Na verdade cada um tem a si proprio e ao outro. Pois este existe naquele. E aquele existe, mas neste. Com efeito, enquanto eu te amo, eu me encontro amante, em ti, estando eu a pensar em mim, e recobro-me por mim mesmo, perdido na minha negligencia, conservando-me em ti. A mesma coisa fazes em mim.
Pois eu, depois que me perdi a mim mesmo, se por ti me recobro, por ti tenho a mim; se por ti tenho a mim, eu tenho antes e mais que a mim mesmo, e estou mais proximo de ti que de mim, visto que me ligo a mim precisamente por ti.
Camoes
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Teatro Alquimico
... Dadas as circunstancias, ao ressurgir a esperança, eu me encontro na
estranha situação de ter mais esperanças do que desejos. Um
impressentido raio de sol. Zibaldone (Idilios) - Teatro Alquimico
Teatro Alquimico
Seria o dia e a noite um mero mistério geométrico?
E tudo quanto nos cerca nesse intervalo métrico adquire um status de eterno presente.
O amor humano é uma preparação para o amor divino. Tudo parte na semelhança. E quando o amor é verdadeiro os amantes se identificam um com o outro. Passamos do amor solitário ao amor reciproco. Semelhança e reciprocidade fundamentam a sua estrutura: A semelhança gera o amor. A semelhança é uma certa natureza igual em vários. Pois se eu sou semelhante a ti, tu também és necessariamente semelhante a mim. Portanto, a mesma semelhança, que impele que eu te ame, assim como tu me amas, obriga-te também a me amares. - Ficino "Teatro Alquimico"
Camões: o amador se transforma na coisa amada e em si mesmo possui a parte desejada.
E tudo quanto nos cerca nesse intervalo métrico adquire um status de eterno presente.
O amor humano é uma preparação para o amor divino. Tudo parte na semelhança. E quando o amor é verdadeiro os amantes se identificam um com o outro. Passamos do amor solitário ao amor reciproco. Semelhança e reciprocidade fundamentam a sua estrutura: A semelhança gera o amor. A semelhança é uma certa natureza igual em vários. Pois se eu sou semelhante a ti, tu também és necessariamente semelhante a mim. Portanto, a mesma semelhança, que impele que eu te ame, assim como tu me amas, obriga-te também a me amares. - Ficino "Teatro Alquimico"
Camões: o amador se transforma na coisa amada e em si mesmo possui a parte desejada.
domingo, 22 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Teatro Alquimico - Elucubracoes
Diario de Leituras
Elucubro
Descubro que o principio de tudo teve inicio no fim daquela outra existencia, que houve antes. No fim daquelas particulas que se colidiram e formaram tudo como vemos, e vemos como somos, todo o cosmos.
... surpreendia nos versos a "impressao de um misterio onipresente". Da claridade lunar, talvez. Pura, difusa e glacial. Da noite metafisica. Quando a luz do nada brilha sobre o cosmos. Metafisica. Ou melhor: hiperfisica. - O por-da-Lua.
'Assim me vejo no antro-oficina, cercado por mil dicionarios e retortas, tradutor-boticario, experimentando sais, formulas e palavras, com destempero e melancolia. Mas nao me atenho a combinar e separar os multiplos sistemas, alheio ao que se passa dentro de mim. Percebo coisas. Sigo modificado por minhas mudancas. Transforma-se o amador na coisa amada. De tal modo que nao sei onde comeco e tampouco onde termino.
Cada objeto amado e' o centro de um paraiso. Novalis, Polen, frag. 50.
A morte ocupa o centro das coisas. Invade o universo. Devora-o impiedosamente. E nao deixa marcas. Onda universal, tudo naufraga. Fim do mundo. Dos homens. Dos deuses. "Cada parte do universo apressa-se, infatigavelmente, para a morte. Apenas um silencio desnudo e uma altissima quietude encherao o espaco imenso". Um mundo de vialacteas e de sois, que formam o nada, onde a vontade de viver e' cega, irracional, e se desdobra sem finalidade (voluntas / noluntas), que quer por querer e para aumentar a insatisfacao e a dor, segundo O mundo como vontade e representacao. Parece mesmo algo lucreciano (sem a harmonia da Alma Venus) inspirando seu universo como no "Cantico do Galo Silvestre":
Mortais, despertai. Nao estais ainda livres da vida. Vira' o tempo em que nenhuma forca exterior, nenhum intrinseco movimento vos resgatara' da quietude e do sono, mas nela sempre e inesgotavelmente repousareis.
Quando isso ocorrer, nada mais sendo exilio, um silencio universal cobrira' todo o universo. Havendo universo. Quase um eterno retorno:
Cada parte do universo apressa-se, infatigavelmente para a morte com solicitudee celeridade admiraveis. Apenas o proprio planeta parece imune a decadencia e ao declinio. Contudo, se no outono e no inverno mostra-se quase enfermo e velho, nao menos na nova estacao, rejuvenesce sempre. Mas como os mortais no primeiro momento de cada dia readquirem uma parte da juventude., assim envelhecem todos os dias e finalmente se extinguem; igualmente o universo no principio de cada ano renasce e nem por isso deixa de continuamente envelhecer. Tempo vira em que ele e a propria natureza se apagarao. Assim como de grandes reinos e imperios humanos com seus movimentos maravilhosos, famosissimos em outros tempos, nada resta hoje dos indicios ou fama; o mesmo do mundo inteiro, dos acontecimentos infinitos e das calamidades das coisas criadas, nao restara um vestigio sequer. Apenas um silencio nu e uma altissima quietude encherao o espaco imenso [lembrando aqui partes de "O Infinito"]. Assim esse arcano admiravel e espantoso da existencia universal, antes de ser declarado ou compreendido, se extinguira' e perdera'.
Elucubro
Descubro que o principio de tudo teve inicio no fim daquela outra existencia, que houve antes. No fim daquelas particulas que se colidiram e formaram tudo como vemos, e vemos como somos, todo o cosmos.
... surpreendia nos versos a "impressao de um misterio onipresente". Da claridade lunar, talvez. Pura, difusa e glacial. Da noite metafisica. Quando a luz do nada brilha sobre o cosmos. Metafisica. Ou melhor: hiperfisica. - O por-da-Lua.
'Assim me vejo no antro-oficina, cercado por mil dicionarios e retortas, tradutor-boticario, experimentando sais, formulas e palavras, com destempero e melancolia. Mas nao me atenho a combinar e separar os multiplos sistemas, alheio ao que se passa dentro de mim. Percebo coisas. Sigo modificado por minhas mudancas. Transforma-se o amador na coisa amada. De tal modo que nao sei onde comeco e tampouco onde termino.
Cada objeto amado e' o centro de um paraiso. Novalis, Polen, frag. 50.
A morte ocupa o centro das coisas. Invade o universo. Devora-o impiedosamente. E nao deixa marcas. Onda universal, tudo naufraga. Fim do mundo. Dos homens. Dos deuses. "Cada parte do universo apressa-se, infatigavelmente, para a morte. Apenas um silencio desnudo e uma altissima quietude encherao o espaco imenso". Um mundo de vialacteas e de sois, que formam o nada, onde a vontade de viver e' cega, irracional, e se desdobra sem finalidade (voluntas / noluntas), que quer por querer e para aumentar a insatisfacao e a dor, segundo O mundo como vontade e representacao. Parece mesmo algo lucreciano (sem a harmonia da Alma Venus) inspirando seu universo como no "Cantico do Galo Silvestre":
Mortais, despertai. Nao estais ainda livres da vida. Vira' o tempo em que nenhuma forca exterior, nenhum intrinseco movimento vos resgatara' da quietude e do sono, mas nela sempre e inesgotavelmente repousareis.
Quando isso ocorrer, nada mais sendo exilio, um silencio universal cobrira' todo o universo. Havendo universo. Quase um eterno retorno:
Cada parte do universo apressa-se, infatigavelmente para a morte com solicitudee celeridade admiraveis. Apenas o proprio planeta parece imune a decadencia e ao declinio. Contudo, se no outono e no inverno mostra-se quase enfermo e velho, nao menos na nova estacao, rejuvenesce sempre. Mas como os mortais no primeiro momento de cada dia readquirem uma parte da juventude., assim envelhecem todos os dias e finalmente se extinguem; igualmente o universo no principio de cada ano renasce e nem por isso deixa de continuamente envelhecer. Tempo vira em que ele e a propria natureza se apagarao. Assim como de grandes reinos e imperios humanos com seus movimentos maravilhosos, famosissimos em outros tempos, nada resta hoje dos indicios ou fama; o mesmo do mundo inteiro, dos acontecimentos infinitos e das calamidades das coisas criadas, nao restara um vestigio sequer. Apenas um silencio nu e uma altissima quietude encherao o espaco imenso [lembrando aqui partes de "O Infinito"]. Assim esse arcano admiravel e espantoso da existencia universal, antes de ser declarado ou compreendido, se extinguira' e perdera'.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
To my Immortal Beloved - Beethoven - Ode to Joy
http://www.youtube.com/watch?v=AmVNXwSBdkE
E preciso ter caos dentro de si para dar a luz a uma estrela dancante - E assim falou Zaratrusta
Takes caos within you to give give birth to a dancing star
Teatro Alquimico - Diario de Leituras
Tudo quanto se perdia na Terra, achava-se na Lua: lagrimas de amor, tempos ociosos, coroas de reis e rainhas, escombros de palacios e castelos, moedas esquecidas e ampolas, especialmente aquela onde estava escrito razao de Orlando, que seu primo Astolfo, cuidou de trazer de volta ao nobre paladino. Paisagem lunar de Ariosto. - Teatro Alquimico
Teatro Alquimico - Diario de Leituras
'A Sombra do Texto em Flor
Imaginemos
Um ponto cego
Um ponto cardeal
Um ponto cardeal cego.
Imaginemos
Um texto em flor
'A sua sombra
Um quinto ponto.
Haveria um ponto cardeal
Central e cego
'A sombra de um texto em flor?
(Intertextos)
*rosa dos ventos
Imaginemos
Um ponto cego
Um ponto cardeal
Um ponto cardeal cego.
Imaginemos
Um texto em flor
'A sua sombra
Um quinto ponto.
Haveria um ponto cardeal
Central e cego
'A sombra de um texto em flor?
(Intertextos)
*rosa dos ventos
Ineditismo
A procura do inedito
De um verso ainda nao revelado
Que nao fosse famoso
Posso eu inventa-lo
A sua essencia
Sua aura
Sua falta de razao
Ainda nao foi dita
Veio do inefavel
Das maritacas que tagarelamna janela na copa das arvores
Uma conversa sem fim
Dentro de mim
De um verso ainda nao revelado
Que nao fosse famoso
Posso eu inventa-lo
A sua essencia
Sua aura
Sua falta de razao
Ainda nao foi dita
Veio do inefavel
Das maritacas que tagarelam
Uma conversa sem fim
Dentro de mim
terça-feira, 10 de julho de 2012
19- O Beijo - The Kiss
Ao lermos o dicionario, beijar e' um ato simples "aplicar, pousar a boca spbre uma pessoa ou uma coisa por afeto, amor, respeito" diz ele. Os espiritos mais vulgares verao que podemos renunciar a esses nobres sentimentos; quando nos beijamos, "podemos estar nos relcionando apenas sexualmente", mas, ele diz ainda, "quando nao nos beijamos " e' que nao entendemos nada!
O dicionario define; nao se interroga, nao de admira. Beijar e' no entanto um curioso habito dos seres humanos; alias; tao curioso que nem todos o praticam em sua primeira acepcao. Talvez seja por isso que a representacaodo beijo que vem espontaneamente ao espirito seja tao desconcertante. Nao e' verdade que que se impoe a imagem pura e cristalina do beijo do Eden e do idilio, do beijo do cinema, cronometrado, longo e bom, ou a do primeiro beijo de amor terno. O que surge, antes, sao os rubores de um pudor melindrado, emocoes contraditorias que afloram desordenadas. Uma certa circunspeccao tambem: o gesto e' muito proximo, muito intimo; ja nao sabemos se amamos ou nao; isso depende do momento, do outro e do genero. Ha muitas especies de beijos - talvez uma variacao do mesmo? O beijo materno, aquele sem o qual a crianca nao dorme ou aquele dado de forma superticiosa na ida a escola. O beijo paterno, sem o qual o exito e' dificil. O beijo dos apaixonados, dos amantes, na falta de termo melhor. O beijo fatico, distribuido da ponta dos labios, no qual nao pensamos. Perturbador, o beijo de adeus, que pesa na memoria, E depois, o ultimo beijo, como o ultimo suspiro.
E, no entanto, quase todos nos, que praticamos o beijo, sabemos o que e': um gesto, um comportamento, um ato. Um gesto aprendido. Nao sabemos executa-lo ao nascer. O recem-nascido mama, suga, lambe, mordisca - as vezes dolorosamente - o seio materno e qualquer objeto. Ele e' o que seus labios tocam. Talvez seja dessa fusao que o beijo nasca, condicao a priori e si ne qua nonpara a realizacao do gesto. E quando, certo dia fica claro que a crianca sabe beijar todos se alegram um tanto ingenuamente, sem medir o caminho percorrido sem muita consciencia de que se trata de uma entrada no mundo. A partir de entao, o beijo e' pedido, encenado, representado, e tambem recusado. Beijar e' demosntrar que amamos, temos confianca, nao temos medo, reconhecemos o outro e ate nos entregamos.
.....................................................................................................................................................................
In reading the dictionary, kiss is a simple act "applying to land the mouth spbre a person or thing for affection, love, respect," he says. The spirits most common summer we can dispense with these noble sentiments, and when we kiss, "we may be relcionando just sexually," but he also says, "when not kissed" and "who do not understand anything!
The dictionary defines, not wonders, not to admire. Kiss is however a curious habit of human beings; alias, so curious that not all practice it in its first sense. Maybe that's why the representacaodo kiss that comes spontaneously to mind is so confusing. It is not 'true that the image that imposes pure crystalline Kiss Eden and the idyll, kiss movie, timed, long, good, or the first kiss of love suit. What emerges, rather, are the blushes of modesty uneasy, contradictory emotions that surface disordered. A certain caution, too: the gesture is very close, very intimate, it no longer know whether we love or not, it depends on time, and the other gender. There are many species of kisses - perhaps a variation of it? The mother's kiss, the one without which the child sleeps or not so superstitious that given the way the school. The paternal kiss, without which the success is hard. The kiss of love, lovers, in the absence of a better term. The kiss factual, distributed from the tip of the lips, in which we do not think. Disturbing the farewell kiss, which weighs in memory, And then, one last kiss, as the last breath.
And yet, most of us who practice the kiss, and we know what ': a gesture, a behavior, an act. A gesture learned. We do not know to run it at birth. The newborn breast, suck, lick, nibble - sometimes painfully - the breast and any object. He and 'what your lips touch. Perhaps it is this fusion that the kiss Nasca, a priori condition and you ne Wed nonpara the realization of the gesture. And when one day it becomes clear that the child knows kiss all rejoice somewhat naively, without measuring the path without much conscious that this is an entry in the world. Since then, the kiss and 'request, staged, represented, and also refused. Kiss is to demonstrate we love, we trust, we have no fear, and recognize each other until we surrender.
O dicionario define; nao se interroga, nao de admira. Beijar e' no entanto um curioso habito dos seres humanos; alias; tao curioso que nem todos o praticam em sua primeira acepcao. Talvez seja por isso que a representacaodo beijo que vem espontaneamente ao espirito seja tao desconcertante. Nao e' verdade que que se impoe a imagem pura e cristalina do beijo do Eden e do idilio, do beijo do cinema, cronometrado, longo e bom, ou a do primeiro beijo de amor terno. O que surge, antes, sao os rubores de um pudor melindrado, emocoes contraditorias que afloram desordenadas. Uma certa circunspeccao tambem: o gesto e' muito proximo, muito intimo; ja nao sabemos se amamos ou nao; isso depende do momento, do outro e do genero. Ha muitas especies de beijos - talvez uma variacao do mesmo? O beijo materno, aquele sem o qual a crianca nao dorme ou aquele dado de forma superticiosa na ida a escola. O beijo paterno, sem o qual o exito e' dificil. O beijo dos apaixonados, dos amantes, na falta de termo melhor. O beijo fatico, distribuido da ponta dos labios, no qual nao pensamos. Perturbador, o beijo de adeus, que pesa na memoria, E depois, o ultimo beijo, como o ultimo suspiro.
E, no entanto, quase todos nos, que praticamos o beijo, sabemos o que e': um gesto, um comportamento, um ato. Um gesto aprendido. Nao sabemos executa-lo ao nascer. O recem-nascido mama, suga, lambe, mordisca - as vezes dolorosamente - o seio materno e qualquer objeto. Ele e' o que seus labios tocam. Talvez seja dessa fusao que o beijo nasca, condicao a priori e si ne qua nonpara a realizacao do gesto. E quando, certo dia fica claro que a crianca sabe beijar todos se alegram um tanto ingenuamente, sem medir o caminho percorrido sem muita consciencia de que se trata de uma entrada no mundo. A partir de entao, o beijo e' pedido, encenado, representado, e tambem recusado. Beijar e' demosntrar que amamos, temos confianca, nao temos medo, reconhecemos o outro e ate nos entregamos.
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In reading the dictionary, kiss is a simple act "applying to land the mouth spbre a person or thing for affection, love, respect," he says. The spirits most common summer we can dispense with these noble sentiments, and when we kiss, "we may be relcionando just sexually," but he also says, "when not kissed" and "who do not understand anything!
The dictionary defines, not wonders, not to admire. Kiss is however a curious habit of human beings; alias, so curious that not all practice it in its first sense. Maybe that's why the representacaodo kiss that comes spontaneously to mind is so confusing. It is not 'true that the image that imposes pure crystalline Kiss Eden and the idyll, kiss movie, timed, long, good, or the first kiss of love suit. What emerges, rather, are the blushes of modesty uneasy, contradictory emotions that surface disordered. A certain caution, too: the gesture is very close, very intimate, it no longer know whether we love or not, it depends on time, and the other gender. There are many species of kisses - perhaps a variation of it? The mother's kiss, the one without which the child sleeps or not so superstitious that given the way the school. The paternal kiss, without which the success is hard. The kiss of love, lovers, in the absence of a better term. The kiss factual, distributed from the tip of the lips, in which we do not think. Disturbing the farewell kiss, which weighs in memory, And then, one last kiss, as the last breath.
And yet, most of us who practice the kiss, and we know what ': a gesture, a behavior, an act. A gesture learned. We do not know to run it at birth. The newborn breast, suck, lick, nibble - sometimes painfully - the breast and any object. He and 'what your lips touch. Perhaps it is this fusion that the kiss Nasca, a priori condition and you ne Wed nonpara the realization of the gesture. And when one day it becomes clear that the child knows kiss all rejoice somewhat naively, without measuring the path without much conscious that this is an entry in the world. Since then, the kiss and 'request, staged, represented, and also refused. Kiss is to demonstrate we love, we trust, we have no fear, and recognize each other until we surrender.
18- O Beijo - The Kiss
Tu ne sais pas encore, ma colombe, comment on embrasse chez nous,
Jusqu'au craquement des os, jusqu'a l'etranglement, on etreint, et l'on presse, poitrine a poitrine, jusqu'a ce qu'aucundes deux ne sache plus quel est son coeur, ni quel est le coeur de l'autre.
La levre a la levre se colle et brule d'une flamme de pourpre;
et la bouche de l'un a la bouche de l'autre aspire la jeunesse
Matiere et corps ont disparu. Silence.
Il ne rest plus qu'un souffle et qu'une ame.
Elles ne sont plus, le limites des murs, la terre d'en basn'est plus
L' univers tient dans le baiser; sur le baiser, le monde est suspendu.
Silence, silence: le baiser, que nul ne l'interrompe, de peur d'arreter le monde, de peur de briser l'univers
Voce ainda nao sabe, minha pomba,
Como se beija na nossa casa
Ate o estalar dos ossos, ate o estrangulamento,
Nos estreitamos e apertamos, peito contra peito,
Ate que nenhum dos dois saiba mais qual e' o seu coracao nem qual e' o do outro
O labio no labio cola e queima como uma chama purpura;
E a boca de um na boca do outro aspira a juventude
Materia e corpo desaparecem
Silencio.
So ha um sopro e uma alma
Nao existem mais as palavras dos homens
So existe ainda o falar das pupilas
Nao mais existem os limites dos muros
Nao existe mais a terra abaixo
O universo conserva-se em um beijo
O mundo esta suspenso no beijo
Silencio.
Silencio:
Que ninguem interrompa o beijo,
Por medo de parar o mundo,
Por medo de partir o universo
Le Baiser, Zalman Scheneour traduzido do hebraico - Anthologie de la poesie juive du monde entier depuis les temps bibliques justqu'a nos jours.
.......................................................................................................................................................................
You still do not know, my dove,
How to kiss in our house
Until the clicking of bones, until the choke
We narrowed and shook, breast to breast,
Until neither of which, and learn more 'or what your heart and' the other
The lip on lip glue and burns like a flame purple;
And the mouth of the mouth of the other aspiring youth
Materia and body disappear
Silence.
There was just a blast and a soul
There is no more the words of men
So there is still the talk of the pupils
No longer exist the limits of the walls
There is more to earth below
The universe is conserved in a kiss
The world is suspended in the kiss
Silence.
silence:
That no one interrupts the kiss,
For fear of stopping the world,
For fear of the universe from
Le Baiser, Zalman Scheneour translated from the Hebrew - Anthologie de la poesie du monde entier Juive depuis les temps in bibliques justqu'a jours.
Jusqu'au craquement des os, jusqu'a l'etranglement, on etreint, et l'on presse, poitrine a poitrine, jusqu'a ce qu'aucundes deux ne sache plus quel est son coeur, ni quel est le coeur de l'autre.
La levre a la levre se colle et brule d'une flamme de pourpre;
et la bouche de l'un a la bouche de l'autre aspire la jeunesse
Matiere et corps ont disparu. Silence.
Il ne rest plus qu'un souffle et qu'une ame.
Elles ne sont plus, le limites des murs, la terre d'en basn'est plus
L' univers tient dans le baiser; sur le baiser, le monde est suspendu.
Silence, silence: le baiser, que nul ne l'interrompe, de peur d'arreter le monde, de peur de briser l'univers
Voce ainda nao sabe, minha pomba,
Como se beija na nossa casa
Ate o estalar dos ossos, ate o estrangulamento,
Nos estreitamos e apertamos, peito contra peito,
Ate que nenhum dos dois saiba mais qual e' o seu coracao nem qual e' o do outro
O labio no labio cola e queima como uma chama purpura;
E a boca de um na boca do outro aspira a juventude
Materia e corpo desaparecem
Silencio.
So ha um sopro e uma alma
Nao existem mais as palavras dos homens
So existe ainda o falar das pupilas
Nao mais existem os limites dos muros
Nao existe mais a terra abaixo
O universo conserva-se em um beijo
O mundo esta suspenso no beijo
Silencio.
Silencio:
Que ninguem interrompa o beijo,
Por medo de parar o mundo,
Por medo de partir o universo
Le Baiser, Zalman Scheneour traduzido do hebraico - Anthologie de la poesie juive du monde entier depuis les temps bibliques justqu'a nos jours.
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You still do not know, my dove,
How to kiss in our house
Until the clicking of bones, until the choke
We narrowed and shook, breast to breast,
Until neither of which, and learn more 'or what your heart and' the other
The lip on lip glue and burns like a flame purple;
And the mouth of the mouth of the other aspiring youth
Materia and body disappear
Silence.
There was just a blast and a soul
There is no more the words of men
So there is still the talk of the pupils
No longer exist the limits of the walls
There is more to earth below
The universe is conserved in a kiss
The world is suspended in the kiss
Silence.
silence:
That no one interrupts the kiss,
For fear of stopping the world,
For fear of the universe from
Le Baiser, Zalman Scheneour translated from the Hebrew - Anthologie de la poesie du monde entier Juive depuis les temps in bibliques justqu'a jours.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
17- O Beijo - The Kiss
Vitais, Nutritivos, Primordiais
Ha no beijo algo da ordem do dom, da oferenda. Nos nos abrimos, confiamos, abandonamos temporariamente nossas defesas. E reciprocamente buscamos captar uma parte da vida do outro, conhece-lo, acolhe-lo. Essa troca, porem, pode acabar logo, pode transformar-se em rapto, em violencia. Por tocar o proprio principio da vida - o sopro -, o beijo as vezes flerta com a morte...
Vital, Nutritious, Primordial
There in the kiss on the order of the gift, the offering. In the open, trust, temporarily abandon our defenses. And conversely seek to capture a part of the life of another, knows it, accepts it. This exchange, however, may end soon, can become a kidnapping in violence. By touching the very principle of life - the breath - the kiss sometimes flirts with death ...
Ha no beijo algo da ordem do dom, da oferenda. Nos nos abrimos, confiamos, abandonamos temporariamente nossas defesas. E reciprocamente buscamos captar uma parte da vida do outro, conhece-lo, acolhe-lo. Essa troca, porem, pode acabar logo, pode transformar-se em rapto, em violencia. Por tocar o proprio principio da vida - o sopro -, o beijo as vezes flerta com a morte...
Vital, Nutritious, Primordial
There in the kiss on the order of the gift, the offering. In the open, trust, temporarily abandon our defenses. And conversely seek to capture a part of the life of another, knows it, accepts it. This exchange, however, may end soon, can become a kidnapping in violence. By touching the very principle of life - the breath - the kiss sometimes flirts with death ...
16- O Beijo - The Kiss
O beijo e' uma demonstracao de afeto, um gesto simbolico de afirmacao de vinculo com o outro.
O acesso ao corpo do outro em uma relacao amorosa nao suscinta nenhuma reticencia, quer se trate do sexo quer do rosto. O erotismo ou a ternura pouco medem as caricias, os beijos na boca, na face, no pescoco ou nas outras partes do corpo. O prazer partilhado na oralidade se estende no gozo nao apenas do rosto, mas de todas as partes em que os labios pousam, pois no desejo do outro tudo e' desejo tudo e' jubilo. "Teus labios sao favo escorrendo, o' noiva minha, tens leite e mel sob a lingua" diz o amado do Cantico dos Canticos(4,11), respondendo ao chamado da bem-amada: "Que me beije com beijos de sua boca! Teus amores sao melhores que o vinho" (1,2). O beijo na boca que comprime os labios e mistura os corpos, e' o ato dos amantes, e nao e' visto em nenhum outro dos rituais da vida cotidiana. "Cada beijo chama um outro beijo", diz Proust. "Ah! Nos primeiros tempos do amor, nascem tao naturalmente os beijos! Acorrem, apertando-se uns contra os outros; e ter-se-ia tanta dificuldade em contar os beijos dados numa hora como as flores de um campo no mes de maio" Albert Cohen deixa a pena correr com a mesma emocao:
Oh! Inicios, dois desconhecidos de repente maravilhosamente se conhecendo, labios na labuta, linguas temerarias, linguas nunca satisfeitas, linguas se buscando e se confundindo, linguas em combate, mescladas em terno sopro, santo trabalho, sumos das bocas, bocas se alimentando uma da outra, alimentos de juventude...
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The kiss is a demonstration of affection, a symbolic gesture of affirmation of relationship with each other.
Access to the other's body in a loving relationship is not succinct no reticence, whether sex or facial. The eroticism and tenderness just measure the caresses, kisses in the mouth, face, neck or elsewhere in the body. The shared pleasure in speaking extends the enjoyment not only of the face, but all parties that the lip land, because in the desire of the other everything is desire and all are wishes are jubilation. "Your lips are dripping honeycomb, 'my bride, you have milk and honey under the tongue," says the beloved of the Song of Songs (4.11), answering the call of the beloved: "That kiss me with kisses of his mouth ! your loves are better than wine "(1.2). The kiss on the mouth and lips which compresses the mixture of bodies, 'is the act of lovers, and it is not' seen in any other of the rituals of everyday life. "Every kiss calls another kiss," says Proust. "Ah, the early days of love, so naturally the kisses spring! They gather, pressing against each other, and would have much difficulty in counting the kisses data at a time like the flowers of a field in the month of May "Albert Cohen leaves off running with the same emotion:
Oh! Beginnings, two strangers suddenly wonderfully knowing, in toil lips, daring tongues, tongues have never met, tongues are seeking and getting confused, languages in combat, mixed in tender breath, holy work, juices mouths, mouths to feed each other , food of youth ...
O acesso ao corpo do outro em uma relacao amorosa nao suscinta nenhuma reticencia, quer se trate do sexo quer do rosto. O erotismo ou a ternura pouco medem as caricias, os beijos na boca, na face, no pescoco ou nas outras partes do corpo. O prazer partilhado na oralidade se estende no gozo nao apenas do rosto, mas de todas as partes em que os labios pousam, pois no desejo do outro tudo e' desejo tudo e' jubilo. "Teus labios sao favo escorrendo, o' noiva minha, tens leite e mel sob a lingua" diz o amado do Cantico dos Canticos(4,11), respondendo ao chamado da bem-amada: "Que me beije com beijos de sua boca! Teus amores sao melhores que o vinho" (1,2). O beijo na boca que comprime os labios e mistura os corpos, e' o ato dos amantes, e nao e' visto em nenhum outro dos rituais da vida cotidiana. "Cada beijo chama um outro beijo", diz Proust. "Ah! Nos primeiros tempos do amor, nascem tao naturalmente os beijos! Acorrem, apertando-se uns contra os outros; e ter-se-ia tanta dificuldade em contar os beijos dados numa hora como as flores de um campo no mes de maio" Albert Cohen deixa a pena correr com a mesma emocao:
Oh! Inicios, dois desconhecidos de repente maravilhosamente se conhecendo, labios na labuta, linguas temerarias, linguas nunca satisfeitas, linguas se buscando e se confundindo, linguas em combate, mescladas em terno sopro, santo trabalho, sumos das bocas, bocas se alimentando uma da outra, alimentos de juventude...
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The kiss is a demonstration of affection, a symbolic gesture of affirmation of relationship with each other.
Access to the other's body in a loving relationship is not succinct no reticence, whether sex or facial. The eroticism and tenderness just measure the caresses, kisses in the mouth, face, neck or elsewhere in the body. The shared pleasure in speaking extends the enjoyment not only of the face, but all parties that the lip land, because in the desire of the other everything is desire and all are wishes are jubilation. "Your lips are dripping honeycomb, 'my bride, you have milk and honey under the tongue," says the beloved of the Song of Songs (4.11), answering the call of the beloved: "That kiss me with kisses of his mouth ! your loves are better than wine "(1.2). The kiss on the mouth and lips which compresses the mixture of bodies, 'is the act of lovers, and it is not' seen in any other of the rituals of everyday life. "Every kiss calls another kiss," says Proust. "Ah, the early days of love, so naturally the kisses spring! They gather, pressing against each other, and would have much difficulty in counting the kisses data at a time like the flowers of a field in the month of May "Albert Cohen leaves off running with the same emotion:
Oh! Beginnings, two strangers suddenly wonderfully knowing, in toil lips, daring tongues, tongues have never met, tongues are seeking and getting confused, languages in combat, mixed in tender breath, holy work, juices mouths, mouths to feed each other , food of youth ...
15- O Beijo - The Kiss
As interacoes da vida cotidiana - cumprimentar, despedir-se, sentar-se em um bar, entrar em um teatro, participar de uma reuniao, fazer compras, conversar com amigos, encontrar com a familia etc. - implicam mimicas e gestos especificos. Eles nao se desenvolvem espontaneamente; a distancia ou a efusao participam de uma ordem ritual que todos esperam ser respeitada. Um 'dialeto de conduta' (Goffman, Les rites d'interaction) comanda o conteudo das palavras pronunciadas, seu ritmo, seu tom; alimenta os movimentos do corpo, o sutil jogo dos olhares, as mimicas, os gestos, as posturas; indica as zonas de contato e as zonas proibidas do corpo, sob pena de causar embaraco ou de violentar. No encontro com o outro, seja familiar ou estranho, nada e' deixado ao acaso de uma improvisacao. Tem o feeling, a empatia, a quimica e a reacao causada no corpo do outro pelos feromonios.
Essa coerencia dos signos trocados, sua reparticao, forma e ritmo tem origem em uma ordem simbolica propria a uma condicao social e cultural, matizada pelas particularidades de cada um. Os ritos de interacaosao antes de tudo encenacoes ordernadas e inteligiveis de condutas individuais e sugerem um modo de uso do corpo e da palavra para as trocas com o outro, uma definicao do licito e do ilicito no acesso ao corpo, de acordo com as circunstacias. A obediencia mutua a esses signos permite recuperar rapidamente qualquer violacao as normas de conduta com um significado particular que so' o contexto esta' habilitado a distinguir. Em nossas sociedades, por exemplo, ao pegar subitamente a mao de uma mulher que acabou de conhecer, o homem explicita sua vontade de ir mais longe e testa, para tanto, a determinacao dela segundo a atitude de recuo ou adesao que ela manifestar. Ela pode retirar a mao, sorrindo, para mostrar que o interlocutor esta indo muito rapido, mas que o vinculo nao foi rompido, ou pode expressar claramente sua reprovacao. A ruptura com os costumes tem valor indicativo. De acordo com a resposta do outro, ela pode ou nao abrir uma nova dimensao de troca. Mas o mesmo gesto pode se inscrever em uma maneira habitual de agir na ternura de um casal ja constituido. A propria situacao enuncia o significado do ato.
O tratamento do corpo na interacao sublinha entao proibicoes especificas, principalmente no que se refere ao rosto e as zonas conotadas sexualemente. Nas sociedades ocidentais, mesmo quando excepcionalmente se toca o interlocutor com um gesto de furtivo no braco ou nas maos para enfatizar um proposito ou sublinhar a compaixao, evita-se sempre o sexo e o rosto. Aproximar-se do rosto e' ilicito, a nao ser em circunstancias muito precisas: alem das caricias na face ou no queixo, proprias da ternura amorosa ou do relacionamento com uma crianca, o beijo e' usado frequentemente mas codificado de modo meticuloso para nao ser distribuido em profusao. Tres modalidades de beijo tem perfis sociais e se abrem para formas e significados bem diferentes: sinais de afeto, rito de entrada e de saida na interacao e forma de congratulacao.
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The interactions of everyday life -greetings, hello, say goodbye, sitting in a bar, get into a theater, attend a meeting, shopping, chat with friends, meet with the family etc.. - Mean specific gestures and mime. They do not develop spontaneously, the distance or the outpouring participate in a ritual order that all expect to be respected. A 'dialect of conduct' (Goffman, Les rites d'interaction) controls the content of spoken words, its rhythm, tone, nourishes the body's movements, the subtle play of looks, the mime, gestures, postures, indicates the contact zones and prohibited areas of the body, failing to cause embarrassment or ravish. At the meeting with the other, whether family or stranger, are anything left to chance an improvisation. It has the feeling, empathy, and chemical reaction in the body caused by the other pheromones.
This coherence of the signs changed, its distribution, form and rhythm originates in a symbolic order to own a social and cultural condition, colored by the peculiarities of each. Rites of interacaosao primarily ordernadas and intelligible enactments of individual behavior and suggest a way to use the body and the floor to trade with one another, a definition of licit and illicit access to the body, according to circunstacias. The mutual obedience to these signs allows you to recover quickly any violation of the rules of conduct with a particular meaning so that 'the context is' able to distinguish. In our societies, for example, to suddenly grab the hand of a woman he just met the man expresses his willingness to go further and test for both, according to the determination of her attitude of retreat or she manifested adherence. She can withdraw the hand, smiling, to show that the speaker is going very fast, but the link was not broken, or it can clearly express their disapproval. The break with the customs has an indicative value. According to the response of the other, it may or may not open a new dimension of exchange. But the same gesture can enroll in a normal way to act in the tenderness of a couple already constituted. The very situation sets out the meaning of the act.
Treatment of the interaction points in the body then specific prohibitions, especially with regard to the face areas and connoted sexually. In Western societies, even when the caller is played exceptionally with a furtive gesture of the arm or the hands to emphasize a purpose and emphasize the compassion, is always prevents sex and face. Moving closer to the face be illicit, not to be in very precise circumstances, beyond the stroking of the face or chin, own tenderness or love relationship with a child, the kiss is but often used coded so careful not to be distributed in profusion. Three forms of social kiss has profiles and open to different forms and meanings as well: signs of affection, the rite of entry and exit in the form of interaction and congratulation.
Essa coerencia dos signos trocados, sua reparticao, forma e ritmo tem origem em uma ordem simbolica propria a uma condicao social e cultural, matizada pelas particularidades de cada um. Os ritos de interacaosao antes de tudo encenacoes ordernadas e inteligiveis de condutas individuais e sugerem um modo de uso do corpo e da palavra para as trocas com o outro, uma definicao do licito e do ilicito no acesso ao corpo, de acordo com as circunstacias. A obediencia mutua a esses signos permite recuperar rapidamente qualquer violacao as normas de conduta com um significado particular que so' o contexto esta' habilitado a distinguir. Em nossas sociedades, por exemplo, ao pegar subitamente a mao de uma mulher que acabou de conhecer, o homem explicita sua vontade de ir mais longe e testa, para tanto, a determinacao dela segundo a atitude de recuo ou adesao que ela manifestar. Ela pode retirar a mao, sorrindo, para mostrar que o interlocutor esta indo muito rapido, mas que o vinculo nao foi rompido, ou pode expressar claramente sua reprovacao. A ruptura com os costumes tem valor indicativo. De acordo com a resposta do outro, ela pode ou nao abrir uma nova dimensao de troca. Mas o mesmo gesto pode se inscrever em uma maneira habitual de agir na ternura de um casal ja constituido. A propria situacao enuncia o significado do ato.
O tratamento do corpo na interacao sublinha entao proibicoes especificas, principalmente no que se refere ao rosto e as zonas conotadas sexualemente. Nas sociedades ocidentais, mesmo quando excepcionalmente se toca o interlocutor com um gesto de furtivo no braco ou nas maos para enfatizar um proposito ou sublinhar a compaixao, evita-se sempre o sexo e o rosto. Aproximar-se do rosto e' ilicito, a nao ser em circunstancias muito precisas: alem das caricias na face ou no queixo, proprias da ternura amorosa ou do relacionamento com uma crianca, o beijo e' usado frequentemente mas codificado de modo meticuloso para nao ser distribuido em profusao. Tres modalidades de beijo tem perfis sociais e se abrem para formas e significados bem diferentes: sinais de afeto, rito de entrada e de saida na interacao e forma de congratulacao.
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The interactions of everyday life -greetings, hello, say goodbye, sitting in a bar, get into a theater, attend a meeting, shopping, chat with friends, meet with the family etc.. - Mean specific gestures and mime. They do not develop spontaneously, the distance or the outpouring participate in a ritual order that all expect to be respected. A 'dialect of conduct' (Goffman, Les rites d'interaction) controls the content of spoken words, its rhythm, tone, nourishes the body's movements, the subtle play of looks, the mime, gestures, postures, indicates the contact zones and prohibited areas of the body, failing to cause embarrassment or ravish. At the meeting with the other, whether family or stranger, are anything left to chance an improvisation. It has the feeling, empathy, and chemical reaction in the body caused by the other pheromones.
This coherence of the signs changed, its distribution, form and rhythm originates in a symbolic order to own a social and cultural condition, colored by the peculiarities of each. Rites of interacaosao primarily ordernadas and intelligible enactments of individual behavior and suggest a way to use the body and the floor to trade with one another, a definition of licit and illicit access to the body, according to circunstacias. The mutual obedience to these signs allows you to recover quickly any violation of the rules of conduct with a particular meaning so that 'the context is' able to distinguish. In our societies, for example, to suddenly grab the hand of a woman he just met the man expresses his willingness to go further and test for both, according to the determination of her attitude of retreat or she manifested adherence. She can withdraw the hand, smiling, to show that the speaker is going very fast, but the link was not broken, or it can clearly express their disapproval. The break with the customs has an indicative value. According to the response of the other, it may or may not open a new dimension of exchange. But the same gesture can enroll in a normal way to act in the tenderness of a couple already constituted. The very situation sets out the meaning of the act.
Treatment of the interaction points in the body then specific prohibitions, especially with regard to the face areas and connoted sexually. In Western societies, even when the caller is played exceptionally with a furtive gesture of the arm or the hands to emphasize a purpose and emphasize the compassion, is always prevents sex and face. Moving closer to the face be illicit, not to be in very precise circumstances, beyond the stroking of the face or chin, own tenderness or love relationship with a child, the kiss is but often used coded so careful not to be distributed in profusion. Three forms of social kiss has profiles and open to different forms and meanings as well: signs of affection, the rite of entry and exit in the form of interaction and congratulation.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
14- O Beijo - The Kiss
Ritos de intimidade
Ainda em nossos dias o acesso a corpo do outro responde a ritos de interacao cuidadosamente codificados. Nao nos aproximamos, nao nos tocamos ao acaso. Podemos por exemplo, facilmente cobrir uma crianca de beijos, mas somos bem mais reservados entre adultos. Trata-se antes de tudo de cada um preservar seu envoltorio intimo, evitar qualquer transbordamento. So' o amor da e toma sem fazer contas. - David Le Breton
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Rites of intimacy
Even in our day access to the body responds to the other rites of interaction carefully coded. There we come, not touched at random. We can for example easily cover a child with kisses, but we are much more reserved among adults. It is first of all each one preserving its intimate wrapper to avoid any overflow.Only love gives and takes without doing any counting. - David Le Breton
Ainda em nossos dias o acesso a corpo do outro responde a ritos de interacao cuidadosamente codificados. Nao nos aproximamos, nao nos tocamos ao acaso. Podemos por exemplo, facilmente cobrir uma crianca de beijos, mas somos bem mais reservados entre adultos. Trata-se antes de tudo de cada um preservar seu envoltorio intimo, evitar qualquer transbordamento. So' o amor da e toma sem fazer contas. - David Le Breton
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Rites of intimacy
Even in our day access to the body responds to the other rites of interaction carefully coded. There we come, not touched at random. We can for example easily cover a child with kisses, but we are much more reserved among adults. It is first of all each one preserving its intimate wrapper to avoid any overflow.Only love gives and takes without doing any counting. - David Le Breton
13- O Beijo - The Kiss
O Beijo de amor
Que beijo amoroso? O 'de pomba', ou seja, a lingua na boca, sem ambiguidade, em Brantome, Ronsard e todos os poetas eroticos do Renascimento. A velha tecnica sera, e' obvio, conservada - Sade a chama de 'linguetar' em 'A filosofia de alcova', lembranca do frances antigo 'langueter' - Baudouin a chama de 'cataglotismo' e os ingleses menos ingenuos da virtude continental, chama de french kiss...
"Nao, o fogo do ceu nao e' mais vivo nem mais veloz do que este que acaba de me abrasar."
O beijo acalma a dor da espera em um, e a provoca em outro.
Na simbologia amorosa do Renascimento, sao os olhos, na realidade, que produzem todo o mal: eles abrasam o amante ("oh, luz enriquecida / De um fogo divino que me incendeia tao vivamente", LXIX); eles o envenenam ("Eu senti no intimo meus olhos voarem / Um doce veneno, que escorreu / Ate o fundo da alma", LXII), eles lancam a flecha do amor e matam o amante ... O beijo vem, em segundo tempo, como um balsamo perfumado e precioso ("cheio/ De ambar, e de almiscar, beijo de uma Deusa", XLVI), que alivia o mal ("E de cem beijos suaviza / De meu coracao a ardente brasa", CCXI). E' a fonte apos o braseiro, o fresco apos o abrasador, garantia de um prazer mais perfeito ... mas ainda adiado.
Sobre o novo mapa da ternura, o beijo nao mais e' a ultima etapa, mas a primeira regiao alcancada pelo amante zeloso. E' la que seu coracao se inflama, e nao que se extingue.
Os poetas romanticos retomam a imagem do beijo ardente (que encontramos tambem nos textos mais antigos) " O que e' o beijo? Um lamber da chama", escreve Hugo; "Beijos dancarinos, qual uma chama" descreve Verlaine. Com a variante moderna: "Ao contato do beijo, a virgem estremece, seu corpo arde sob a centelha eletrica do fluido do amor, seu rosto se incendeia". Beijo eletrico e' a versao do amor a primeira vista, conservada por Louis de Funes em Le gendarme se marie (o gendarme se casa) de Girault a centelha do beija-mao ateia fogo ateia fogo a seu amor
Em todos os campos daqui em diante, as imagens ligadas ao beijo sao as de amor. Assim, a inspiracao poetica na celebre Nuit de mai (Noite de maio) de Musset: " Poete, prends ton luth et me donne un baiser. *Poeta, toma teu alaude e me de um beijo. E' o sopro da inspiracao colhido nos labios da musa. Mas e' tambem nessa nova fonte que de Hipocrene que o poeta bebe. De modo semelhante, o tema da morte desejada sera traduzido misticamente por um beijo supremo: "Passou voce duas vezes pelo beijo que aterra, / para reconquistar o azul que voce refluia?" pergunta Leon Dierx a Lazaro ressucitado.
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Kiss of love
What a loving kiss? The 'dove', the tongue in the mouth, without ambiguity, in Brantome, Ronsard and all erotic poets of the Renaissance. The technique will be old, and 'course, conserved - Sade calls it' linguetar 'in' The philosophy of the bedroom 'reminder of the old French' langueter '- Baudouin calls it' cataglotismo ' and the English less naive view of continental called french kiss ...
"No, not the fire of the sky is more alive even faster than the one I just burn."
The kiss soothes the pain of waiting in one, and another provokes.
In loving symbolism of the Renaissance, the eyes are actually producing all evil: they abrasam lover ("oh, enriched light / Of a divine fire that burns me so strongly," LXIX), they poison ("I I felt my eyes fly in intimate / A sweet poison that dripped / Till the depths of the soul ", LXII), they launch the arrow of love and kill her lover ... The kiss comes in second time as a precious and fragrant balsam ("full / Of amber, and musk, a kiss Goddess", XLVI), which relieves the bad ("And a hundred kisses softens / From my heart to burning embers, "CCXI). It is the source after the brazier, fresh after the scorching, ensuring a more perfect pleasure ... but delayed.
On the new map of tenderness, kissing and no longer 'the last step, but the first region reached by a jealous lover. And 'it ignites your heart, and not to be extinguished.
The romantic poets reproduce the image of the fiery kiss (which is also found in older texts) "What and 'kiss? A lick of flame," writes Hugo, "Kisses dancers, what one calls" describes Verlaine. With the modern variant: "At the contact of the kiss, the virgin shakes, your body burns in the fluid electrical spark of love, your face is on fire." Electric and Kiss' a version of love at first sight, kept by Louis de Funes Le gendarme was marie (the gendarme marries) from the spark of Girault kiss mao fires fires your love
In every field from now on, the images are linked to the kiss of love. Thus, the poetic inspiration in the celebrated Nuit de mai (May Night) de Musset: "Poete, prends ton luth et me donne un baiser. * Poet, take thy lute and give me a kiss. It is the breath of inspiration collected in lips of the muse. But 'also in this new source of Hippocrene that drinking poet. Similarly, the desired theme of death will be translated by a kiss supreme mystically: "He kissed you twice for the landing, / to regain blue that you flowed "asks Leon Dierx the resurrected Lazarus.
Que beijo amoroso? O 'de pomba', ou seja, a lingua na boca, sem ambiguidade, em Brantome, Ronsard e todos os poetas eroticos do Renascimento. A velha tecnica sera, e' obvio, conservada - Sade a chama de 'linguetar' em 'A filosofia de alcova', lembranca do frances antigo 'langueter' - Baudouin a chama de 'cataglotismo' e os ingleses menos ingenuos da virtude continental, chama de french kiss...
"Nao, o fogo do ceu nao e' mais vivo nem mais veloz do que este que acaba de me abrasar."
O beijo acalma a dor da espera em um, e a provoca em outro.
Na simbologia amorosa do Renascimento, sao os olhos, na realidade, que produzem todo o mal: eles abrasam o amante ("oh, luz enriquecida / De um fogo divino que me incendeia tao vivamente", LXIX); eles o envenenam ("Eu senti no intimo meus olhos voarem / Um doce veneno, que escorreu / Ate o fundo da alma", LXII), eles lancam a flecha do amor e matam o amante ... O beijo vem, em segundo tempo, como um balsamo perfumado e precioso ("cheio/ De ambar, e de almiscar, beijo de uma Deusa", XLVI), que alivia o mal ("E de cem beijos suaviza / De meu coracao a ardente brasa", CCXI). E' a fonte apos o braseiro, o fresco apos o abrasador, garantia de um prazer mais perfeito ... mas ainda adiado.
Sobre o novo mapa da ternura, o beijo nao mais e' a ultima etapa, mas a primeira regiao alcancada pelo amante zeloso. E' la que seu coracao se inflama, e nao que se extingue.
Os poetas romanticos retomam a imagem do beijo ardente (que encontramos tambem nos textos mais antigos) " O que e' o beijo? Um lamber da chama", escreve Hugo; "Beijos dancarinos, qual uma chama" descreve Verlaine. Com a variante moderna: "Ao contato do beijo, a virgem estremece, seu corpo arde sob a centelha eletrica do fluido do amor, seu rosto se incendeia". Beijo eletrico e' a versao do amor a primeira vista, conservada por Louis de Funes em Le gendarme se marie (o gendarme se casa) de Girault a centelha do beija-mao ateia fogo ateia fogo a seu amor
Em todos os campos daqui em diante, as imagens ligadas ao beijo sao as de amor. Assim, a inspiracao poetica na celebre Nuit de mai (Noite de maio) de Musset: " Poete, prends ton luth et me donne un baiser. *Poeta, toma teu alaude e me de um beijo. E' o sopro da inspiracao colhido nos labios da musa. Mas e' tambem nessa nova fonte que de Hipocrene que o poeta bebe. De modo semelhante, o tema da morte desejada sera traduzido misticamente por um beijo supremo: "Passou voce duas vezes pelo beijo que aterra, / para reconquistar o azul que voce refluia?" pergunta Leon Dierx a Lazaro ressucitado.
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Kiss of love
What a loving kiss? The 'dove', the tongue in the mouth, without ambiguity, in Brantome, Ronsard and all erotic poets of the Renaissance. The technique will be old, and 'course, conserved - Sade calls it' linguetar 'in' The philosophy of the bedroom 'reminder of the old French' langueter '- Baudouin calls it' cataglotismo ' and the English less naive view of continental called french kiss ...
"No, not the fire of the sky is more alive even faster than the one I just burn."
The kiss soothes the pain of waiting in one, and another provokes.
In loving symbolism of the Renaissance, the eyes are actually producing all evil: they abrasam lover ("oh, enriched light / Of a divine fire that burns me so strongly," LXIX), they poison ("I I felt my eyes fly in intimate / A sweet poison that dripped / Till the depths of the soul ", LXII), they launch the arrow of love and kill her lover ... The kiss comes in second time as a precious and fragrant balsam ("full / Of amber, and musk, a kiss Goddess", XLVI), which relieves the bad ("And a hundred kisses softens / From my heart to burning embers, "CCXI). It is the source after the brazier, fresh after the scorching, ensuring a more perfect pleasure ... but delayed.
On the new map of tenderness, kissing and no longer 'the last step, but the first region reached by a jealous lover. And 'it ignites your heart, and not to be extinguished.
The romantic poets reproduce the image of the fiery kiss (which is also found in older texts) "What and 'kiss? A lick of flame," writes Hugo, "Kisses dancers, what one calls" describes Verlaine. With the modern variant: "At the contact of the kiss, the virgin shakes, your body burns in the fluid electrical spark of love, your face is on fire." Electric and Kiss' a version of love at first sight, kept by Louis de Funes Le gendarme was marie (the gendarme marries) from the spark of Girault kiss mao fires fires your love
In every field from now on, the images are linked to the kiss of love. Thus, the poetic inspiration in the celebrated Nuit de mai (May Night) de Musset: "Poete, prends ton luth et me donne un baiser. * Poet, take thy lute and give me a kiss. It is the breath of inspiration collected in lips of the muse. But 'also in this new source of Hippocrene that drinking poet. Similarly, the desired theme of death will be translated by a kiss supreme mystically: "He kissed you twice for the landing, / to regain blue that you flowed "asks Leon Dierx the resurrected Lazarus.
terça-feira, 3 de julho de 2012
12- O Beijo - The Kiss
Do sagrado ao intimo
A partir do Renascimento, o beijo perde pouco a sua funcao oficial e sagrada. E se torna um gesto de ternura que toca, mas nao compromete. Pessoas de posicoes diferentes, parentes e amigos, beijam-se dai em diante no rosto, ao passo que o beijo na boca, reservado aos amantes, adquire uma conotacao mais erotica. Nao mais coroa uma relacao, mas a estimula, abre a festa do amor.
Curiosos beijos dados
Lamourette
Na Revolucao Francesa , no dia 7 de julho de 1792 o abade Lamourette pronunciou um discurso patetico na Assembleia Legislativa, entao dilacerada entre faccoes adversas, e seu apelo foi seguido por uma confraternizacao geral com abracos em nome da fraternidade. Mas, como no dia seguinte as hostilidades aumentaram, o bispo constitucional de Lyon viu seu nome ligado indelevelmente a uma reconciliacao efemera e hipocrita. Quando subiu ao patibulo, o povo o convidou a uma cruel reconciliacao: beijar 'Charlot' (o carrasco).
Com a queda do muro de Berim, no dia 9 de setembro de 1988 em Stuttgart um alemao ocidental beijou na boca um alemao oriental para simbolizar o desejo de reunir as duas Alemanhas. A policia interrompeu apos quinze minutos...
O habito de beijar as inglesas na boca no momento das apresentacoes; seria um insulto, beija-las no rosto. Mercier - Erasmo escreve a seu amigo Faustus Andrelinus que, com tantos beijos, da vontade de terminar seus dias na Inglaterra.
Sao, portanto os paises latinos os mais zelosos da honra feminina. O cavalheiro siciliano, evocado por Moliere, reprova o beijo do pintor (o galante, na realidade)que contratou para fazer o retrato da jovem Isidora: "Ola! Senhor frances, essa maneira de cumprimentar nao e' usada neste pais. E' a maneira da Franca., replica o moco. - Le sicilien ou l'amour peintre Moliere. 'Machismo' latino, mais zeloso da honra de suas mulheres? Sem duvida... mas talvez para o holandes Puteanus (sec. XVI), um perigo maior para as ardentes italianas do que para as modestas flamengas que "nao percebem nuances" entre olhares e beijos (oculis aut osculis). Bayle mesmo confirma que "as mesmas familiaridades perigosas na Italia nao o sao ou o sao bem menos nos paises setentrionais."
Por Oudin (curiosidades francesas)
"Nao e' necessario beijar um amigo na boca se nao for de coracao."
Russia
Conservam a troca de sopro ate' os nossos dias. E ainda assim, frequentemente ritualizada: apos ter esvaziado uma taca de champanhe, com os bracos entrelacados, os homens trocam a 'fraternidade' na boca, e a amizade torna-se sagrada.
As criancas sao ensinadas a beijar a propria mao depois de receberem doces de alguem, e logo mais a beijar as coisas dadas como forma de apreco. O beijar a propria mao foi um custume realizado entre principes e que caiu rapidamente em desuso.
O beijo na boca dos monarcas que eram obrigatorios, a partir do Renascimento deixam de ser normas de etiqueta devido as doencas trasmissiveis naquela epoca. Passa-se ao beija-mao. E quando se tem uma certa intimidade usa-se o simular o beijo, aproximando-se os labios das faces, das maos ou dos objetos recebidos. Quanto ao beijo original, a troca de sopros, fica definitivamente reservado aos amantes. (E' sempre o mais velho que toma a iniciativa)
O mesmo gesto deve ser feito pelos homens a saudar a soberana. O beija mao nunca e' exigido pela rainha: "era o testemunho voluntario de uma respeitosa obediencia".
Zeno
Nos saloes, deve-se apenas rocar com os labios a mao das senhoras; e esse habito desaparecera no final do seculo: em 1904, Bayard ve no gesto o "o reflexo de uma graca fora de moda". Em A consciencia de Zeno (1900) Zeno evoca o beija-mao roubado da jovem pelo qual esta apaixonado e que conhece a muito tempo: ela " se pos a olhar estupefata, os dedos que haviam experimentado o contato de meus labios, como se alguma coisa tivesse ficado gravada neles" A ousadia e' de fato altamente comprometedora.
Na Inglaterra sob o *Gui: planta sagrada dos gauleses, associada as festas de Ano Novo.
A ocasiao de resgatar o bom e velho beijo de outrora: festas e aniversarios, e claro, principalmente o Natal e o Ano Novo. O anguillaneu (gui* do Ano Novo) das provincias ritualiza o costume: o beijo trocado sob o gui em primeiro de janeiro e' uma promessa de felicidade para o ano todo.
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The sacred to the intimate
From the Renaissance, the kiss just lost their official function and sacred. And it becomes a gesture of tenderness that touches, but not committed. People from different positions, relatives and friends, kiss each other henceforth in the face while kissing on the mouth, reserved for lovers, acquires a more erotic connotation. Not a relationship more crown, but stimulates, opens the festival of love.Curious kisses given
LamouretteIn the French Revolution, on July 7, 1792 Abbe Lamourette pathetic gave a speech in the Legislative Assembly, then torn between adverse factions, and his appeal was followed by a general fraternization with hugs in the name of brotherhood. But as the day after hostilities increased, the constitutional bishop of Lyon saw his name indelibly linked to a reconciliation ephemeral and hypocritical. When he ascended the scaffold, the people invited him to a cruel reconciliation: kissing 'Charlot' (the executioner).
With the fall of the wall Berim, on September 9, 1988 in Stuttgart a West German kissed her mouth an East German to symbolize the desire to reunite the two Germanys. The police stopped after fifteen minutes ...
The English habit of kissing the mouth at the time of the presentations, it would be an insult, kiss them on the face. Mercier - Erasmus wrote to his friend Faustus Andrelinus that with so many kisses, the desire to end his days in England.
They are, therefore, the Latin countries the most zealous of female honor. The Sicilian gentleman, evoked by Moliere, reproves the kiss of the painter (the gallant, in fact) that was hired to do the portrait of the young Isidora: "Hello, Lord French, this way of greeting, and not 'used in this country. It is the way of France., replicates the mucus. - Le Sicilien or l'amour peintre Moliere. 'Machismo' Latin, more zealous for the honor of their women? No doubt ... but maybe for the Dutch Puteanus (sec. XVI), a greater danger to the fiery Italian than to the modest Flemish that "do not perceive nuances" between looks and kisses (aut osculis oculis). Bayle himself confirms that "the same dangerous familiarities in Italy are not or are much less in the northern countries . "
For Oudin (French curiosities)
"It is not 'necessary to kiss a friend in the mouth if it is not the heart."
RussiaRetain the exchange of blowing up 'our days. And yet, often ritualized, after you have emptied a glass of champagne, with arms entwined, men exchange a 'brotherhood' in the mouth, and friendship becomes sacred.
The children are taught to kiss his hand after receiving candy from someone, and soon to kiss things given as a form of appreciation. The kiss his own hand was a custome made between princes and quickly fell into disuse.
The kiss on the mouth of the monarchs who were Mandatory, from the Renaissance no longer etiquette due to transmissible diseases at that time. Is set to kissing hand. And when you have a certain intimacy is used to simulate the kiss, approaching the lip of the faces, the hands or objects received. As for the original kiss, exchanging blows, it is definitely reserved for lovers. (Is it always the eldest who takes the initiative)The same gesture should be done by men to salute the sovereign. The hand kisses were never required by the Queen, "was the testimony of a volunteer respectful obedience."
Zeno
In the halls, you should only castle with his lips the hand of the ladies, and this habit had disappeared at the end of the century: in 1904, Bayard sees the gesture as "a reflection of an old-fashioned grace." In the consciousness of Zeno (1900) Zeno evokes the stolen kiss the hand by which this young man in love and you know a long time: it "is possible to look dazed, the fingers that had experienced the touch of my lips, as if some thing had been recorded in them, "The boldness is in fact highly compromising.
* In England under the Bill: sacred plant of the Gauls, associated with the New Year celebrations.The occasion to rescue the good old kiss once: parties and anniversaries, and of course, especially Christmas and New Year. The anguillaneu (gui * New Year) the ritualized practice of the provinces: the kiss exchanged under the gui on January 1 and 'a promise of happiness for the whole year.
A partir do Renascimento, o beijo perde pouco a sua funcao oficial e sagrada. E se torna um gesto de ternura que toca, mas nao compromete. Pessoas de posicoes diferentes, parentes e amigos, beijam-se dai em diante no rosto, ao passo que o beijo na boca, reservado aos amantes, adquire uma conotacao mais erotica. Nao mais coroa uma relacao, mas a estimula, abre a festa do amor.
Curiosos beijos dados
Lamourette
Na Revolucao Francesa , no dia 7 de julho de 1792 o abade Lamourette pronunciou um discurso patetico na Assembleia Legislativa, entao dilacerada entre faccoes adversas, e seu apelo foi seguido por uma confraternizacao geral com abracos em nome da fraternidade. Mas, como no dia seguinte as hostilidades aumentaram, o bispo constitucional de Lyon viu seu nome ligado indelevelmente a uma reconciliacao efemera e hipocrita. Quando subiu ao patibulo, o povo o convidou a uma cruel reconciliacao: beijar 'Charlot' (o carrasco).
Com a queda do muro de Berim, no dia 9 de setembro de 1988 em Stuttgart um alemao ocidental beijou na boca um alemao oriental para simbolizar o desejo de reunir as duas Alemanhas. A policia interrompeu apos quinze minutos...
O habito de beijar as inglesas na boca no momento das apresentacoes; seria um insulto, beija-las no rosto. Mercier - Erasmo escreve a seu amigo Faustus Andrelinus que, com tantos beijos, da vontade de terminar seus dias na Inglaterra.
Sao, portanto os paises latinos os mais zelosos da honra feminina. O cavalheiro siciliano, evocado por Moliere, reprova o beijo do pintor (o galante, na realidade)que contratou para fazer o retrato da jovem Isidora: "Ola! Senhor frances, essa maneira de cumprimentar nao e' usada neste pais. E' a maneira da Franca., replica o moco. - Le sicilien ou l'amour peintre Moliere. 'Machismo' latino, mais zeloso da honra de suas mulheres? Sem duvida... mas talvez para o holandes Puteanus (sec. XVI), um perigo maior para as ardentes italianas do que para as modestas flamengas que "nao percebem nuances" entre olhares e beijos (oculis aut osculis). Bayle mesmo confirma que "as mesmas familiaridades perigosas na Italia nao o sao ou o sao bem menos nos paises setentrionais."
Por Oudin (curiosidades francesas)
"Nao e' necessario beijar um amigo na boca se nao for de coracao."
Russia
Conservam a troca de sopro ate' os nossos dias. E ainda assim, frequentemente ritualizada: apos ter esvaziado uma taca de champanhe, com os bracos entrelacados, os homens trocam a 'fraternidade' na boca, e a amizade torna-se sagrada.
As criancas sao ensinadas a beijar a propria mao depois de receberem doces de alguem, e logo mais a beijar as coisas dadas como forma de apreco. O beijar a propria mao foi um custume realizado entre principes e que caiu rapidamente em desuso.
O beijo na boca dos monarcas que eram obrigatorios, a partir do Renascimento deixam de ser normas de etiqueta devido as doencas trasmissiveis naquela epoca. Passa-se ao beija-mao. E quando se tem uma certa intimidade usa-se o simular o beijo, aproximando-se os labios das faces, das maos ou dos objetos recebidos. Quanto ao beijo original, a troca de sopros, fica definitivamente reservado aos amantes. (E' sempre o mais velho que toma a iniciativa)
O mesmo gesto deve ser feito pelos homens a saudar a soberana. O beija mao nunca e' exigido pela rainha: "era o testemunho voluntario de uma respeitosa obediencia".
Zeno
Nos saloes, deve-se apenas rocar com os labios a mao das senhoras; e esse habito desaparecera no final do seculo: em 1904, Bayard ve no gesto o "o reflexo de uma graca fora de moda". Em A consciencia de Zeno (1900) Zeno evoca o beija-mao roubado da jovem pelo qual esta apaixonado e que conhece a muito tempo: ela " se pos a olhar estupefata, os dedos que haviam experimentado o contato de meus labios, como se alguma coisa tivesse ficado gravada neles" A ousadia e' de fato altamente comprometedora.
Na Inglaterra sob o *Gui: planta sagrada dos gauleses, associada as festas de Ano Novo.
A ocasiao de resgatar o bom e velho beijo de outrora: festas e aniversarios, e claro, principalmente o Natal e o Ano Novo. O anguillaneu (gui* do Ano Novo) das provincias ritualiza o costume: o beijo trocado sob o gui em primeiro de janeiro e' uma promessa de felicidade para o ano todo.
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The sacred to the intimate
From the Renaissance, the kiss just lost their official function and sacred. And it becomes a gesture of tenderness that touches, but not committed. People from different positions, relatives and friends, kiss each other henceforth in the face while kissing on the mouth, reserved for lovers, acquires a more erotic connotation. Not a relationship more crown, but stimulates, opens the festival of love.Curious kisses given
LamouretteIn the French Revolution, on July 7, 1792 Abbe Lamourette pathetic gave a speech in the Legislative Assembly, then torn between adverse factions, and his appeal was followed by a general fraternization with hugs in the name of brotherhood. But as the day after hostilities increased, the constitutional bishop of Lyon saw his name indelibly linked to a reconciliation ephemeral and hypocritical. When he ascended the scaffold, the people invited him to a cruel reconciliation: kissing 'Charlot' (the executioner).
With the fall of the wall Berim, on September 9, 1988 in Stuttgart a West German kissed her mouth an East German to symbolize the desire to reunite the two Germanys. The police stopped after fifteen minutes ...
The English habit of kissing the mouth at the time of the presentations, it would be an insult, kiss them on the face. Mercier - Erasmus wrote to his friend Faustus Andrelinus that with so many kisses, the desire to end his days in England.
They are, therefore, the Latin countries the most zealous of female honor. The Sicilian gentleman, evoked by Moliere, reproves the kiss of the painter (the gallant, in fact) that was hired to do the portrait of the young Isidora: "Hello, Lord French, this way of greeting, and not 'used in this country. It is the way of France., replicates the mucus. - Le Sicilien or l'amour peintre Moliere. 'Machismo' Latin, more zealous for the honor of their women? No doubt ... but maybe for the Dutch Puteanus (sec. XVI), a greater danger to the fiery Italian than to the modest Flemish that "do not perceive nuances" between looks and kisses (aut osculis oculis). Bayle himself confirms that "the same dangerous familiarities in Italy are not or are much less in the northern countries . "
For Oudin (French curiosities)
"It is not 'necessary to kiss a friend in the mouth if it is not the heart."
RussiaRetain the exchange of blowing up 'our days. And yet, often ritualized, after you have emptied a glass of champagne, with arms entwined, men exchange a 'brotherhood' in the mouth, and friendship becomes sacred.
The children are taught to kiss his hand after receiving candy from someone, and soon to kiss things given as a form of appreciation. The kiss his own hand was a custome made between princes and quickly fell into disuse.
The kiss on the mouth of the monarchs who were Mandatory, from the Renaissance no longer etiquette due to transmissible diseases at that time. Is set to kissing hand. And when you have a certain intimacy is used to simulate the kiss, approaching the lip of the faces, the hands or objects received. As for the original kiss, exchanging blows, it is definitely reserved for lovers. (Is it always the eldest who takes the initiative)The same gesture should be done by men to salute the sovereign. The hand kisses were never required by the Queen, "was the testimony of a volunteer respectful obedience."
Zeno
In the halls, you should only castle with his lips the hand of the ladies, and this habit had disappeared at the end of the century: in 1904, Bayard sees the gesture as "a reflection of an old-fashioned grace." In the consciousness of Zeno (1900) Zeno evokes the stolen kiss the hand by which this young man in love and you know a long time: it "is possible to look dazed, the fingers that had experienced the touch of my lips, as if some thing had been recorded in them, "The boldness is in fact highly compromising.
* In England under the Bill: sacred plant of the Gauls, associated with the New Year celebrations.The occasion to rescue the good old kiss once: parties and anniversaries, and of course, especially Christmas and New Year. The anguillaneu (gui * New Year) the ritualized practice of the provinces: the kiss exchanged under the gui on January 1 and 'a promise of happiness for the whole year.
10- O Beijo - The Kiss
Contato de corpos em um dos pontos mais sensuais, troca de sopros e 'mescla das almas', o beijo reconcilia a carne com o espirito. Ele resolve essa antinominia na realizacao para qual a sociedade medieval tende: fazer coincidir a Cidade terrestre com a Cidade celeste. A indispensavel harmonia para alcancar essa adequacao exige o amor e a paz, as duas palavras mestras do Verbo cristao, e dois dos mais eminentes simbolos do beijo. De 1050 a 1250 culmina a tensao para a harmonia da dupla: a individual e interior, a social e coletiva..
A primeira se realiza pelo equilibrio entre os quatro maiores niveis da existencia humana: corporal, afetivo, intelectual e espiritual. Estes diferentes 'planos' reencontram-se nas funcoes da boca: a nutricao, o beijo, a palavra e o sopro - este fisico (flatus) ou espiritual (spiritus), torna a fechar a corrente, o Criador o da' e depois retoma. Em uma sociedade, a utilizacao bem distribuida dos potenciais humanos e percebida por intermedio dos valores respectivamente ligados ao corpo, ao coracao, a inteligencia e ao espirito.
O amor, valor primeiro, garantia a paz e a unidade. Qual melhor gesto que o beijo para testemunhar o fato?
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Contact of bodies in one of the most sensual, exchanging blows and 'blend of souls', the kiss reconciles the flesh with the spirit. He resolves that in antinominia realization for which the medieval society tends: to coincide with the City City heavenly land. The indispensable concert to achieve that adequacy requires love and peace, the two words master of the Word Christian, and two of the most prominent symbols of the kiss. From 1050 to 1250 culminated the tension to the harmony of the double: the individual and within the social and collective ..
The first is done by the balance between the four highest levels of human existence: body, emotional, intellectual and spiritual. These different 'plans' find themselves in the functions of the mouth: the nutrition, the kiss, the word and the breath - this physical (flatus) or spirit (spiritus), makes close the current of the Creator and then resumes. In a society, and distributed utilization of human potential and perceived by intermediate values respectively connected to the body, the heart, the intellect and the spirit.
Love, the first value, ensuring peace and unity. What better gesture that kiss to testify to this fact?
A primeira se realiza pelo equilibrio entre os quatro maiores niveis da existencia humana: corporal, afetivo, intelectual e espiritual. Estes diferentes 'planos' reencontram-se nas funcoes da boca: a nutricao, o beijo, a palavra e o sopro - este fisico (flatus) ou espiritual (spiritus), torna a fechar a corrente, o Criador o da' e depois retoma. Em uma sociedade, a utilizacao bem distribuida dos potenciais humanos e percebida por intermedio dos valores respectivamente ligados ao corpo, ao coracao, a inteligencia e ao espirito.
O amor, valor primeiro, garantia a paz e a unidade. Qual melhor gesto que o beijo para testemunhar o fato?
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Contact of bodies in one of the most sensual, exchanging blows and 'blend of souls', the kiss reconciles the flesh with the spirit. He resolves that in antinominia realization for which the medieval society tends: to coincide with the City City heavenly land. The indispensable concert to achieve that adequacy requires love and peace, the two words master of the Word Christian, and two of the most prominent symbols of the kiss. From 1050 to 1250 culminated the tension to the harmony of the double: the individual and within the social and collective ..
The first is done by the balance between the four highest levels of human existence: body, emotional, intellectual and spiritual. These different 'plans' find themselves in the functions of the mouth: the nutrition, the kiss, the word and the breath - this physical (flatus) or spirit (spiritus), makes close the current of the Creator and then resumes. In a society, and distributed utilization of human potential and perceived by intermediate values respectively connected to the body, the heart, the intellect and the spirit.
Love, the first value, ensuring peace and unity. What better gesture that kiss to testify to this fact?
segunda-feira, 2 de julho de 2012
9- O Beijo - The Kiss
Senhores e Vassalos: A Uniao no Beijo
Os escritos juridicos da Idade Media fornecem dois significados explicitos para o beijo: a fidelidade (ou fe) no pacto concluido e a afeicao mutua dos contratantes. O Livre de jostice et de plet (1260) e numerosos documentos dos seculos XII a XIII indicam que o senhor beija o seu vassalo 'em nome da fe'; simbolo do amor reciproco e perpetuo. Os cavaleiros prestaram a homenagem e juraram fidelidade com 'o beijo na boca intervindo como simbolo de alianca e de amor'. O beijo na boca entre homens e' alias um verdadeiro emblema de 'amor' que anima e une os homens da casta guerreira e pode ser comparado ao 'beijo de paz' dos clerigos, que simboliza a 'caridade' (no sentido de amor religioso) que deve existir entre a elite dos cristaos.
Em outros contextos na mesma epoca, o beijo e' claramente considerado um gesto de igualdade. O beijo torna igual. O beijo "increve-se nesse sistema como o gesto que marca a entrada em uma comunidade familiar nao-natural, e particularmente o casamento.
*Mutatis Mutandis
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Lords and Vassals: A Kiss in Union
The juridical writings of the Middle Ages provide two explicit meanings for kissing: the fidelity (or faith) in the covenant concluded mutual affection and contractors. The Free jostice et de PLET (1260) and numerous documents from the XII-XIII centuries indicate that Mr. kisses his vassal 'in the name of faith', symbol of love and perpetual reciprocal. The knights paid homage and swore allegiance to 'the kiss on the mouth as a symbol of alliance intervened and love.' The mouth kissing between men and alias a true emblem of 'love' that animates and unites men of the warrior caste and can be compared to the 'kiss of peace' of clerics, which symbolizes the 'charity' (in the sense of religious love ) that should exist between the elite Christians.
In other contexts in the same season, the kiss and "clearly considered a gesture of equality. The kiss becomes equal. The kiss "increve in that system as the gesture that marks the entry into a non-natural family community, and particularly marriage.
* Mutatis Mutandis
Os escritos juridicos da Idade Media fornecem dois significados explicitos para o beijo: a fidelidade (ou fe) no pacto concluido e a afeicao mutua dos contratantes. O Livre de jostice et de plet (1260) e numerosos documentos dos seculos XII a XIII indicam que o senhor beija o seu vassalo 'em nome da fe'; simbolo do amor reciproco e perpetuo. Os cavaleiros prestaram a homenagem e juraram fidelidade com 'o beijo na boca intervindo como simbolo de alianca e de amor'. O beijo na boca entre homens e' alias um verdadeiro emblema de 'amor' que anima e une os homens da casta guerreira e pode ser comparado ao 'beijo de paz' dos clerigos, que simboliza a 'caridade' (no sentido de amor religioso) que deve existir entre a elite dos cristaos.
Em outros contextos na mesma epoca, o beijo e' claramente considerado um gesto de igualdade. O beijo torna igual. O beijo "increve-se nesse sistema como o gesto que marca a entrada em uma comunidade familiar nao-natural, e particularmente o casamento.
*Mutatis Mutandis
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Lords and Vassals: A Kiss in Union
The juridical writings of the Middle Ages provide two explicit meanings for kissing: the fidelity (or faith) in the covenant concluded mutual affection and contractors. The Free jostice et de PLET (1260) and numerous documents from the XII-XIII centuries indicate that Mr. kisses his vassal 'in the name of faith', symbol of love and perpetual reciprocal. The knights paid homage and swore allegiance to 'the kiss on the mouth as a symbol of alliance intervened and love.' The mouth kissing between men and alias a true emblem of 'love' that animates and unites men of the warrior caste and can be compared to the 'kiss of peace' of clerics, which symbolizes the 'charity' (in the sense of religious love ) that should exist between the elite Christians.
In other contexts in the same season, the kiss and "clearly considered a gesture of equality. The kiss becomes equal. The kiss "increve in that system as the gesture that marks the entry into a non-natural family community, and particularly marriage.
* Mutatis Mutandis
8- O Beijo - The Kiss
Signo de paz, simbolo de amor (Beijo na Boca)
Simbolo de estima, de amizade de afeto, o beijo na boca ocorre desde a Antiguidade nos ritos de saudacao. Mas foi sobretudo na Idade Media, nos seculos XI e XI, que ele adquiriu significado publico com a homenagem dos vassalos ou com as cerimonias de ordenacao de clerigos. Essencialmente masculino e elitista, ele tem nessa epoca o valor de selo, de pacto indissoluvel. Ele ratifica solenemente o ingresso a uma comunidade.
Os beijos descritos na Biblia tem varias conotacoes, o gesto pode marcar reconciliacao ou perdao. Ha o polemico beijo dado por Judas a Jesus para que ele fosse identificado aos que o vem prender. Tambem simbolo de amizade e amor.
Entre os persas, o beijo de saudacao, so era dado na boca entre pessoas do mesmo nivel social: Quando dois persas se cruzam no caminho, eis como se pode saber se eles pertencem a mesma classe social: em lugar de pronunciar formas de polidez, eles se beijam na boca; se um deles for de origem muito inferior, este ajoelha-se e se prosterna diante do outro. Herodoto - L'enquete La Pleiade - Xenofonte tambem registra o beijo na boca como rito de saudacao entre os persas - Ciropedia. Note-se que o carater igualitario do gesto na boca e a hierarquia marcada pelos diferentes beijos (na mao, no pe, no vestuario...) sao reencontrados tempos depois de Herodoto em diversos rituais na Idade Media ocidental.
Na Grecia Antiga, os guerreiros vitoriosos em batalhas beijavam os outros mais jovens a fim de lhes passar de labio a labio valentes tecnicas de guerra. Eram tambem dados beijos na boca como recompensa pelo resultado positivo nas batalhas. Terminada a batalha, os jovens recompesarao os guerreiros mais valentes, presenteando-os com uma coroa, um aperto de maos e ... beijos.Platao, acrescenta: que "durante o tempo de uma expedicao, nao sera permitida a recusa a nenhum daqueles que um valente guerreiro quiser beijar, para que o guerreiro que amar alguem, homem ou mulher, seja o mais ardente na conquista do premio ao valor. Ao final da Idade Media, pelo menos nos torneios, o beijo das mulheres sera tambem uma das recompensas outorgadas ao vencedor. Nos nossos dias os ciclistas e corredores continuam gozando desse favor.
O rito do beijo, motivado pelo acrescimo do ardor esperado nos campeoes, se explica pelas virtudes reconhecidas ao amor e mais simplesmente ao erotismo ou a busca da gloria. Pode-se tambem ver ai uma motivao mais esoterica, ao beijar 'cada um' dos futuros soldados, o melhor combatente lhe infundia virtudes e bravuras guerreiras pelo sopro. Essa insuflacao ou transfusao de dados animicos pelo beijo se reencontra em numerosas tradicoes e, na Grecia nos epigramas amorosos de varios poetas. Ver Buffiere Eros que cita a Anthologie palatine e Meleagro para a tradicao biblica e medieval da transmissao do sopro e da troca de almas atraves do beijo. Le baiser sur la bouche au Moyen Age: Rites, symboles, mentalites. Paris, Le Leopard d'Or.
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Sign of peace, symbol of love (Kissing on the Mouth)Symbol of esteem, friendship, affection, kissing on the mouth occurs since ancient rites of greeting. But it was especially in the Middle Ages, the centuries XI and XI, which meant he got to the public homage of vassals or ceremonies with the sorting of clerics. Essentially masculine and elitist, he has this season the value of seal, unbreakable covenant. He solemnly ratified the entrance to a community.Kisses described in the Bible has several connotations, the gesture can check reconciliation or forgiveness. Ha polemical kiss given by Judas to Jesus for him to be identified for the next hold. Also a symbol of friendship and love.Among the Persians, the kiss of greeting, was given only in the mouth between persons of the same social level: When two Persian cross on the way, here's how you can know if they belong to the same social class: instead of pronouncing forms of politeness, they kiss in the mouth if one source is much lower, it kneels and prostrates himself before the other. Herodotus - L'poll La Pleiade - Xenophon also records the kiss on the mouth as a rite of greeting among the Persians - Ciropedia. Note that the egalitarian character of the gesture in the mouth and the hierarchy marked by different kisses (in hand, the Standing in the dressing room ...) are rediscovered long after Herodotus in various rituals in the Western Middle Ages.In Ancient Greece, the victorious warriors in battles kissed the younger ones so that they pass from lip to lip valiant war techniques. Data were also kisses on the mouth as a reward for positive outcome in battles. After the battle, the young recompesarao bravest warriors, presenting them with a crown, shook hands and ... beijos.Platao, adds: "During the time of an expedition, will not be allowed to refuse to any of those who want to kiss a brave warrior, the warrior for someone to love, man or woman, is the most ardent winning the prize value. At the end of the Middle Ages, at least in the tournament, the kiss of women will be also one of the rewards granted to the winner. Nowadays cyclists and runners continue enjoying this favor.The rite of the kiss, motivated by the expected accretion from the fierce champions, is explained by the recognized virtues of love and eroticism, or more simply the pursuit of glory. You can also see there a more motivao esoterica, while kissing 'each' of future soldiers, the best fighter he infused virtues and bravery by warriors blow. This inflation or transfusion data psychic reunites the kiss in many traditions, and in Greece in love epigrams of various poets. See Buffiere Eros citing Anthologie palatine and Meleager to the biblical tradition and medieval transmission of the blast and the exchange of souls through the kiss. Le baiser sur la bouche au Moyen Age: Rites, symboles, mentalites. Paris, Le Leopard d'Or.
Simbolo de estima, de amizade de afeto, o beijo na boca ocorre desde a Antiguidade nos ritos de saudacao. Mas foi sobretudo na Idade Media, nos seculos XI e XI, que ele adquiriu significado publico com a homenagem dos vassalos ou com as cerimonias de ordenacao de clerigos. Essencialmente masculino e elitista, ele tem nessa epoca o valor de selo, de pacto indissoluvel. Ele ratifica solenemente o ingresso a uma comunidade.
Os beijos descritos na Biblia tem varias conotacoes, o gesto pode marcar reconciliacao ou perdao. Ha o polemico beijo dado por Judas a Jesus para que ele fosse identificado aos que o vem prender. Tambem simbolo de amizade e amor.
Entre os persas, o beijo de saudacao, so era dado na boca entre pessoas do mesmo nivel social: Quando dois persas se cruzam no caminho, eis como se pode saber se eles pertencem a mesma classe social: em lugar de pronunciar formas de polidez, eles se beijam na boca; se um deles for de origem muito inferior, este ajoelha-se e se prosterna diante do outro. Herodoto - L'enquete La Pleiade - Xenofonte tambem registra o beijo na boca como rito de saudacao entre os persas - Ciropedia. Note-se que o carater igualitario do gesto na boca e a hierarquia marcada pelos diferentes beijos (na mao, no pe, no vestuario...) sao reencontrados tempos depois de Herodoto em diversos rituais na Idade Media ocidental.
Na Grecia Antiga, os guerreiros vitoriosos em batalhas beijavam os outros mais jovens a fim de lhes passar de labio a labio valentes tecnicas de guerra. Eram tambem dados beijos na boca como recompensa pelo resultado positivo nas batalhas. Terminada a batalha, os jovens recompesarao os guerreiros mais valentes, presenteando-os com uma coroa, um aperto de maos e ... beijos.Platao, acrescenta: que "durante o tempo de uma expedicao, nao sera permitida a recusa a nenhum daqueles que um valente guerreiro quiser beijar, para que o guerreiro que amar alguem, homem ou mulher, seja o mais ardente na conquista do premio ao valor. Ao final da Idade Media, pelo menos nos torneios, o beijo das mulheres sera tambem uma das recompensas outorgadas ao vencedor. Nos nossos dias os ciclistas e corredores continuam gozando desse favor.
O rito do beijo, motivado pelo acrescimo do ardor esperado nos campeoes, se explica pelas virtudes reconhecidas ao amor e mais simplesmente ao erotismo ou a busca da gloria. Pode-se tambem ver ai uma motivao mais esoterica, ao beijar 'cada um' dos futuros soldados, o melhor combatente lhe infundia virtudes e bravuras guerreiras pelo sopro. Essa insuflacao ou transfusao de dados animicos pelo beijo se reencontra em numerosas tradicoes e, na Grecia nos epigramas amorosos de varios poetas. Ver Buffiere Eros que cita a Anthologie palatine e Meleagro para a tradicao biblica e medieval da transmissao do sopro e da troca de almas atraves do beijo. Le baiser sur la bouche au Moyen Age: Rites, symboles, mentalites. Paris, Le Leopard d'Or.
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Sign of peace, symbol of love (Kissing on the Mouth)Symbol of esteem, friendship, affection, kissing on the mouth occurs since ancient rites of greeting. But it was especially in the Middle Ages, the centuries XI and XI, which meant he got to the public homage of vassals or ceremonies with the sorting of clerics. Essentially masculine and elitist, he has this season the value of seal, unbreakable covenant. He solemnly ratified the entrance to a community.Kisses described in the Bible has several connotations, the gesture can check reconciliation or forgiveness. Ha polemical kiss given by Judas to Jesus for him to be identified for the next hold. Also a symbol of friendship and love.Among the Persians, the kiss of greeting, was given only in the mouth between persons of the same social level: When two Persian cross on the way, here's how you can know if they belong to the same social class: instead of pronouncing forms of politeness, they kiss in the mouth if one source is much lower, it kneels and prostrates himself before the other. Herodotus - L'poll La Pleiade - Xenophon also records the kiss on the mouth as a rite of greeting among the Persians - Ciropedia. Note that the egalitarian character of the gesture in the mouth and the hierarchy marked by different kisses (in hand, the Standing in the dressing room ...) are rediscovered long after Herodotus in various rituals in the Western Middle Ages.In Ancient Greece, the victorious warriors in battles kissed the younger ones so that they pass from lip to lip valiant war techniques. Data were also kisses on the mouth as a reward for positive outcome in battles. After the battle, the young recompesarao bravest warriors, presenting them with a crown, shook hands and ... beijos.Platao, adds: "During the time of an expedition, will not be allowed to refuse to any of those who want to kiss a brave warrior, the warrior for someone to love, man or woman, is the most ardent winning the prize value. At the end of the Middle Ages, at least in the tournament, the kiss of women will be also one of the rewards granted to the winner. Nowadays cyclists and runners continue enjoying this favor.The rite of the kiss, motivated by the expected accretion from the fierce champions, is explained by the recognized virtues of love and eroticism, or more simply the pursuit of glory. You can also see there a more motivao esoterica, while kissing 'each' of future soldiers, the best fighter he infused virtues and bravery by warriors blow. This inflation or transfusion data psychic reunites the kiss in many traditions, and in Greece in love epigrams of various poets. See Buffiere Eros citing Anthologie palatine and Meleager to the biblical tradition and medieval transmission of the blast and the exchange of souls through the kiss. Le baiser sur la bouche au Moyen Age: Rites, symboles, mentalites. Paris, Le Leopard d'Or.
7- O Beijo - The Kiss
1. Rituais, Sagrados, Oficiais
Do beija-mao ao abraco amoroso, ha mil formas de beijos, alguns dados irrrefletidamente, 'quase' com inocencia, outros mais solenes, mais carregados de promessas. Mas, voluveis ou apaixonados, ternos ou simplesmente corteses, todos sinalizam em dado momento o estado de uma relacao entre duas pessoas. Todos medem a nossa pertinencia a uma sociedade e a seus costumes. A determinados tempo e lugar.
1. Rituals, Sacred Official
From hand to kiss hug love, ha thousand ways of kissing, some data irrrefletidamente 'almost' with innocence, other more solemn, more full of promise. But fickle and passionate, tender or simply polite, all signal at one point the state of a relationship between two people. All our pertinence measure of a society and its customs. A certain time and place.
Do beija-mao ao abraco amoroso, ha mil formas de beijos, alguns dados irrrefletidamente, 'quase' com inocencia, outros mais solenes, mais carregados de promessas. Mas, voluveis ou apaixonados, ternos ou simplesmente corteses, todos sinalizam em dado momento o estado de uma relacao entre duas pessoas. Todos medem a nossa pertinencia a uma sociedade e a seus costumes. A determinados tempo e lugar.
1. Rituals, Sacred Official
From hand to kiss hug love, ha thousand ways of kissing, some data irrrefletidamente 'almost' with innocence, other more solemn, more full of promise. But fickle and passionate, tender or simply polite, all signal at one point the state of a relationship between two people. All our pertinence measure of a society and its customs. A certain time and place.
6- O Beijo - The Kiss
Baise m'encore, rebaise moy et baise
Donne m'en un de tes plus savoureus
Donne m'en un de tes plus amoureus
Je t'en rendray quatre plus chaus que braise
Las, te plein tu? ca que ce mal j'apaise
En t'en domant dix autres doucereus
Ainsi meslans nos baisers tant heureus
Jouissons nous l'un de l'autre a notre aise
Lors double vie a chacun en suivra
Chacun en soy et son ami vivra
Permets m'Amour penser quelque folie
Toujours suis mal, vivant discrettement
Et ne me puis donner contentement
Si hors de moy ne fay quelque saillie
Louise Labe, Les Sonnets (Sonnet XVIII), Seghers, 1982
Beije-m'ainda, beije-me de novo e beije
De-me um dos mais saborosos
De-me um dos mais amorosos
Eu te darei quatro mais quentes que a brasa
Ah! Voce reclama? De que esse mal eu aplaque
Dando a voce dez outros adocicados
Assim mesclando nossos beijos tao felizes
Desfrutemos um do outro a vontade
Entao dupla vida cada um de nos tera
Cada um em si e em seu amigo vivera
Permita, Meu Amor, pensar em certa loucura
Estou sempre mal, vivendo discretamente
E nao posso me dar contentamento,
Se, fora de mim nao der uma escapada
Kiss me still, kiss me again and kiss
Give me one of the tastiest
Give me one of the most loving
I'll give you four hotter than the hot
Ah! Do you complain? That this illness I appease
Giving you ten other sweetened
So merging our kisses so happy
Enjoy the other one will
Then double life each of us will have
Each shall live in theself and the inside the other
Let My Love, think of some crazy
I'm always wrong, living quietly
And I can not give me joy,
If outside of me I do not give an escape
Donne m'en un de tes plus savoureus
Donne m'en un de tes plus amoureus
Je t'en rendray quatre plus chaus que braise
Las, te plein tu? ca que ce mal j'apaise
En t'en domant dix autres doucereus
Ainsi meslans nos baisers tant heureus
Jouissons nous l'un de l'autre a notre aise
Lors double vie a chacun en suivra
Chacun en soy et son ami vivra
Permets m'Amour penser quelque folie
Toujours suis mal, vivant discrettement
Et ne me puis donner contentement
Si hors de moy ne fay quelque saillie
Louise Labe, Les Sonnets (Sonnet XVIII), Seghers, 1982
Beije-m'ainda, beije-me de novo e beije
De-me um dos mais saborosos
De-me um dos mais amorosos
Eu te darei quatro mais quentes que a brasa
Ah! Voce reclama? De que esse mal eu aplaque
Dando a voce dez outros adocicados
Assim mesclando nossos beijos tao felizes
Desfrutemos um do outro a vontade
Entao dupla vida cada um de nos tera
Cada um em si e em seu amigo vivera
Permita, Meu Amor, pensar em certa loucura
Estou sempre mal, vivendo discretamente
E nao posso me dar contentamento,
Se, fora de mim nao der uma escapada
Kiss me still, kiss me again and kiss
Give me one of the tastiest
Give me one of the most loving
I'll give you four hotter than the hot
Ah! Do you complain? That this illness I appease
Giving you ten other sweetened
So merging our kisses so happy
Enjoy the other one will
Then double life each of us will have
Each shall live in theself and the inside the other
Let My Love, think of some crazy
I'm always wrong, living quietly
And I can not give me joy,
If outside of me I do not give an escape
domingo, 1 de julho de 2012
5- O Beijo - The Kiss
Descida vertiginosa em uma intimidade.
Na verdade, quem nao tem lembranca de ter sido marcado por um beijo como por um ferro em brasa?
E a boca nao satisfeita em oferecer beijos, ela tambem pretende recebe-los.Ficaremos, por comparacao, mais que admirados de ver ate que ponto se sente prazer na nossa cultura ocidental em manter a confusao dos generos e a passar sem transicao da boca que fala a boca que devora.
Eu poderia te comer (alias, tenho muita vontade!), mas vou te deixar ir, vou apenas te tocar de leve com os labios para revelar meu desejo e mostrar por esse mesmo gesto que renuncio a ele.- Emmanuel Levinas Totalite` et infini.
Um beijo que nao se assenhoria de algo como faz um beijo humano, mas (de) um beijo divino que tudo da, que da a` menina o poderio do beijo. Soren Kierkegaard
Esse tratado sobre o beijo vai percorrer muitos caminhos, alguns pontos e panoramas ineditos. Esse estudo gostoso de nos admirar antes de aventurarmos na vereda que nos pareca mais propicia a reflexao. E lembre-se por favor, de que os mais doces beijos devem fazer-se esperar ...
Si, de ter levres avancees,
Tu prepares pour l'apaiser,
A l'habitant de mes pensees
La nourriture d'un baiser,
No hate pas cet acte tendre,
Douceur d'etre et de n'etre pas,
Car j'ai vecu de vous attendre,
El mon ame n'etait que vos pas.
* Se, com teus labios estendidos,
Tu te prepareas para serenar,
O habitante de meus pensamentos
Com o alimento de um beijo,
Nao apresses esse gesto terno,
O doce ser ou nao ser
Vivi sempre a tua espera,
E a minha alma
Era so os teus passos
Paul Valery - LePas - Charmes
Gerald Cahen
......................................................................................................................................................................
A precipitous decline in intimacy.
Actually, who has no recollection of having been marked by a kiss as with a branding iron?
And the mouth is not pleased to offer kisses, she also intends welcomes los. We'll be by comparison, more than surprised to see up to what point it feels happy in our Western culture to keep the confusion of genres and pass without transition from the mouth speaks the mouth that devours.
I could eat you (well, I really want), but I'll let you go, I'll just touch you lightly with her lips to reveal my desire and show by the same gesture that I renounce him. - Emmanuel Levinas Totalite `et infini .
A kiss that is not posses something like a kiss is human, but (a) a divine kiss that all of that of the girl `the power of the kiss. Soren Kierkegaard
This treatise on the kiss will go many ways, places and panoramas unpublished. This study fun to admire us before venturing on the path that we seem more a reflection provides. And please remember, that the sweetest kisses should do is wait ...
* If, with your lips extended,
Thou prepareas to calm,
The inhabitant of my thoughts
With the nourishment of a kiss
Do not rush this tender gesture,
Sweet to be or not be
I lived always on a wait for you,
And my soul
It was only in your footsteps
Paul Valery - Le Pas - Charmes
Gerald Cahen
Na verdade, quem nao tem lembranca de ter sido marcado por um beijo como por um ferro em brasa?
E a boca nao satisfeita em oferecer beijos, ela tambem pretende recebe-los.Ficaremos, por comparacao, mais que admirados de ver ate que ponto se sente prazer na nossa cultura ocidental em manter a confusao dos generos e a passar sem transicao da boca que fala a boca que devora.
Eu poderia te comer (alias, tenho muita vontade!), mas vou te deixar ir, vou apenas te tocar de leve com os labios para revelar meu desejo e mostrar por esse mesmo gesto que renuncio a ele.- Emmanuel Levinas Totalite` et infini.
Um beijo que nao se assenhoria de algo como faz um beijo humano, mas (de) um beijo divino que tudo da, que da a` menina o poderio do beijo. Soren Kierkegaard
Esse tratado sobre o beijo vai percorrer muitos caminhos, alguns pontos e panoramas ineditos. Esse estudo gostoso de nos admirar antes de aventurarmos na vereda que nos pareca mais propicia a reflexao. E lembre-se por favor, de que os mais doces beijos devem fazer-se esperar ...
Si, de ter levres avancees,
Tu prepares pour l'apaiser,
A l'habitant de mes pensees
La nourriture d'un baiser,
No hate pas cet acte tendre,
Douceur d'etre et de n'etre pas,
Car j'ai vecu de vous attendre,
El mon ame n'etait que vos pas.
* Se, com teus labios estendidos,
Tu te prepareas para serenar,
O habitante de meus pensamentos
Com o alimento de um beijo,
Nao apresses esse gesto terno,
O doce ser ou nao ser
Vivi sempre a tua espera,
E a minha alma
Era so os teus passos
Paul Valery - LePas - Charmes
Gerald Cahen
......................................................................................................................................................................
A precipitous decline in intimacy.
Actually, who has no recollection of having been marked by a kiss as with a branding iron?
And the mouth is not pleased to offer kisses, she also intends welcomes los. We'll be by comparison, more than surprised to see up to what point it feels happy in our Western culture to keep the confusion of genres and pass without transition from the mouth speaks the mouth that devours.
I could eat you (well, I really want), but I'll let you go, I'll just touch you lightly with her lips to reveal my desire and show by the same gesture that I renounce him. - Emmanuel Levinas Totalite `et infini .
A kiss that is not posses something like a kiss is human, but (a) a divine kiss that all of that of the girl `the power of the kiss. Soren Kierkegaard
This treatise on the kiss will go many ways, places and panoramas unpublished. This study fun to admire us before venturing on the path that we seem more a reflection provides. And please remember, that the sweetest kisses should do is wait ...
* If, with your lips extended,
Thou prepareas to calm,
The inhabitant of my thoughts
With the nourishment of a kiss
Do not rush this tender gesture,
Sweet to be or not be
I lived always on a wait for you,
And my soul
It was only in your footsteps
Paul Valery - Le Pas - Charmes
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