimos jogadores. Que quem não corre riscos não vive. Se você não tem previsão de enriquecer sem se arriscar a perder tudo, não vive. Que salário fixo, pode trazer segurança, mas nunca riqueza.
"A vida é uma aventura, e por aventura entende-se: um episódio no qual se enfrenta algum tipo de risco e se procura superá-lo. Ao enfrentar riscos, a sua reação natural, sadia, será a de entrar num estado de preocupação".
Pois, bem são 12 axiomas; assim como meses do ano. Acho que em 1 ano hábil dá para se tornar uma boa especuladora sobre basicamente qualquer assunto.
1º Grande Axioma: DO RISCO
Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante. A preocupação com os seus investimentos faz de você uma pessoa com perspectiva. Afinal, amanhã pode tudo dar errado como pode dar certo 50% / 50%. Assim são as especulações sobre o mercado.
1º Axioma Menor: Só aposte o que valer a pena.
"Só se deve apostar o que se pode perder". Uma soma que, se eu perder, não representará diferença significativa no meu bem-estar financeiro. Este clichê é quebrado pelos axiomas. Afinal, sem o risco de ficar pobre não há o risco de enriquecer.
2º Axioma Menor: Resista à tentação das diversificações.
A diversificação possui três grandes defeitos:
- Obriaga-o a violar o preceito do 1º Axioma Menor, de que se devem sempre fazer apostas que valham a pena. Se o seu capital inicial todo já não é grande coisa, diversificá-lo só piora. Quanto mais se diversifica, menores se tornam as especulações.
- Ao diversificar, você cria uma situação em que, provavelmente, ganhos e perdas acabam se cancelando e o deixando exatamente onde começou - No Ponto Zero.
- Ao diversificar, você vira um artista de circo que tenta manter no ar uma porção de bolas ao mesmo tempo. Bolas demais.
Ao especular, você deve por o seu dinheiro em alternativas que realmente o atraiam, e em mais nenhuma. Jamais compre alguma coisa só porque precisa arredondar "uma carteira diversificada". PONHA TODOS OS SEUS OVOS NO MESMO CESTO, E TOME CONTA DO CESTO. É muito mais fácil tomar conta de um, ou de poucos cestos do que de uma dúzia deles. Quando a raposa aparecer querendo roubar os ovos você poderá cuidar dela sem ter que ficar correndo em círculos.
Estratégia Especulativa:
O 1° Grande Axioma aconselha você a arriscar o seu dinheiro. Sem ter medo de se machucar um pouco. Geralmente, a taxa de risco não chega a ser de arrepiar os cabelos. Ao se decidir a enfrentá-la, estará se dando a única chance realista de se por acima da pobreza (a de espírito também). O preço a pagar por esta chance gloriosa é um estado de preocupação permanente. Esta preocupação, porém, insiste o 1º Grande Axioma, não é a doença que a moderna psicologia acredita ser. É o molho forte e picante da vida. Quando você se habituar com seu gosto, não passará mais sem ele.
Nós que somos amadores podemos ler isto de uma forma romantica, como se axiomas falassem de amor e relacionamentos ou podemos realmente pensar no setor financeiro. Ou mesmo aproveitar o seu paradoxo e traçar uma linha paralela. Afinal, escolhemos cada um na sua forma de romance ideal, tipos que apreciam a boa vida.
"A vida é uma aventura, e por aventura entende-se: um episódio no qual se enfrenta algum tipo de risco e se procura superá-lo. Ao enfrentar riscos, a sua reação natural, sadia, será a de entrar num estado de preocupação".
Pois, bem são 12 axiomas; assim como meses do ano. Acho que em 1 ano hábil dá para se tornar uma boa especuladora sobre basicamente qualquer assunto.
1º Grande Axioma: DO RISCO
Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante. A preocupação com os seus investimentos faz de você uma pessoa com perspectiva. Afinal, amanhã pode tudo dar errado como pode dar certo 50% / 50%. Assim são as especulações sobre o mercado.
1º Axioma Menor: Só aposte o que valer a pena.
"Só se deve apostar o que se pode perder". Uma soma que, se eu perder, não representará diferença significativa no meu bem-estar financeiro. Este clichê é quebrado pelos axiomas. Afinal, sem o risco de ficar pobre não há o risco de enriquecer.
2º Axioma Menor: Resista à tentação das diversificações.
A diversificação possui três grandes defeitos:
- Obriaga-o a violar o preceito do 1º Axioma Menor, de que se devem sempre fazer apostas que valham a pena. Se o seu capital inicial todo já não é grande coisa, diversificá-lo só piora. Quanto mais se diversifica, menores se tornam as especulações.
- Ao diversificar, você cria uma situação em que, provavelmente, ganhos e perdas acabam se cancelando e o deixando exatamente onde começou - No Ponto Zero.
- Ao diversificar, você vira um artista de circo que tenta manter no ar uma porção de bolas ao mesmo tempo. Bolas demais.
Ao especular, você deve por o seu dinheiro em alternativas que realmente o atraiam, e em mais nenhuma. Jamais compre alguma coisa só porque precisa arredondar "uma carteira diversificada". PONHA TODOS OS SEUS OVOS NO MESMO CESTO, E TOME CONTA DO CESTO. É muito mais fácil tomar conta de um, ou de poucos cestos do que de uma dúzia deles. Quando a raposa aparecer querendo roubar os ovos você poderá cuidar dela sem ter que ficar correndo em círculos.
Estratégia Especulativa:
O 1° Grande Axioma aconselha você a arriscar o seu dinheiro. Sem ter medo de se machucar um pouco. Geralmente, a taxa de risco não chega a ser de arrepiar os cabelos. Ao se decidir a enfrentá-la, estará se dando a única chance realista de se por acima da pobreza (a de espírito também). O preço a pagar por esta chance gloriosa é um estado de preocupação permanente. Esta preocupação, porém, insiste o 1º Grande Axioma, não é a doença que a moderna psicologia acredita ser. É o molho forte e picante da vida. Quando você se habituar com seu gosto, não passará mais sem ele.
Nós que somos amadores podemos ler isto de uma forma romantica, como se axiomas falassem de amor e relacionamentos ou podemos realmente pensar no setor financeiro. Ou mesmo aproveitar o seu paradoxo e traçar uma linha paralela. Afinal, escolhemos cada um na sua forma de romance ideal, tipos que apreciam a boa vida.
Pacote de leitura
- Axiomas de Zurique
- Intuição
- O Livro dos Livros Perdidos
- Aurora, (Niti)
- Fetiche
- A História da Literatura Erótica
Ah é bom ter uma diversificação de temas!
Mas no quesito investimentos:
"Coloque todos os ovos num cesto só, e vigie o cesto".
- Ahahaha!
- Intuição
- O Livro dos Livros Perdidos
- Aurora, (Niti)
- Fetiche
- A História da Literatura Erótica
Ah é bom ter uma diversificação de temas!
Mas no quesito investimentos:
"Coloque todos os ovos num cesto só, e vigie o cesto".
- Ahahaha!
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